Monday, April 22, 2024

Immaculate

 Sydney Sweeney tornou-se nos ultimos tempos numa das figuras de referencia da cultura adolescente, principalmente depois do seu sucesso em Euphoria a qual foi catapultada pelo recente sucesso nas comedias romanticas, eis que a as produtoras de Hollywood aproveitam ao maximo este momento comercial mais forte para rentabilizar o seu produto. Este e um filme de terror, sempre no ambiente propenso para este registo que é o convento. Criticamente este filme ficou-se pela mediania, o que nem foi propriamente mau, tendo em conta o estilo do filme. Por sua vez comercialmente Sweeney depois de ter falhado em parte na sua colaboração com a Marvel, voltou a não ser propriamente compentente neste filme, onde tinha as despesas comerciais toda em si.

Sobre o filme podemos dizer que não é um filme de terror paranormal, o que acaba por ja ser bom, uma vez que nos parece que o genero esta demasiado preenchido por este estilo de cinema. Aqui o mal vem das proprias pessoas, e deixa o filme totalmente entregue ao lado mais carnal, mais duro e pesado do terror, onde o mesmo tem alguns momentos impactantes, com sustos, mas mais que isso com a noção do impacto estetico que quer ter, com muito sangue a mistura.

Em termos narrativos o filme tem em toda a linha mais dificuldades em toda a sua duração. Começa desde logo com o facto de nunca percebermos qual é o fundamento e a base da atuação dos vilões da historia, percebemos que é algo mistico, mas acaba por ficar a ideia que ao mesmo tempo muito fica por explicar sobre o passado. O filme quer criar essa abertura, mas penso que não ganha propriamente muito com essa opção.

Por tudo isto parece claro que se trata de um filme com objetivos definidos mas curtos, que tenta jogar acima de tudo com o horror estetico mais que com a riqueza narrativa. Por vezes fica também a ideia que o filme ganha dimensão com as escolhas comerciais da sua protagonista, e que o mesmo estaria pensado para um filme serie b sem tão grande contraditorio. E um filme basico que ocupa espaço, mas não fica na retina.

A historia fala de uma jovem que se desloca para um convento em Italia o qual guarda um grande segredo, tudo começa a ficar mais estranho quando a mesma, sem qualquer contacto sexual acaba por engravidar e tudo começa a tornar-se mais estranho na atuação de todas as pessoas ali existentes.

O argumento é simples, fica a ideia que fica muito por esclarecer no que diz respeito às opções e vontades de todos os personagens. Também na opção narrativa o filme segue parâmetros muito definidos o que lhe tira a capacidade de se sobressair.

No que diz respeito a realização, o projeto e assumido por Michael Mohan um desconhecido que tinha como projeto mais mediato ate ao momento um filme com a mesma protagonista, previamente a sua explosao comercial. O filme tenta funcionar no terror visual, com alguma competencia embora sempre produzido algo "by the book". Mesmo assim parece que é um realizador ainda jovem que necessita de assumir alguma assinatura.

Sweeney tem intensidade nos seus papeis e aqui demonstra bem esse ponto com alguma entrega fisica. nao sera uma atriz de primeira linha mas com personagens de maior risco poderá ganhar um outro impacto ja que o conceito comercial já esta la. A presença de Monte demonstra bem o sucesso global que Casa de Papel acabou por ter.


O melhor - O lado direito da historia sem grande paranormalidade.

O pior - Muito fica por explicar


Avaliação - C



Sunday, April 21, 2024

Late Night With The Devil

 Lançado e produzido em 2023, como um filme totalmente independente este filme de terror, exorcismo, sob o formato de um talk show dos anos 70 surpreendeu pela originalidade do conceito, conseguindo angariar boas criticas que conduziu a que o filme, ja em 2024 tenha obtido uma distribuição Wide nos EUA. Em termos de resultados comerciais a falta de figuras de primeira linha fora contornados por resultados criticos que permitiu uma visibilidade maior a que se esperava.

SObre o filme podemos dizer que o formato Talk show com imagens do programa e do depois e a forma como a escalada vai sendo feita leva o filme para um impacto maior, no que diz respeito a surpresa que vamos tendo, numa disucssão entre o oculto e a saude mental. Um dos segredos do filme, talvez a maior e a personagem central, protagonizada pelo sempre enigmatico David Dastmalchian, que leva o filme para o enigma que quer ter.

Mas o filme nao se fica por aqui nos elementos que fazem dele uma abordagem original e diferenciada, o estilo de realizaçao, tipica dos anos 70, a contextualizaçao da personagem. Embora o final seja um pouco "too much" naquilo que possa ser a discussão que o filme quer ter, tornando-o num tipico filme de terror sobre possessões mais do que uma discussão aberta sobre crenças, e sobre os limites para o sucesso.

Nao obstante do filme nao capitalizar alguns destes pontos que ate os lança, o filme é esteticamente um dos bons filmes de terror dos ultimos anos, pensado numa abordagem diferenciado como ja nao viamos se calhar desde Paranormal Ativity, com a associação a um fenomeno televisivo que ainda existe, e daqueles filmes que ficam na retina, pela sua diferenciação.

A historia segue uma talk show dos anos 70, com dificuldades em capatilizar-se comercialmente mas cujo apresentador ligado ao oculto decide efetuar uma edição especial de Halloween que se torna fora de controlo.

O argumento do filme não e propriamente o ponto mais rico do filme, fica a ideia que o mesmo consegue em diversos momentos dar a sensação que vai para um caminho mais real, mas no final torna-se no tipico filme de exorcismo, e isso pode defraudar as expetativas.

Na realizaçao o projeto foi assinado pelos irmãos Cairnes, ate agora desconhecidos tarefeiros de terror que tem aqui uma abordagem completamente artistica e diferenciada, e mesmo quando o filme não consegue ter efeitos especiais de ponta pelo facto de ser um filme de orçamento muito curto, consegue dar uma abordagem vintage que funciona e torna esta dupla no olho do falcão.

No que diz respeito ao cast, o filme é dominado de principio a fim pela ambiguidade de Dastmalchian que nos oferece uma prestação de registo de um ator que merece mais destaque embora as suas caracteristicas fisicas sejam potenciadas para filmes de terror de segunda linha aqui exibe argumentos para ter outro tipo de apostas.


O melhor - A abordagem concetual toda

O pior - O fim torna demasiado o filme mais proximo do que anualmente sai em dose continua no terror de produtora


Avaliação - B-



Saturday, April 20, 2024

The Greatest Hits

 O mundo da musica, do cinema e do amor foram sempre parentes proximos em toda a expressão creativa, dai que este filme que assume esta ligação numa comedia romantica de inicio de estação, com alguns dos novos atores de hollywood, distribuido pela Searchlight com a Disney Plus, acabou por ter o seu momento comercial, embora nos pareça que os protagonistas ainda nao tem peso para sustentar com força o filme. Criticamente o filme é arrojado mas a reação ficou-se pela mediania extrema.

Sobre o filme podemos começar por dizer que a base narrativa e a forma como tenta conjugar amor, musica e viagens ao passado fazem com que o filme funcione muito bem musicalmente com escolhas interessantes, que funcione pior nas viagens ao tempo, com alguns pontos por esclarecer na sua base, e funciona muito pior como comedia romantica principalmente no casal do presente que nem sempre tem a quimica mais forte.

E um filme com ambiçoes curtas, que tenta essencialmente homenagear o que por exemplo Cameron Crowe fez em alguns dos seus projetos, sempre com a sensaçao de ser uma comedia romantica de base, onde a logica fica de lado, para a emoçao da musica ganhar o seu protagonismo, mas fica sempre a ideia que tudo poderia ter muito mais impacto com outros atores, mas principalmente com algum maior risco na narrativa e na concretização do tema.

Ou seja um estilo de filme que nao se tem visto muito, o qual conjuga o amor, a perda e a musica, e a forma como a musica pode se tornar o ponto central do leque de memorias. Em termos de concretizaçao um filme mediano, que tem uma base arriscada que a utiliza embora fique sempre a ideia que algumas das potencialidades nao sao atingidas.

A historia fala de uma jovem que apos a morte do seu namorado, acaba por se fechar nas musicas que tem a capacidade de a levar a momentos de interação com o mesmo, ate ao momento em que conhece outro jovem enlutado que a vai fazer repensar o que poderia fazer com essa capacidade.

O argumento e estranho, original, com potencial embora nem sempre o filme o utilize de uma forma muito obvia. Fica a sensação que o impacto da relaçao presente deveria ser mais trabalhado, quem sabe com a musica, mas nao sendo um projeto facil fica a ideia que em termos de concretização da ideia poderia ser mais trabalhado.

Na realizaçao temos Ned Benson, argumentista de alguns projetos de grande ecra, entre os quais a Marvel, que tinha tido um projeto bastante original na sua triologia de Eleonor Rigby que nao teve a atençao merecida. Nao e um projeto facil, e parece que o caracter telefilme nao e o que melhor acenta no filme, mas consegue na base os seus objetivos.

No cast temos alguns dos atores ainda algo desconhecidos em ascensão em Hollywood, Boynton vai sendo cada vez mais presente, funciona na dualidade da personagem, que vai ganhando destaque depois da sua apariçao em Bohemian Rapsody. Ao seu lado Min com dinamica de televisao, e um Corenswet a ganhar tempo de antena antes de assumir Clark Kent.


O melhor - O argumento e arrojado.

O pior - A relaçao presente deveria ser muito mais trabalhada.


Avaliação - C+



Thursday, April 18, 2024

In Land of Saints and Sinners

 O cinema irlandês tem sido um dos epicentros do cinema atual principalmente tendo em conta o dominio que os atores oriundos daquele pais tem tido no espectro geral. Isso faz com que se torne denunciado que surjam cada vez mais filmes sobre aquela zona do mundo com atores locais mas com um espectro global. Isso foi o que aconteceu com este filme de açao, com uma toada independente mas com um naipe de atores conhecidos. Criticamente a mediania acabou por limitar o impacto global do filme o qual teve algumas dificuldades para se distribuir nos EUA. Em termos comerciais estas dificuldades acabaram por limitar o resultado comercial do filme que se calhar ficou danificado com o cinema repetitivo que Neeson nos deu nos ultimos anos.

Sobre o filme eu confesso que quando vi pela primeira vez o anuncio deste filme pensei que se trataria de mais um filme de Neeson contra o mundo, proximo da quantidade inacreditavel de filmes com que nos brindou nos ultimos anos, mas não é. Acaba por ser um filme sobre a irlanda e sobre a forma como a guerra interna de grupos se instalou em comunidades. E um filme pouco trabalhado do ponto de vista de argumento, mas fica a clara ideia que o filme tem como principais qualidades o contexto espacial de uma irlanda bucolica que contrasta com o perigo da radicalidade das suas pessoas.

Em termos de argumento o facto de nao querer ter lado bom e lado mau acaba por ser algo confuso, ja que tambem nao tem recursos para nos fazer pensar sobre um e outro lado. Fica a ideia que e um filme demasiado carnal para querer efetuar esse debate moral, mas ao mesmo tempo a mistura de planos torna o filme algo confuso, mesmo que no final o filme opte claramente por um dos lados.

Ou seja um filme que está longe de ser brilhante, que tem como principal recurso a sua capacidade estetica que impressiona, conjugado com a lingua mae que da ao filme um lado independente que nao e muito comum, nos ultimos anos no cinema de Neeson, mas que acaba por ser um filme que marca a sua posiçao, sem nunca entusiasmar.

A historia segue um assassino contratado em plena luta para a liberdade da irlanda que tenta efetuar um ultimo trabalho, com algum apoio contra um grupo organizado escondido tambem ele destinado a fazer tudo pelas suas convicções.

O argumento e acima de tudo confuso, ja que nao da raiz as personagens para um debate mais profundo sobre os porques das suas açoes. De resto mecanismos mais simples, que não permitem o filme atingir grande impacto, ja que tenta ser imparcial e isso neste tipo de registo e sempre dificil

No que diz respeito a realização Lorenz e um produtor amigo de Eastwood que ganhou a sua liberdade recentemente mas tem dificuldade em fazer imperar o seu cinema, que esta longe do que fez como produtor. Nota-se que conhece bem a base irlandesa do filme, e isso e o segredo que é a mais valia do filme.

No cast temos um Neeson na sua base natural, num filme que foge do estilo repetitivo que temos assistido nos ultimos anos. COndon tem a intensidade que me faz pensar que fizesse merecer mais destaque global e aqui volta a exibir essa capacidade. O regresso de GLeeson e sempre bem vindo depois da marcante presença em Guerra dos Tronos.

O melhor - A irlanda priofunda


O pior - Ser algo inconsequente na mistura de objetivos de personagens


Avaliação - C



Wednesday, April 17, 2024

Kung Fu Panda 4

Quando quase toda a gente ja pensava que a saga do Panda do KUng Fu estava totalmente ultrapassada, principalmente depois do pouco fulgor do filme anterior, eis que a Dreamworks apostou de novo na saga como filme de Pascoa. Com a aquisição de diversas novas vozes o filme passou pela critica com a mediania que os dois filmes anteriores ja tinham exibido. Comercialmente o filme aproveitou uma pouca aposta da animaçao para aquela temporada para recuperar algo que tinha perdido no filme anterior, e voltar a ser um dos filmes mais rentaveis ate ao momento.

Um dos pontos que funciona melhor na saga e a boa escolha de vozes e as aquisições que vai fazendo para personagens cirurgicas, aqui isso funciona bem e termos um filme de ação proximo do que ja vimos nos filmes anteriores, ainda que as personagens mais impactantes dos filmes anteriores tenham desaparecido e o filme seja o seguimento mais natural do ultimo filme. Acaba assim por ser um filme obvio, que segue o percurso sem grande impacto mas acima de tudo tenta rentabilizar ao maximo o produtor comercial.

O filme sabe o que funciona principalmente nos primeiros filmes e tenta potenciar a luta, a honra tipica dos filmes orientais, onde o filme vai buscar a sua maior inspiração. Fica a clara noçao que o filme pode repetir premissas mas não me parece que consiga rejuvenescer mais, independentemente da introduçao de personagens.

O filme é assim a utilização maxima de um dos produtos mais rentaveis em termos de animaçao , mas que segue uma logica demasiado obvia, ficando a sensação que em termos de animação falta ideias que faz com que os projetos se repitam, com um ou outro ponto comercial a crescer mas pouco mais, e um filme para preencher espaço, e em termos comerciais isso aconteceu.

O filme continua a seguir Po, e a forma como este acaba por perder o seu cajado para um camaleão com objetivos muito obscuros, depois de uma ligação com uma sempre traiçoeira raposa, que o vai ter de levar a resolver as coisas, numa combinaçao entre a sua maneira e o que lhe foi ensinado.

No que diz respeito ao argumento estamos a falar de uma historia simples, que pega no que funciona melhor nos filmes anteriores como a honra, o lado dual da personagem, com algumas introduções em pontos muito particulares, mas que nao tras nada de particularmente novo a saga.

Na realizaçao, o projeto foi entregue a uma dupla com curriculo comercial, sempre associado a Dreamworks, eles sabem os meios que tem e utilizaram de forma simples. Nao e o filme mais arrojado na evoluçao tecnologica, mas acaba por trabalhar bem com o conceito que o filme tem.

No cast de vozes, nos ultimos tempos Black tornou-se numa figura de primeira linha nas dobragens principalmente depois do sucesso do ano passado de SUper Mario. A personagem é ela associada ao filme. Repete muitos dos atores ancoras dos filmes iniciais, perdeu alguns nas introduçoes Davis e Akwafina o filme vai a procura do impacto de ambas para personagens proximas das carreiras


O melhor - Ser fiel aos pontos mais classicos da saga

O pior - Nao tras nada de novo


Avaliação - C



Tuesday, April 16, 2024

The American Society of Magical Negroes

 Quando foi anuncido este projeto, muitos ficaram entusiastas com o facto de termos um filme sobre alguem com poderes magicos numa sociedade secreta que poderia tambem ser um filme que levava a questão racial para discussão em filmes de dimensão maior. O problema foi que quando as primeiras imagens surgiram o publico negou por completo filme, ate mais que a critica que ficou-se pela mediania. Comercialmente o passa palavra muito negativo para o filme, que acaba por ter uma das piores avaliaçoes da historia do IMDB tornou um filme num desastre completo.

Sobre o filme eu confesso que depois de ver mais de hora e meia de filme nao percebo particularmente onde o filme queria ir, e a mistura de generos completamente impossiveis de misturar que o filme tenta ser. Tenta ser um filme de fantasia e de poderes extraordinarios, para se tornar numa historia de amor adolescente, para terminar numa questão racial de base. A questão e que o filme nao consegue, na essencia ser nenhum dos elementos que se propoem ser.

Os problemas começam no tom, para um filme de grande publico, exigia mais efeitos especiais, principalmente quando quer ser um filme sobre magia. Fica sempre a essencia que tudo soa ao mais barato possivel, e que o filme quer chegar a questão, racial que nao seria muito diferente do que os outros filmes com o mesmo tema acabam por debruçar. 

Os unicos pontos onde o filme acaba por funcionar e talvez na historia amorosa, simples, de um cinema basico, mas onde o filme por ser mais "by the book" arrisca menos e com isso acaba por ser mais facil de funcionar. A ideia e que o filme nunca sabe o que quer ser, e é uma trapalhada de generos que na base nunca levam a historia a lado nenhum.

A historia segue um jovem afro americano que ninguem olha que de repente e captado por uma sociedade de pessoas de raça negra que tentam ensiná-lo a ser a boa base para um branco, contudo com o amor a chegar ele vai por em causa o fundamento principal dos ensinamentos que aprende na sociedade.

O argumento é uma confusao, de ideias, de base, e narrativo. Fica a ideia que o filme se perde em discussões utopicas, e que pensa que tem uma profundidade que nunca consegue ter, e quando assim acontece, percebe-se que as coisas rapidamente nunca iriam funcionar, em personagens, em narrativa, em dialogo, enfim, em tudo.

Na realizaçao do projeto tivemos Kobi Libbi um desconhecido a quem foi dado o presente, que fica a ideia algo envenenado, ja que ou o filme nao teve meios para mais tecnicamente falando, ou o seu trabalho ficou marcado pela falta de qualquer detalhe creativo que ajudou um argumento mal planeado.

No cast eu tenho pena de Smith, ja que me parece um jovem talentoso, que funciona em diversos apontamentos mas que este filme pode danificar a carreira ja que e a face visivel do mesmo. A sua personagem e muito colada ao que temos assistido dele no ultimo tempo, e os secundarios, pouco conhecidos pouco mais fazem do que encaminhar o filme para o seu destino mais que traçado.


O melhor - A historia de amor simples

O pior - A confusao de ideias desorganizadas


Avaliação  D+



Música

 Numa altura em que a Amazon Prime se encontra mais ativa do que nunca eis que surge um projeto peculiar pela mente do Youtuber e comediante Rudy Mancuso, que acaba por ser uma serie de autobiografia sobre o seu estado de arte. Este filme original acabou por conseguir chamar a si a critica com avaliações muito positivas sobre a irreverência e abordagem do autor. Comercialmente não será um filme de proa, mas a abordagem atual acaba sempre por ser proxima, principalmente os mais novos que e que conhecem Mancuso como youtuber.

Sobre o filme eu confesso que Rudy era um total desconhecido para mim e a sua abordagem irreverente, original em todos os parametros faz com que seja um filme interessante, com alguns apontamentos de humor muito particulares, mas acima de tudo uma arte performativa completa de musica e de abordagem estetica do filme. Isso faz com que o filme consiga captar a atenção, mesmo que seja uma historia romantica simples num contexto de emigraçao muitas vezes distante do que vimos.

Onde me parece que o filme tem algumas dificuldades acaba por ser a dificuldade de Mancuso e as suas particularidades serem totalmente compreendidas pelo espetador. A personagem com o seu diagnostico pode parecer demasiado confusa, e tornar pouco objetiva muita da originalidade da abordagem, tambem como ator, mesmo na sua pele, estamos longe de um ator de proa.

Assim Musica e um refrescante filme, na mente de uma pessoa que faz o filme na sua forma particular de ver o mundo, isso faz o filme ser diferente, divertido, com momentos de risco, e que nos apresentam como uma figura impar este jovem miudo particular mas com uma forma de comunicar muito sua.

A historia segue o proprio Rudy e a dificuldade que a forma como ve o mundo como uma melodia o impedem de ter uma vida de decisao nas suas escolhas pessoais, num misto de comedia, vida pessoal e arte.

O argumento do filme pode ser algo confuso de entender para alem da apresentação da personagem com caracteristicas particulares. Muitas vezes o filme ganha mais pela abordagem do que propriamente pela historia em si, embora os momentos humoristicos consigam na maior parte do tempo ter o protagonismo necessário.

Mancuso e o lider de todo o filme e so poderia ele realizar a sua obra sobre a sua visao do mundo. De todos os apontamentos do filme parece claro que é o aspeto onde este mais arte consegue criar, mas mais que isso é aqui que temos toda a creatividade ao maximo numa carreira a seguir.

No cast Mancuso é ele proprio e isso é confuso porque parece, enquanto ator nao ter muitos atributos para sair do seu fato. Ao seu lado a sua namorada Mendes funciona perfeitamente no registo que quer dar ao seu interesse amoroso, mas acaba por ser um filme onde os atores acabam por ser pouco mais que eles proprios.


O melhor - A arte concetual de Rudy Mancuso.

O pior - Mancuso como ator é algo confuso


Avaliação - B



Monday, April 15, 2024

One Life

 Existem historias que merecem ser contadas, e mesmo depois achamos que muito ficou por perceber. Esta historia sobre um feito unico quase anonimo tornou-se viral num programa da tarde da BBC mas que volvidos anos do reconhecimento teve a sua adaptação ao cinema, com todo o rigor da tradiçao inglesa. O filme que conseguiu boas avaliações criticas, não teve força para ir a temporada de premios mas acabou por se tornar num filme forte do ponto de vista comercial, o que acaba por ser a homenagem certa a historia de base.

Sobre o filme desde logo o feito e a forma como o filme consegue contextualizar emocionalmente todas as escolhas e mais que isso a forma como o filme intensifica o que foi determinante e como aquele trabalho impediu mortes, sem nunca deixar de fazer a reflexao do que poderia ainda ser feito. A este nivel emocional o filme é preenchidissimo muito por ir ao encontro do lado mais emotivo nas relaçoes familiares.

No que diz respeito ao processo o filme aqui tem mais dificuldades em dar ao espetador as dificuldades, talvez porque a burocracia do filme seja algo aborrecido para um filme mais empatico que o mesmo quer ser. Não obstante destas escolhas o ritmo baixo, principalmente da primeira parte do filme torna no processo burocratico o filme algo confuso e tambem com alguma dificuldade nas conexões temporais.

Nao obstante destes pontos e daquele filme que a historia se sobrepoem ao processo. Sendo um filme tradicional sem grandes momentos, a historia que conta é unica, e principalmente pela viralidade de um momento que foi visto por milhoes de pessoas dando-lhe o seu contexto. Mais que uma obra de arte e uma boa referencia sobre o que vimos.

A historia segue os passos de Nicholas Winton e a forma como previu o avanço nazi pela Checoslovaquia e conseguiu conduzir para o Reino Unido centenas de crianças de forma a impedir o final tragico que a maioria das mesmas foi dotada em campos de concentraçao.

O argumento tem como seu maior trunfo uma historia de um impacto incrivel, numa das maiores historias individuais sobre um feito em prol de outro. Na concretizaçao da narrativa o filme tem alguns problemas essencialmente na forma como e algo lento, e na dificuldade de espelhar em imagens o processo.

Na realizaçao Hawes é um realizador ingles com algum impacto na televisao com series de impacto, que teve aqui o seu trabalho mais visivel para cinema. Nao e um filme muito trabalhado ou com grandes artefactos, mas deixa correr o filme, pensando no impacto emocional que quer ter.

No cast Hopkins continua a trabalhar depois de dois oscares e na tentativa de continuar com personagens significativas. Aqui da a intensidade emocional que o filme quer. No lado dos mais novos Flynn vai ganhando impacto como ator, numa personagem madura e forte.


O melhor - A historia que quer contar.

O pior - Alguns aspetos nao sao cinematograficos o suficiente


Avaliação - B-



Sunday, April 14, 2024

Dune: Part Two

 Menos de dois anos depois de Denis Villeneuve ter surpreendido o mundo do cinema com a sua adaptação de Dune, eis que surgiu a sua natural sequela, depois do primeiro filme ser um vencedor total em termos de bilheteira, mas tambem em termos de oscares nas categorias tecnicas. Neste segundo filme muitos ingrediente novos, novas personagens a maior parte delas interpretadas por atores de uma primeira linha mediatica, o que conduziu a que o filme se tornasse rapidamente num fenomeno total de bilheteira. Criticamente mais uma vez o realizador canadiano conseguiu os seus objetivos e todos ja esperam pelo terceiro filme.

Dune é mais do que um filme uma experiencia sensorial sem precedentes, a qualidade produtiva do filme e de nos deixar de boca aberta, desde os planos, as sequencias de açao, sempre acompanhadas por uma banda sonora de ponta que fazem deste filme um daqueles que vale bem o preço elevado do cinema, nas suas mais diversas apostas, porque as quase tres horas sao de imagens e sequencias incriveis.

Onde o filme perde mais e no argumento a historia de Dune nao e propriamente algo muito elaborado, e igual a muitas outras historias de aventuras de povos para um percurso esperado, onde claramente o alongar fica se a dever a forma detalhada das sequencias de açao mais do que propriamente pala historia exigir esse rigor ponto a ponto. Fica a sensação que a organização temporal do filme não e o mais brilhante ja que parece que o segundo ato e mesmo o primeiro sao demasiado longos para batalhas algo rapidas e desenlace final a toda a velocidade.

INdependentemente de tudo isso este segundo episodio vale acima de tudo pela experiencia visual e auditiva que nos proporciona. E um daqueles filmes que é mais que uma historia ja que a maior parte das pessoas ja conhece o desenlace no filme menos conhecido de Lynch. Nao e propriamente uma obra que a sos tenha uma referencia elevada, mas com o projeto todo concluido poderemos ter uma obra para a eternidade.

A historia segue Paul, agora unido ao povo de Fremen, com as suas ligações tentando descobrir se é o escolhido pela professia e de que forma isso poderá conduzir a paz ou ao dominio do mundo da historia.

O argumento tem os perceitos do primeiro filme, nao e propriamente algo muito elaborado, para alem da descriçao dos povos e das suas batalhas. Tem um pequeno twist interessante, mas pouco mais, talvez o terceiro filme seja mais rico nas escolhas finais para a conclusao da historia.

Villeneuve tornou-se num caso serio de ficção cientifica dos dias de hoje, pelo realismo, pelo risco, por dar tudo tecnlogicamente nos seus filmes com muito detalhe em todos os pontos. Aqui temos tudo isso e mais algumas coisas que fazem dele, um dos cineastas mais importantes da atualidade.

No cast um dos segredos claros do sucesso da saga foi escolher alguns dos atores mais mediaticos do momento para encabeçar o projeto. Fica a ideia que Chalamet tem o carisma essencial para o filme, que me parece menos presente em Zendaya, numa personagem que me parece com algum defice de profundidade neste segundo filme. As escolhas de Brolin e Fergunson dao a intensidade que o filme quer, e Butler tem o maior fogo de artificio embora me parece algo exagerado as critivas que ocorrreram.


O melhor  A experiencia sensorial do filme.

O pior - A gestão do tempo entre atos.


Avaliação - B



Friday, April 12, 2024

Imaginary

 Um dos pontos mais antigos sobre a forma de fazer terror é tornar assustador o que sempre associamos a carinho e a proximidade emocional. Foi assim que bonecos se tornaram assassinos e agora o sempre conhecido urso de peluche. Esta nova versão do filme de sempre saiu com criticas muito negativas principalmente quando comparado com apontamentos semelhantes. Comercialmente os resultados até foram consistentes, principalmente tendo em conta que se trata de um filme sem nenhum ator minimamente reconhecido do grande publico.

Sobre o filme podemos dizer que é a historia de sempre com um objeto de tem uma outra dimensão e é o foco de todo o perigo, com muitos jogadas de camara para tornar o boneco sinistro, mas ate aqui o filme segue um percurso linear, igual a muitos outros mas longe no descalabro que se torna quando tenta se concretizar. Ai a realidade paralela e acima de tudo o urso gigante tiram o filme para o absurdo onde nem é terror nem suspense, sendo apenas disparate.

Mesmo na simples construção de base o filme é um parente pobre claro. A falta de protagonistas de primeira linha faz com que as personagens, basicamente não existam e mais que isso fica a ideia que o filme tenta procurar outros registos para fugir ao que ja conhecemos mas o risco faz com que a historia perda por completo o norte num resultado sem sentido, e sem o impacto que o filme pensa que quer ter.

Por tudo isto um péssimo filme de terror de estúdio, que demonstra bem que a ideia solta de tornar algo aparentemente fofinho sinistro, por si só não chega principalmente quando o filme quer sair do já  feito e não tem qualquer tipo de ideia como fazer tornando-se numa trapalhada de ideias quase sempre absurdas.

A historia fala de uma familia onde a menor começa a falar com uma entidade que esta dentro do seu urso de peluche que vai colocar em causa a segurança de toda a gente a sua volta e que está na genese de muitos dos pensamentos da sua familia.

O argumento parte da base similar da maior parte dos filmes do genero, e tenta no final dar uma roupagem diferente, esteticamente arrojada, mas mais que tudo absurda na maior parte do tempo. As personagens sao carne para canhão na ideia e fica a ideia que mais vale em determinadas alturas nao complicar.

Na realizaçao o projeto foi entregue a Wadlow um realizador que começou na ação que se dedicou ultimamente a terror juvenil de estudio. Ele tenta fazer a estetica ser a componente do terror mas o argumento encaminha-se para um destino sem saida que não consegue fortalecer o filme. Um tarefeiro que ja teve claramente melhores dias.

O terror nunca foi campo para atores de primeira linha pelo menos em forma, dai que todo o leque de atores deste filme seja totalmente desconhecidos e apos o filme ficara tudo da mesma forma.


O melhor - O urso consegue ser sinistro

O pior - O final


Avaliação - D




Wednesday, April 10, 2024

Scoop

 A Netflix prepara o verão e o seu lançamento maior com a segunda parte de Rebel Moon de Zack Snyder com telefilmes de base como este que de alguma forma marca a organização e a forma como decorreu a entrevista polémica de principe André e a forma como o mesmo acabou por conduzir ao seu desaparecimento formal da familia real. Este pequeno filme recebeu na generalidade boas criticas, sendo que comercialmente vai certamente se deparar com algumas dificuldades já que nos parece um filme muito direcionado aos amantes de The Crown

Sobre o filme podemos dizer que a historia é um segmento de muito que penso que ainda ira ser feito no que diz respeito as relações de Epstein com o poder. O filme centra-se na relação com principe André, e a forma como a morte do milionario na cadeia desencadeou o derrube das cartas. O filme tem alguma dificuldade principalmente nas personagens porque indicia sempre que estas sabem a intensidade do que ira ocorrer, mesmo que os acontecimentos que aplificaram o impacto ainda não tivessem existido.

Do ponto de vista de dualidade o filme funciona, desde o lado sensacionalista do jornalismo para fazer sangue, ou a arrogancia da casa britanica que nao prespetivou a reação em cadeia que surgiu, mas onde o filme tem mais dificuldade é mesmo nas personagens, temos dificuldade em ir a procura de algo mais do que a factualidade de cada uma delas, porque o filme tenta sempre ter uma tensão exagerada para o percurso assumido.

Por tudo isto temos uma razoavel e intenso filme sobre a produçao de uma entrevista a uma das pessoas mais poderosas do Reino Unido e como isso acabou por colocar em causa a sua presença na monarquia. E daqueles filmes que entra em piloto automatico quando chega ao epicentro, mas isso muitas vezes é o que lhe permite crescer.

A historia segue toda a produçao do programa de entrevistas da BBC e como a entrevista com o Principe Andre na explosão total do caso Epstein conduziu as consequencias incontornaveis para a sua vida publica.

O argumento funciona no processo que conduz a total intensidade da entrevista, mesmo que isso seja na maior parte das vezes algo a custa das personagens e do seu crescimento. Nao tem grandes dialogos e aposta tudo na entrevista e isso faz resultar pelo menos a parte mais central do filme.

No que diz respeito à realização a batuta foi entregue a Phillip Martin um realizador de televisao que ja teve colaboraçao na serie The Crown e que por isso sabia perfeitamente gerir o assunto, embora com um trabalho demasiado produzido para televisao. O filme não e propriamente muito arriscado, mas o backstage da entrevista esta competente.

No cast o protagonismo vai para uma atriz algo desconhecida do grande publico internacional mas com algum impacto no Reino Unido, concretamente Billie Pipper. Mas onde o filme melhor funciona e na construçao detalhada de Ruffus Sewell como Andre, quase irreconhecivel.


O melhor - O primeiro capitulo, que se espera de muitos de Epstein no cinema.


O pior - As personagens estarem refens de uma tensão permanente da historia, que faz com que fique sempre a impressão que sabiam o que vinha a seguir


Avaliação - C+



Monday, April 08, 2024

Argylle

 Quando surgiu o primeiro trailer deste Argylle os cinefilos de todo o mundo ficaram em polvorosa pelo facto de termos uma frente a frente de Dua Lipa com Canvill num filme de espiões do realizador de Kingsman. A expetativa contudo, rapidamente deu lugar a desilusão com as péssimas avaliações criticas que o filme foi alvo, logo nas primeiras exibições, e esse feedback foi comprometendo, em muito, o resultado comercial do filme, que pelo impacto do trailer esperar-se-ia muito mais.

Sobre o filme é um caso claro de publicidade enganosa, quando vimos o trailer esperamos um filme totalmente diferente daquilo que acaba por acontecer. Desde logo o primeiro ponto é que o que vemos e a obra de ficção que é mera referência no filme, sendo que tudo o resto é uma trapalhada de ideias com um elenco de luxo, sequencias absurdas, que deixam todos a questionar qual era o principal objetivo do filme.

Tudo o que corre bem em Kingsman com o balanço entre o comico, absurdo e ação neste filme corre mal, começa com o exagero CGI mal trabalhado, que nos faz questionar como é que é possivel uma mega produçao deste nivel ter tantos defeitos a este nivel, ainda mais com um cast de primeira linha. O segundo ponto e o filme tentar diversos twist sem trabalhar personagens que faz as pessoas desistir da narrativa pelo absurdo claro a cada momento.

Para mim que fui um fa do inicio da carreira de Vaugh o filme torna-se uma desilusao ainda maior, ja que fica a clara ideia que um cast desta natureza merecia muito mais a todos os niveis, desde logo no balanço entre apontamentos, desde logo na qualidade da produçao, e acima de tudo ser mais que um conjunto de absurdos de graça discutivel. Uma mega produçao tem que ser mais do que uma fragil brincadeira de criança.

A historia fala de uma escritora de livros de espionagem que ve a sua vida mudar completamente quando percebe que ela e a verdadeira base da sua personagem, num passado apagado que a vai levar a uma luta contra uma entidade de espiões com objetivos negros.

O argumento do filme tem muitos problemas, é disparatado, maioritariamente confuso, as personagens e os twist sao exagerados e quase sempre pouco comicos, e isso leva as duas horas de filme para um terreno que não lhe traz grande produção.

Na realização eu fui um fa claro de Vaugh ate ao primeiro Kingsman, nos seguintes parece claro que as deixaram de ser tão funcionais entre o balanço do absurdo e da originalidade. Neste filme parece o pior trabalho de longe pelo facto de ser um festival de CGI mal orientado e absurdo que não nos parece aceitavel numa mega produçao.

No cast um naipe incrivel de atores, num dos maiores desaproveitamentos de talento que me recordo principalmente com Rockwell e Cranston. O filme tem tudo na mão neste particular e leva-os todos para um absurdo sem sentido nas respetivas carreiras.


O melhor - Algum absurdo musical

O pior - A forma como o filme é apenas absurdo e nunca engraçado


Avaliação - D+



Saturday, April 06, 2024

Ordinary Angels

 Numa altura em que a produtora Angel ganhou um protagonismo surpreendente em Hollywood seria uma questão de tempo ate as operadoras mais pequenas tentarem a sua sorte com o mesmo conceito, e acabou por ser o que a LionGate fez neste filme procurando uma historia real, abordada numa componente religiosa, com o objetivo de lagrima facil. O filme estreou com criticas razoaveis tendo em conta o tipo de filme em questão. Comercialmente, ao ser uma historia real de sobrebivencia os resultados ficaram muito aquem do que a Angel tem feito com os seus produtos.

Sobre o filme temo o tipico drama baseado em factos reais dos suburbios americanos. Alias e um filme cheio de cliches culturais e acima de tudo narrativos. A base real e documentada mas o que o filme tenta acima de tudo e embelezar todas as outras componentes como a ligaçao com as menores, a relaçao mae filha, tudo numa cheklist de filme de serie b de domingo a tarde para lagrima facil que o filme cumpre.

O que o filme nao funciona e no restante, ao ser uma historia real e com diversos feitos dificeis de perceber o filme poderia trabalhar mais esse processo que se calhar potenciava muito mais a personagem central, tirando-a daquela redençao tipica de filme de pouca qualidade. Por outro lado mesmo na dinamica da familia, temos muita lagrima mas nao percebemos nunca o que esta ali em termos emotivos.

Por tudo isto podemos dizer que temos uma historia bonita que o filme explora emocionalmente ao ponto maximo, mas que narrativamente fica sempre pela novela pos almoço, com poucos mais atributos. E um filme de entertenimento rapido para a lagrima facil, mas que nunca em momento algum consegue sair desse desgaste rapido.

A historia segue uma alcoolica com a vida desfeita que ganha como designio de vida tentar ajudar uma menina orfao de mae a conseguir ter verbas para conseguiu efetuar um transplante de figado. Numa luta pela sua pessoa e pela ajuda da familia a quem se liga.

O argumento tem a base uma historia real de superaçao mas e trabalhada sempre pela rama e para a emoçao facil. O filme desprende-se de grandes objetivos e os curtos, e isso facilita a vida total do filme que quer chegar a um curto espaço.

Na realizaçao o leme ficou a cargo da Jon Gunn, um realizador tipico de filmes cristãos que faz o filme totalmente pensado no estilo em causa, isso faz dele apenas um tarefeiro ja que o filme tem pouco ou nenhum objetivo para alem disso, e parece ser a carreira escolhida por ele.

No que diz respeito ao cast, custa ver uma duplamente oscarizada como Swank nun filme com objetivos tao curtos como este. Nota-se a falta de forma muito por culpa de nao ter sido ultimamente escolhida para projetos maiores, ao seu lado Ritchson, um ator que ganhou protagonismo como Jack Reacher que quer ganhar projetos no cinema, embora reste tipo de produto normalmente nao seja particularmente vantajoso para qualquer carreira.


O melhor- A emoçao facil

O pior - O filme deixa a possibilidade de ter sido um filme com muito maior infomação no processo de ajuda


Avaliação - C



Thursday, April 04, 2024

Drive-Away Dolls

 Depois de muitas decadas em que os irmãos Cohen preencheram um espaço unico no cinema de Hollywood conciliando irreverencia e autenticos filmes de autor, eis que a separação ocorreu, algo que ja tinha acontecido com Joel em Macbeth e agora e a vez de Ethan com esta comedia irreverente que surgiu com pouco alarido num mês de Fevereiro, que nao entusiasmou a critica, ao contrario do projeto do seu irmão, e comercialmente as coisas ainda correram pior onde o selo dos irmãos Coen não deu ao filme nenhum tipo de resultado.

Sobre o filme eu confesso que o que surge nestes dois filmes a solo da dupla que entusiasmou Hollywood e que Joel era a pessoa que tinha o conceito, e mais que isso, aquele que tinha a vertente artistica. Neste projeto de Ethan temos a irreverencia, uma tentativa de ser rebelde por si so, em sequencias que na maior parte do tempo é só exagerada e que nos faz questionar porque motivo se juntou tantos atores num perfil de filme tão pobre.

O filme tenta ser um statement homossexual feminino, tenta ser um road trip exagerado, mas nunca, ou quase nunca consegue ser engraçado, consegue ser coerente, e é claramente uma publicidade duvidosa a parte dos irmãos Coen. Parece muitas vezes uma comedia de adolescentes de alguém que quer ser polemico e exagerado ja que em termos de mensagem pouco sobra.

Fica a ideia que o cast e o respeito dos atores que se juntaram ao processo deste filme merecia muito mais do que esta obra de irreverencia que se compreende num autor novo mas dificilmente se percebe em alguem consagrado. Fica a ideia que muito do que poderia nao ter logica do filme foi feito para marcar uma posiçao que ninguem percebe bem qual seja.

A historia segue duas mulheres amigas, com vidas sexuais diferentes que percebem que uma mala apetecivel em sua posse com contruçoes falicas e seguida por diversas pessoas que colocara em causa toda a sua segurança.

A irreverencia do filme é de tal forma exagerada, que nao se consegue perceber minimamente onde o filme queria ir, ou quais os objetivos artisticos, humoristicos ou narrativos que o filme se propoem. E no argumento que reside a grande parte dos problemas e normalmente era o apontamento onde Ethan era mais forte.

Na realizaçao muito pouco, algumas sequencias de cor tipo MTV que se percebe num realizador de video clipes nos primeiros filmes mas que nada tem a ver com o lado mais dark comico dos irmãos comico, e um filme que nunca encontra o seu registo, e pede-se rapidamente que os irmãos se juntem de novo porque a solo a coisa nao esta a funcionar.

No cast temos uma Qualey a ganhar impacto em Hollywood num papel arriscado mas que no final pouco tem de objetivo. Temos depois uma serie de cameos e situaçoes simples que apenas se compreende pelo respeito dos atores pela carreira anterior do realizador.


O melhor - A irreverencia por vezes pode ser engraçada.

O pior - Num realizador consagrado, tudo parece uma rebeldia sem sentido


Avaliação - D+



Wednesday, April 03, 2024

Land of Bad

 Filmes de ação de guerra são normalmente muito fisicos, com pouco dialogo mas com muita açao e este filme acaba por ser isso de uma forma crua, com pouca ligação entre as personagens, muita pouca coerencia temporal, muita açao e sangue frio e um filme serie B para uma população muito especifica. Este filme acabou por ser lançado com a mediania critica, comercialmente a presença do mais novo dos Hemsworth poderia da um valor comercial que o filme não obteve.

Sobre o filme podemos dizer que é o tipico filme de sobrevivencia levado ao extremo, sem qualquer tentativa de ter rigor nas personagens e mesmo nos acontecimentos. Tenta dar o lado do terreno e da base e a sua ligação, mas parece tudo muito rudimentar nessa união. Percebe-se que o filme so se sente confortavel no exagero extremo da sobrevivencia e da violencia e isso acaba por ser notorio, quando o filme tenta ir para alem destes pontos.

Um do problema maior do filme e a clara falta de definiçao temporal principalmente na sua conclusao e no caminho para o seu epicentro. Nesse particular o filme perde todo o rigor e permite que uma personagem consiga fazer em um minuto e meio algo impossivel em vinte para ter um suspense desnecessario e que so o tornam mediocre.

Sobra acima de tudo o lado fisico e de sobrevivencia da personagem central, tipica dos filmes de guerra dos anos 8o, que nao pede rigorosamente mais nada em qualquer elemento. Os cliches de um lado e de outro sao muitos e as explicaçoes poucas, ficando a ideia que o filme sente-se confortavel apenas nas duras sequencias de luta.

A historia fala de um grupo de militares que entra dentro de uma milicia armada para tentar resgatar um colega mas acabam surpreendidos numa luta pela sobrevivencia onde apenas podem ser guiados por um controlador que esta na base com a mulher em trabalho de parto.

O argumento do filme é rudimentar e simplista ao maximo. As personagens sao lineares, os dialogos quase sempre limitados ao minimo e a coerencia perde-se ponto a ponto. Fica a clara ideia que em determinados momentos o filme faz a melhor opçao por ser grafico e de poucas palavras ja que e ai que tem os seus maiores problemas.

Na realizaçao Eubank e um habitue de filmes de terceira linha de produtoras secundarias, e que aqui torna-se mais eficiente na açao pura e muito mais dificil naquilo que é a coesao temporal do filme. FIlmes como este explica o seu ponto de segunda linha porque arrisca pouco.

No cast hemsworth mais novo sera um simplista ator de açao com poucos atributos interpretativos que o filme gere razoavelmente. Pior e ver Crowe a deambular no seu peso exagerado neste tipo de papeis que nao lhe permitem exibir os recursos que chegaram a fazer dele um ator de primeira linha.


O melhor - O filme na açao pura

O pior - A sequencia final ser uma ode ao impossivel temporal


Avaliação - C-



Monday, April 01, 2024

The Beautifull Game

Um dos parametros que a Netflix tem muito presente nos seus projetos é a forma como tenta acima de tudo trabalhar a emoçao facil, muitas vezes com projetos simples, com poucos artefactos mas que nos transmite algo significativo. Este filme que trata de um drama desportivo baseado em alguma realidade sem contar uma historia concreta foi uma das apostas da Pascoa da aplicação, Criticamente e sem grandes alaridos o filme ate conseguiu boas avaliações. Comercialmente a falta de figuras de primeira linha podera afastar o filme do publico mais fiel da aplicação.

Sobre o filme iremos começar pela critica. Numa altura em que os feitos desportivos sao cada vez maiores e mais que isso sao cada vez mais publicitados nao e facil perceber o porque do filme nao ter baseado a historia em algo real, do ficcionar um equipa por completo bem como os seus feitos. Fica a clara ideia que muito do que foi conquistado naqueles torneios deveria ter a sua historia como por exemplo a de Bebe que em poucos anos conseguiu ascender desse torneio ao Manchester United.

Mas fora este grande senão, o filme é facil, leve e transmite tudo o que quer transmitir. Na relaçao entre os jogadores as dinamicas nao sao as da Cinderela, com a particularidade e dificuldades de cada um num filme que nunca quer ser pesado, mas sim um filme familiar desportivo. O final acaba por ser algo confuso nas regras da competiçao e alguma perguntas nao tem resposta obvia mas o filme quer ser uma transmissao de sentimentos puros e isso consegue.

Isto faz com que sejam duas horas de coraçao, e menos cabeça, isso faz o filme ser proximo do espetador que vai ficando agradado com as peripecias das personagens e o crescimento do sentimento de equipa. O filme tras varias historias cliches mas sendo ficçao pura e o que poderia pedir. Nao e um grande filme mas cumpre o que se propoem.

A historia segue a seleçao de sem abrigo inglesa num campeonato do mundo de futebol de sem abrigo,onde diversas personalidade marcadas por um treinador que os tenta unir tenta mais que tudo formar uma equipa de amizade com historias de vida muito particulares.

O argumento e simplista, volto a sublinhar que foi totlamente desnecessario criar a historia totalmente com base ficcional, mas no que tenta fazer cumpre, principalmente na emoçao pura que quer dar de afetos e das dificuldades de cada um deles.

Na realizaçao o projeto foi entregue a The Sharrock um realizador com algum conceito ingles de filmes simples proximo do grande publico. Sem grande arte o filme consegue ser emotivo, muito pela forma simples de realizar. Ainda se denota a dificuldade do cinema em geram em ser credivel nas sequencias de futebol, mas e um mal geral e nao do realizador.

No cast o filme arrisca pouco e pede pouco aos seus atores. Ward tenta dar seguimento a sua presença no filme de Sam Mendes Empire of the Light, embora tenha dificuldade para se assumir como um primeiro plano vai marcando presença para nao se fazer esquecer. No que diz respeito a Nighty a personagem vai ao encontro do habitue do ator, mesmo que isso fique um pouco fora do regime do filme.


O melhor - As emoçoes que passam

O pior - Poderia e deveria ser uma historia real~


Avaliação - C+



Saturday, March 30, 2024

Madame Web

 Na tentativa clara da Sony Pictures fazer prevalecer os seus creditos com o Cinematic World de SpiderMan, eis que surge mais uma tentativa de dar inicio a uma das personagens iconicas dos Comic Books. Depois de duas tentativas anteriores com maus resultados criticos, embora Venom tenha funcionado na bilheteira, era a vez das senhoras. O resultado não podia ser a todos os niveis horrivel, criticamente foi um dos filmes mais odiados da decada, e talvez por isso, mas não so tambem comercialmente o filme tornou-se num floop total, tendo ja vaga garatinda para os Golden Raspberries no proximo ano.

Mas então o que que falhou no filme, pois bem e dificil ter por onde começar, desde o inicio na Amazonia com interpretaçoes que se percebem o descalabro que vai vem, uma narrativa confusa que podera ter como maior problema os proprios poderes da personagem, mas um filme que demonstra bem desde cedo que nunca deveria ter existido em todos os pontos, vilao, interpretaçoes, uma escolha de camara completamente disfuncional, e uma falta de carisma que fez com que este filme ficasse na retina pelos piores motivos possiveis.

Desde logo os fundamentos da personagem, apenas sabemos que a mesma usa sempre a mesma roupa, mas desconhecemos como saiu da amazonia em direçao a Nova Iorque. Mas o filme nao quer saber disso, e introduz um vilao que tambem nao tem qualquer tipo de introduçao, sabemos que foi o mau do passado, e que sera o do presente mas nada demais. E depois as tres amigas que deconhecemos de onde vem para onde vão, e apenas sao teenagens.

A falta de informaçao associada a uma interpretaçao deploravel de todos os envolvidos e numa narrativa central que nao vai a lado nenhum, esperando apenas pelo confronto final, e uma serie de deja vus. Os apontamentos a historia base de Peter Parker com uma gravidez e um easter egg insignificante ja que toda a gente ja percebeu que ninguem se vai arriscar a seguir qualquer rumo a partir daqui.

A historia segue uma paramedica, que nasceu no amazonia e foi salva por uma aranha que desconhece por completo os seus poderes ate um estranho individuo começar a preseguir tres jovens ja que percebe que as mesmas vao ser a causa da sua morte.

Em termos de argumento uma pobreza completa, desde o contexto das personagens, a forma como introduz o que vai fazendo, e na sua componente narrativa, não e aqui que residem os unicos problemas do filme mas e aqui que eles nascem, para o pontape de saide dos blockbusters do ano, tinha de ter muito menos amadorismo.

Os problemas do filme perceberam-se quando a batuta da realizaçao foi entregue por completo a uma total desconhecida SJ Clarkson vinha da televisao sem qualquer experiencia no cinema e percebeu-se a dificuldade de trabalhar com os meios tecnologicos exigidos a um filme de super heroi, e acima de tudo perceber que tinha de criar uma componente estetica que nunca o faz. Fica a ideia que regressara anonimamente a tv.

No cast o filme e um desastre para todos os envolvidos, Johnsson tentou anos para sair da personagem de 50 Shades of Grey e quando parecia ter consigo com algum risco em alguns filmes tem de voltar a casa de partida. Nunca se percebe minimamente confiante no registo de super heroina, mas o problema e da forma como foi escrita. As jovens escolhidas podem ser mediaticas comercialmente mas os papeis acabam por ser meros bonecos. Mas o pior do filme acaba por ser ainda Tahar Rahim, um ator intenso que tinha surpreendido em alguns papeis que aprece totalmente fora de tom, num dos piores viloes que me recordo-.


O melhor - Ter morto o conceito a nascença

O pior - A forma como tanta gente presente no filme e ninguem alertou para onde o mesmo ia


Avaliação - D



Thursday, March 28, 2024

Bob Marley: One Love

 Bob Marley é um dos icons de cultura popular mais presente nos nossos dias, quer pelo estilo musical que ficou para sempre associado a sua pessoa, quer pelo estilo de vida, de defensor de paz e uma cultura muito propria. Em 2024 saiu finalmente o seu biopic, realizado por alguem que vinha do sucesso da historia da familia Williams, mas o resultado critico deste filme ficou bem longe deste filme anterior com avaliaçoes mais negativas. Comercialmente Bob Markey e uma figura iconica e o resultado de bilheteira foi bastante enstusiasmanete com resultados muito positivos por um biopic.

Sobre o filme podemos dizer que a primeira coisa que nos apraz dizer e que e uma desilusão. Acaba por ser mesmo um filme pregiçoso que mais não e do que um filme clean sobre uma figura que deveria ser muito mais profunda do que a imagem de cartaz que o filme exibe, excertos de algumas musicas e o estilo musical e pouco mais, num filme completamente inexistente do ponto de vista narrativo, e com demasiadas preocupaçoes esteticas e quase nenhumas narrativas.

Numa altura em que os biopic de musicos estao na moda, e muitos deles se transformaram em exitos instantaneos, este pela figura que tinha devia ter muito mais trabalho, muito mais rico do que um cliche ao longo de duas horas. Tudo o que o filme da sao os cliches simples da personagem sem vivencias, sem percebermos a forma como la chegou e pouco mais.

Por tudo isto este e uma das grandes desilusões do ano, em termos artisticos, pela falta de risco, ou mesmo pela tentativa de dar um filme uma narrativa simples, muito restrita no tempo. E uma serie de proformes de estilo mal conjugados e isso acaba por dar um filme vazio, que se preocupa com os maneirismos da personagem e pouco na sua dimensao.

A historia fala de Bob Marley numa fase em que a guerra no seu pais o conduz a uma tour por muito lado, ganhando internacionalidade e que termina num concerto de paz no seu pais.

Em termos de argumento o filme é totalmente vazio, uma serie de musicas excertadas, concertos, o estilo da personagem a dançar, mas saimos a conhecer a personagem da mesma forma que entramos e isso demonstra bem a debilidade do argumento.

Na realização Marcus Green brilhou na forma como deu vida a familia Williams, mas aqui falhou pela falta de originalidade ou de tantar dar qualquer cunho artistico. A vida de Marley nao e uma moda, mas um estilo que deveria ser muito menos clean e com menos cliches, ganhou o publico mas parece-me ter falhado na arte.

A escola de Ben_Adir e interessante comercialmente mas parece-me que falha muito em alguns pontos, principalmente por ser uma personagem muito clean, fica sempre a ideia que temos a cultura pop atual da figura mais do que realmente a figura, mas muito desta culpa e da propria abordagem a personagem


O melhor - A musica de Marley

O pior - O tom Clean do filme


Avaliação - D+



Tuesday, March 26, 2024

Lisa Frankenstein

 Fevereiro, perto do dia dos namorados, uma das apostas de estudio para esta season foi esta comedia de horror, com o pendor romantico, tentanto associar algum lado gotico ao romance, sempre com a formula de uma comedia de adolescentes. A estranha mistura de generos acabou por ser recebida pela maioria da critica com indiferença, sendo que comercialmente e pese embora tenha duas figuras conhecidas da maioria dos adolescentes o resultado foi desolador.

Sobre o filme podemos dizer que de todas as caracteristicas estranhas que o filme tem, as mesmas nunca se juntam e o filme é sempre mais sem sentido do que engraçado ou mesmo minimamente interessante. Fica a ideia que o filme no seu percurso tem sempre dificuldade em se assumir como uma comedia disparatada ou uma comedia fora da caixa. No final acaba por transmitir pouco para alem de um conceito totalmente estranho.

A primeira ideia que o filme da é que vai ser aquela comedia de adolescentes com pouco sentido, umas piadas, humor fisico, pouco ambiçao, mas rapidamente o filme torna-se serio e quer dar as personagens algo mais que isso e torna-se numa comedia de horror negra, mas acaba so como uma hora e meia de um cinema estranho que transmite muito pouco, ainda para mais quando tecnicamente acaba por nunca ter um Burton ou alguem que de uma assinatura na abordagem.

Por tudo isto rapidamente chega-se a conclusao que é um dos filmes mais sem sentido do ano, nao se percebe o objetivo, nem sequer a graça que finge ter. Podemos dizer que tem atores com algum impacto mas cujas personagens tambem não sao dotados de nenhum carisma, e fica a ideia de que mais nao e do que uma irreverencia completamente inutil.

A historia fala de uma jovem mal adaptada ao contexto escolar que fala com um cadaver, ate ao momento em que por magia este ressuscita e torna-se o seu confidente na tentativa de se adaptar.

O argumento do filme é disparatado, pouco objetivo, confuso, e tenta se sustentar numa graça que na maior parte do tempo não tem. Esta especie de Bonnie and Clyde gotico tem pouco sentido, e pouco empatico, e muito por culpa de uma mistura de generos em que nunca um é realmente assumido.

Na realizaçao deste projeto juvenil temos Zelda Williams a dar vida a eloquencia da excentrica Diablo Cody, uma total desconhecida num filme que poderia ter como ponto de fuga uma boa abordagem de realizadora que o filme nao consegue ter. Dificilmente teremos outro filme mediatico da mesma.

No cast eu confesso que Newton teve bons papeis, e nao conseguiu dar continuidade a sua carreira, optando por quantidade mais que qualidade. O papel vai a procura da sua rebeldia, mas a personagem nao cresce. Srouse tenta a passagem para o cinema, com um papel fisico mas que nao e propriamente muito trabalhado.

O melhor  - No final tenta abandonar a roupagem de comedia idiota


O pior - Mas nao acaba por ser basicamente nada


Avaliação - D



Monday, March 25, 2024

Origin

 Ava DuVernay, desde o momento em que lançou o seu Selma tornou-se numa realizadora de causas, associada a luta racial que tem pautado a sua carreira não só na ficção mas também em alguns documentarios. Este ano lançou este filme sobre diferentes formas de subjugação de massas, baseado na criação do livro "Origin" que foi um dos sucessos dos ultimos anos. Em termos criticos o filme foi lançado em competiçao para os premios, mas as suas boas avaliações foram insuficientes para tornar o filme num candidato a premios. Comercialmente o filme optou por lançar-se a longo plano em Janeiro, mas o resultado comercial do filme ficou um pouco aquem do que poderia valer alguem como Ava.

Sobre o filme desde logo parece importante sublinhar o que o filme passa, a mensagem, o detalhe dos estudos, o lado pesado e frio de imagens que nos deixam envergonhados dos momentos que assistimos. Nisso o filme acaba por ter esse impacto estetico, e deixa uma mensagem forte sobre o debruçar pleno sobre esses momentos, com todo o impacto que o mesmo quer ter.

Por outro lado o filme tem uma dificuldade clara de ritmo, porque tenta ser um filme com um estilo quase documentario sobre a produçao de uma obra, sobre o processo de elaboraçao do seu best seller por parte da autora Isabel Wilkerson que leva muitas vezes o espetador a deambular pelos estudos da personagem, para o seu livro, sem que os flashbacks acabem por ter personagens ou fio narrativo para alem de analises historicas de comportamentos de massa, o que tira o ritmo ao filme ao longo das suas mais de duas horas de duração.

Por tudo isto Origin e na mensagem um filme intenso e de impacto, e é um filme que transmite tudo com a intensidade que quer transmitir. Sente-se o a vontade e ambiçao de causas que o filme tem. A sua estrutura por sua vez faz com que esta especie de documentário faça o filme perder algum ritmo na maior parte dos seus momentos, e isso tira alguma capacidade de comunicar, quando comparado com filmes que contam uma historia concreta.

O filme fala do processo de elaboração de Isabel Wilkerson da sua obra literária, da forma como foi estudando a ligação entre alguns dos maiores atentados da humanidade e a ligação entre eles, o que tem em comum, e conduziu ao sucesso literario Origin.

O filme tenta ser bem mais politico do que narrativo, muito do que vimos do filme, são hipoteses de trabalho teorica sobre a forma de funcionar dos genocidios da historia da humanidade, com alguns exemplos concretos, mas com pouca personagem. Isso faz que a mensagem politica seja sempre superior ao filme em si.

Na realizaçao DuVernay e uma ativista realizadora, e assume esse papel de principio a fim neste filme. Temos algumas referencias a outros realizadores de conceito, mas fica a ideia que o ritmo do filme paga a fatura de ser um filme quase documentario com o retrato de situações. Uma coisa é cerca Duvernay quer dar mais que um simples filme.

No cast o filme é liderado de principio a fim por Ellis-Taylor, uma atriz que depois da sua nomeaçao ao Oscar em King Richard conseguiu aqui ser a pontuaçao do filme, num filme em que está presente mas que o filme não exige muito mais para alem do sofrimento natural do que vai contando. E uma interpretaçao interessante, intensa, que tem como particular dificuldade ter que segurar mais de duas horas de filme.


O melhor - A mensagem e a base de estudo.

O pior - O ritmo


Avaliação - B



Saturday, March 23, 2024

Shirley

 Ao longo dos ultimos meses temos assistido na Netflix a uma agenda politica muito concreta com biopic de diversas figuras da politica norte americana principalmente associado ao estabelecimento de direitos iguais. Este ano e depois de Rustin surgiu este Shirley pela mão de Regina King como produtora. Ao contrario de Rustin este era claramente um telefilme menor com criticas medianas, e comercialmente provavelmente não e o tipo de filme de massas, mas mais para quem quer perceber um pouco da historia dos direitos iguais norte americanos.

Sobre os filmes politicos norte americanos, eu penso que todos eles tem um problema de base que é o facto de o seu sistema não ser facil de entender, dai que fica sempre por esclarecer qual e o real feito da personagem ou que procedimentos a mesma teria de fazer para ter outro impacto, este filme acaba por ter isso, e mais ainda porque isso e importante em quase todas as dinamicas do filme, que o torna maioritariamente aborrecido com muitas personagens.

Nao obstante desta dificuldade principalmente no balanço do ritmo do filme que este nunca consegue ter, o filme conta uma historia interessante de luta de ideiais. Fica a ideia que o filme poderia e deveria tratar da ascenção da personagem inicial, pois parte ja com a carruagem em andamento ficando por perceber como chegou a ate um lugar que lhe permitiu sonhar mais alto.

Por tudo isto SHirley e o tipico biopic de segunda linha sem grandes truques, que se limita a contar uma historia, que acaba por ter mais significado no fim do que no seu desenvolvimento. O final parece uma liçao politica desnecessaria de King que tenta ter um papel maior relevante do que realmente acaba por ter.

A historia segue Shirley Chisholm e a sua candidatura nas primarias democraticas a presidente dos EUA com o objetivo de demonstrar que nada e impossivel, se seguir as convicções numa luta politica com muitas nuances.

O argumento do filme tenta ser detalhado nos aspetos historicos concretos. De resto fica a ideia que nos dialogos o filme fica demasiado preso ao sistema politico e convições da personagens e menos a sua pessoa, e isso torna o filme naturalmente mais lento.

Na realizaçao King, nao abraçou o projeto, entregando-o a Ridley, um veterano realizador afro americano que segue a tarefa pelo livro sem grande risco ou assinatura, num filme claramente pensado para televisao e sem grande alarido. Nota-se a base de televisao.

NO cast King entregou a si a personagem e tenta transmitir a força da mesma, num papel no entanto simples. Ao seu lado muitos atores afro americanos com papeis simples, e um Hedges que ja parecer ter outro fulgor na carreira.


O melhor - A homenagem a um feito politico consideravel


O pior - O filme tem um ritmo demasiado lento e demasiado centrado num sistema politico dificil de compreender fora dos EUA


Avaliação - C



Road House

 A Prime cada vez mais tem sido uma aposta clara no mundo do streaming mas fica claramente a ideia que em termos de filme nunca tinha apostado tanto como neste remake de Road House, com Jackie Gyllenhall como protagonista, um trailer que chamou a atençao e o primeiro feedback a ser muito positivo em termos de visualizaçoes que faz muitos pensar que se calhar o resultado poderia ser ainda melhor comercialmente no cinema. Criticamente o filme sobreviveu com uma mediania positiva, num filme que fica a sensação que rapidamente poderia cair na critica facil.

Sobre o filme podemos desde logo dizer que e a historia do primeiro mas numa roupagem muito diferente a todos os niveis, quer em termos tecnologicos quer nas opçoes narrativas. O primeiro ponto claro do filme e que e um filme de açao do heroi contra o mundo, com uma toada de comedia leve, onde as coisas sao sempre mais cool do que com sentido, e onde o protagonista maior e a forma de realizaçao completamente diferente que da o impacto estetico de algumas imagens que nos faz pensar que o impacto poderia ser bem maior no cinema.

No disparate simples o filme funciona, mesmo que algumas personagens sejam abandonados ou que o filme de saltos narrativos porque nao esta para se preocupar minimamente com historias e conversas querendo obviamente ir logo para a açao de luta. Aqui fica a sensação que o filme exigia um vilao principal mais forte e mais trabalhado, ja que os maneirismos de Mcgregor so funcionam comicamente.

Mesmo assim e sendo bastante diferente do original, fica a ideia que o filme funciona como blockbuster de desgaste rapido por dois pontos em que o mesmo trabalha bem, na ironia comica da personagem, sempre com total controlo de tudo, menos dele proprio, e o lado estetico das sequencias de açao, refrescantes e que fornecem um ritmo unico ao filme, que acima de tudo tem a virtude clara de nunca se levar a seria.

A historia segue o lutador conhecimento, marcado pela perde de controlo, que e contratado por uma dona de um bar marcada por agressoes constantes, para defender aquele espaço, dos ataques marginais, ate que vai cluidir com os interesses da mafia local.

O argumento e simples e disparatado, mas o filme tem a virtude de nunca levar a narrativa de base a serio, levando-a para segundo plano. E uma historia de serie b, pouco profunda, mas que pelo caracter secundario que assume no filme acaba por funcionar.

Liman e um convincente realizador de açao com alguns projetos de primeira linha, mas com outros floops totais. Talvez isso explique o medo da Amazon de dar ao filme o cinema, que talvez merecia, porque Liman regressa com uma abordagem diferenciada so ao alcance dos maiores de açao. Pode rejuvenescer uma carreira que ja teve bons momentos.

No cast gyllenhall ja nao e a primeira vez que aposta no lado fisico de ser heroi de combate, que me parece algo fora das suas caracteristicas. O filme aproveita o lado ironico e comico do ator, o qual e um dos bons segredos do filme. Nos secundarios penso que Magnunssen interessante merecia uma personagem mais bem escrita, e Mcgregor, limitou-se a ser ele proprioo.

O Melhor - As sequencias unicas de luta.

O pior - O filme desiste muito cedo dos secundarios inclusive do vilao


Avaliação - B-



Thursday, March 21, 2024

Out of Darkness

Produzido e pensado em 2022 este pequeno filme de terror na idade da pedra viu finalmente a luz do dia em pleno 2024, pela mão da Black Street uma produtora de segunda linha que habitualmente esta atenta a um cinema menos mainstream com um conteudo algo diferenciado. Este filme de terror acabou por ser lançado com boas avaliaçoes, e a boa prestação nos premios independentes britanicos de 2022 que o lançou com alguma dimensão no mercado americano. O resultado de bilheteira contudo não foi famoso, mas nao era expetavel em face de ser claramente um filme independente com puros desconhecidos.
Sobre o filme eu confesso que não sou habitualmente um grande adepto de filmes da pre historia, ainda para mais quando existe simulações da linguagem nativa. Certo é que se trata de um filme com poucas palavras e muita ação num jogo tipico do gato e do rato, com muito sangue e violencia, que torna o filme impactente do ponto de vista de tensão mas pouco mais.
A historia e a igual a muitas outras, algo começa a seguir um grupo, matando um a um, ate ao confronto final, em que finalmente percebemos  o que esta na parte desconhecida do filme. O que funciona melhor do filme e conseguir fazer terror com o desconhecido, muito por culpa da aposta em cenas fortes de violencia e sangue, num filme que leva-nos para o desconhecido, mas que pouco ou mais tem do que isso, num filme de impacto com duraçao curta.
Fica a experiencia de terror fora do tipico estudio, com um twist final que acaba por dar ao filme alguma surpresa, mas que acaba por ser duro, repetitivo, mas mais do mesmo. A escolha de uma linguagem propria ate pode ser uma mais valia, mas fica sempre a ideia de um filme cru, que não impressiona, pese embora tenha bons momentos, fica a ideia que e um filme independente que acaba por não se destacar.
O filme fala de um grupo de homens da pre historia que tenta descorbrir uma nova zona de forma a encontrar comida, mas que aos poucos começa a ser atacado por um ser sobrenatural que leva um a um a morte, até ao confronto final.
O argumento e simples, um Boady Count inicial, com muito sangue e poucas palavras e depois a revelaçao do que causa o terror que estamos a ver, com muita luta no grupo pela sobrevivencia. O filme vale na sua execução pela revelaçao final, ja que tudo e demasiado convencional.
Na realizaçao Andrew Cumming, é um desconhecido que teve neste filme o seu trabalho mais marcante, que consegue dar ao lado desconhecido um impacto de terror forte, que com mais meios pode ter mais impacto. E um filme pequeno e o seu realizador consegue fazer o possivel com os meios.
No cast temos uma serie de desconhecidos, com uma interpretação essencialmente fisica, a jovem Oakley Green teve algum reconhecimento nos criticos britanicos, pelo impacto fisico da sua personagem, que acaba por liderar o filme, veremos o que a sua carreira se torna.

O melhor - O medo do desconhecido

O pior - Ser algo repetitivo na primeira hora

Avaliação - C


The Book of Clarence

 Janeiro é sempre um mês algo dificil de ler no que diz respeito as apostas de cinema. Um dos filmes com melhores elencos e com uma premissa que deixou alguns espetadores com expetativa foi o novo filme do rapper Jeymes Samuel, apostado em dar a versão afro americana da historia de jesus. A sua irreverencia levou o filme a um avaliação algo mediana, que não lançou o filme comercialmente, ficando a ideia que o seu valor de cast faziam em tudo prever um resultado de bilheteira de uma dimensão completamente diferente, tornando-se um flop claro.

Assim podemos dizer que temos uma mistura da Paixao de Cristo com A Vida de BRyan com uma roupagem da tipica cultura afro americana. A primeira ideia que surge e que nada disto se conjuga e a verdade e mesmo essa o filme e uma conjetura de estilos que nunca se liga, o que soa sempre muito mais a estranho do que propriamente original. O filme tem boas piadas e funciona razoavelmente como comedia mas quando quer ser algo mais não consegue, principalmente quando quer ser espiritual.

Nao e um filme facil, ficamos sempre com a ideia que os ingredientes que o filme reuniu em momento algum se poderiam juntar, e o filme da mesmo essa impressão. COm um bom elenco, boa banda sonora, ate momentos em que o seu realizador consegue chamar a si trunfos que noutros filmes não apareceram, o filme parece sempre blocos fechados, funcionando na comedia de satira disparatada, mas muito pouco no lado da mensagem.

Assim um filme que mais do que qualquer coisa é irreverente e diferente, mas que acaba por na sua formula nunca ser funcional e ter o impacto que muitos esperatiam que tivesse. Os mais tradicionalistas acharam uma agressão a fe, os outros uma irreverencia sem grande profundidade, e o filme tinha pelo menos atores para muito mais.

O filme fala da epoca de jesus e que conduziu a sua morte, do ponto de vista de um individuo com muitas dividas que de forma a pensar que as mesmas serao pagas tenta transformar-se num messias o que o vai levar a preseguição que ele nao quer.

O argumento comicamente tem bons momentos, quer em piadas isoladas quer em satira religiosa. Mas estes pontos acabam por se perder porque do outro lado fica sempre a sensação que o filme e demasiado estranho e uma mistura pouco concreta do que quer ser, principalmente na sua mensagem central.

Na realizaçao Samuel, tem tentado a sua carreira no cinema, depois de um ja estranho western, tentou esta irreverencia, que lhe deu o protagonismo, com bons momentos mas tudo ainda soa mais a estranho do que funcional, e essa barreira enquanto nao for passada condicionara sempre o impacto dos seus filmes.

No cast Stenfield e um dos melhores atores afro americanos da atualidade e tem aqui um duplo papel arrojado, ele funciona, da o lado descontraido que a personagem pede, e junta-se a outros atores afro americanos com menos dimensao e menos protagonismo. O filme tem dois cameos interessantes mas fica a ideia que o filme perde a oportunidade de tanta mao de obra qualificada


O melhor - ALgumas tiradas de humor.

O pior - A mistura impossivel de efetuar de generos


Avaliação - C



Wednesday, March 20, 2024

I.S.S.

 Janeiro é sempre um mês de experiencias no que diz respeito a produtoras, e muitas vezes acaba por ser o mes escolhido por produtoras de uma segunda linha tentarem a sua sorte em filmes mais ambiciosos, como pode ser o caso deste Thriller do espaço, em plena guerra fria da Black Street. Este filme encabeçado por uma recem galardoada ao oscar de melhor atriz secundaria, passou com muita indiferença em termos criticos e comercialmente acabou por tambem ela ser rudimentar, o que se percebe pelo tema e pelo o claro low budget do filme.

A historia do filme até pode ser atual, numa missao historica no espaço entre os dois paises emblematicos, que agora estão de costas voltadas, mas isso acaba logo por dar ao filme um ponto de partida de duvidas que o filme quer alimentar na intriga, mas que o faz sempre na base das personagens e nunca politicamente e isso vai encolhendo o filme, principalmente porque as personagens sao limitadas e a intriga encaminha-se sempre para o obvio, sendo indiferente o contexto catastrofico que tras.

Em termos produtivos tambem e claro um filme de segunda linha que se percebe no uso e abuso da gravidade mas em termos espaiciais normalmente um dos segredos melhores que estes filmes utilizam e a boa contextualizaçao espacial da nave o que aqui nunca acontece e deixa muitas vezes o espetador perdido no proprio filme. Esta dificuldade limita a intriga, principalmente porque as personagens tambem sao limitadas.

Ou seja uma tentativa na base de uma produtora de dramas de low budget tentar entrar no sempre complexo territorio Sci Fi, ficando a ideia que a maior parte dos problemas e numa historia rudimentar e demasiado simplista, ja que em termos de produçao e um filme que pede pouco. A mediocridade tipica das apostas curriqueiras de Janeiro.

A historia segue um conjunto de astronautas numa nave no espaço, que mais nao e do que uma colaboraçao entre russos e americanos, que convivem no mesmo espaço com regras proprias, que se torna um jogo do gato e do rato, quando percebem que na terra começou uma guerra entre as potencias e o poder naquele espaço e essencial para o dominio da guerra..

O argumento e basico porque acenta essencialmente no conflito das personagens sendo o conflito global o pano de fundo, mas que tem um papel secundario. Fica a ideia que um equilibrio entre estes dois pontos poderia fazer o filme crescer e sair desta mediocridade assumida.

Na realizaçao do projeto temos Cuperthwhite, uma jovem realizadora com uma filmiografia algo desconhecida, que tinha num documentario de 2014 o seu trabalho criticamente mais significativo. Sem meios faz o possivel num estilo que exige essa competencia, o argumento nao permite muito brilho do proprio filme.

O cast tem DeBose a tentar assumir a postura de figura de primeira linha, o que nao consegue, a personagem e limitada mas a atriz nao da a mesma uma força suplementar que a resgate. Ao seu lado habitues secundarios de filmes de segunda linha em personagens tipicas.


O melhor - A visao de uma guerra do espaço

O pior - O filme esquecer-se o lado tatico policito para ser um filme passional de personagens


Avaliação - C-