Wednesday, May 14, 2025

The Woman in the Yard

 Num ano em que novamente grande parte dos projetos que saem no cinema são de terror ou thriller psicologico, eis que uma das produtoras mais ativas e mais dedicadas ao genero lança mais um projeto, com um elenco de segunda linha, mas acima de tudo um filme sobre terror psicologico. O filme estreou com avaliaçoes sofriveis o que fez este projeto perder algum fulgor comercial que poderia ter tendo em conta a produtora em questão.

Sobre o filme podemos dizer que este até começa bem na introdução das personagens e dinamica familiar associada. Com a apariçao da personagem que da titulo ao filme, a abordagem ate se torna algo confusa em alguns momentos e fica a sensação que o filme perde-se a organizar-se de novo. Aposta demasiado num terror estetico quando no final temos um filme com uma abordagem mais metaforica que poderia funcionar melhor se o filme conseguisse em momentos se origanizar

Fica a sensação que para um filme tao curto e demasiado slow burn, nunca o horror estetico impera e a dimensão psicologica tambem nem sempre tem a intensidade que olhando no filme poderia ter. Mesmo a dimensao estetica da personagem central poderia ser trabalhada com momentos muito mais assustadores. Fica a sensação que o sumo final do filme e algo melhor do que a fruta que o produz.

Mesmo assim uma boa metafora sobre o sofrimento, com espelhos a mistura, mas um filme cujos procedimentos nao sao brilhantes. Fica a ideia que o filme se perde algo em se assumir pelo menos como um filme de horror, acabando por ficar sempre em fronteiras que nao sao particularmente funcionais.

A historia segue uma familia marcada pelo drama de um acidente que vitimou o pai e colocou a mãe debilitada ate uma estranha mulher coberta de preto começa por se sentar no quintal de casa com uma presença cada vez mais permanente.

O argumento do filme parece que no final tem muito mais dimensao do que propriamente o filme consegue transmitir nos seus momentos. A ideia e melhor do que a concretização, sendo um filme bem introduzido e com uma boa conclusao fica a ideia que e no intermedio que as coisas correm pior.

Na realizaçao o projeto e assinado por Serra no terror onde começou mas que intercalou com uma açao de estudio mais imediata. E um realizador que consegue alguns momentos esteticos embora fique a ideia que o filme e claro demais para a intensidade que quer ter.

No cast um elenco desconhecido liderado pela intensidade de Deadwyler uma atriz em otimo momento que se entrega ao filme permitindo a intensidade que o filme quer ter. Os menores tambem funcionam, sendo que o cast e dos elementos mais potenciados do filme.


O melhor - Fica a ideia que o filme tem uma metafora bem pensada

O pior - O desenvolvimento do filme deixa alguns pontos sem grande desenvolvimento


Avaliação . C

Monday, May 12, 2025

Locked

 Com a evolução tecnologica dos carros seria uma questão de tempo ate ao filme de Tom Hardy com o nome parecido ter a sua adaptação aos nossos dias. Pois bem agora temos tecnlogia de ponte, um horror mais intenso e estetico mas o mesmo estilo de abordagem. O filme estreou com criticas moderadas, longe do sucesso do filme de base, sendo que comercialmente mesmo com Skaarsgard a ganhar algum protagonismo nos ultimos tempos o resultado ficou muito aquem das melhores previsoes.

Sobre o filme podemos dizer que o filme original é forte, intenso, precisamente porque a pressão psicologica consegue sempre ser superior a pressão e horror fisico. Pois bem este filme muda um pouco o figurino, ja que para alem do lado atual da evolução do carro, o que lhe confere mais oportunidades de interação, este acaba por ser mais fisico, mais violento, mais cru, o que nao e propriamente um atributo mais benefico para aquilo que o filme quer fornecer.

Temos por isso um filme de terror, com todos os exageros, na maior parte das vezes mesmo impossivel na coerencia dos seus momentos do que propriamente um thriller psicologico que parece ter por base uma historia como esta. Claro que um filme curto de desenvolvimento rapido da sempre a oportunidade que o espetador fique atento embora o resultado final fique demasiado mediado para o que poderia acontecer.

Os filmes atuais parecem sempre demasiado ansiosos em fazer roupagens de filmes de sucessos recentes, o que faz com que a previsibilidade de quem ja conhece a historia nao seja ultrapassada mesmo que alguns elementos sejam facilmente acrescentados nem sempre isso e suficiente para fazer o filme resultar por si so, ficando apenas um registo previsivel como este.

O filme fala de um ladrão que acaba por tentar assaltar um carro que mais não é do que uma armadilha de um individuo farto de ver os seus carros serem assaltados e que planeou a sua vingança de uma vida na tentativa de fazer sofrer o ladrão em questão.

 O argumento e conhecido, com umas nuances emocionais e moratorias que nao são propriamente faceis de identificar num primeiro momento. Algumas cenas são demasiado exageradas como a ida ao extremo dos limites fisicos do personagem, sendo que o final parece ir para um caminho de exageros que apaga um pouco o valor moral que o filme poderia querer ter.

Na realizaçao temos Yarosevski um realizador de filmes de terror de estudio, ainda com pouca dimensão que da ao filme essa roupagem simplista de terror de estudio, que se denota em dar privilegio ao horror fisico mais do que psicologico, quando o filme parece mais talhado para este ultimo. Vamos ver se segue este caminho mais simples ou arrisca mais noutros filmes.

No cast Skaarsgard parece funcionar melhor na sua plasticidade quando esta com caracterização onde se torna mais intenso, e faz sublinhar a sua intensidade. O filme procura esses momentos nem sempre com o efeito desejado. A voz de Hopkins parece claramente uma das melhores escolhas do filme.


O melhor - A voz de Hopkins

O pior - O filme ir para o lado mais violento e menos tenso


Avaliação - C

Sunday, May 11, 2025

A Working Man

 Jason Statham e o unico heroi atual baseado naquilo que durante os anos 80 alimentou uma industria de ação com herois como Schwarznegger ou Stallone. Dai que nao seja surpreendente que esta historia de Stallone acabe por ir buscar muito do simplismo desses tempos do heroi contra o mundo no estilo Statham. Criticamente este tipo de projetos nao são propriamente muito elogiados com avaliações muito medianas, mas comercialmente ainda conseguiu algum espaço, principalmente porque aproveitou uma fase do ano onde os projetos nao estavam propriamente a resultar.

Sobre o filme temos duas horas de cinema sem grande organização, coesão, mas acima de tudo momentos para Statham mostrar o seu lado de heroi de açao sempre simples, direto, violento, mesmo que estejamos perante um filme de estudio sem grande sangue, mas acima de tudo muitas sequencias de luta, num filme que logo no primeiro minuto percebemos como vai ser toda a sua duração.

A ideia e que este filme podera ser o inicio de um franchising parece-me demasiado, ja que a historia ou mesmo a personagem e tão limitada que qualquer novo capitulo desta saga sera mais do mesmo, nao tendo ficado a sensação que a personagem tivesse muito espaço, talvez apenas podendo potenciar a personagem do seu melhor amigo, o que pode acontecer tendo em conta o ator escolhido e o bom momento do mesmo.

Por tudo isto um filme de aluguer dos anos 90, um filme do heroi de açao contra os criminosos todos, pouco trabalhado, nao responde ao basico e essencialmente ao longo de uma hora e cinquenta vimos Statham distribuir violência e tiros nos maus para o final esperado, sem qualquer aresta fora deste plano, enfim parece-me muito reduzido para os dias de hoje.

A Historia fala de um mestre de obras de uma empresa familiar, cuja filha do proprietario acaba por ser raptada, conduzindo este individuo ao seu passado presseguindo os maus de forma a salvar a filha dos seus conhecidos.

O argumento e do mais simples que podemos imaginar, nao perde qualquer tempo em caracterizar personagens ou momentos, apenas define lados para depois começar com a ação pura, onde nao temos palavras, mas muitos maus e muitos confrontos, enfim muito pouco.

Ayer ja teve momentos em que se pensou que poderia ser um bom realizador de uma nova geração,  principalmente depois do sucesso de Furia e Fim de Turno, mas depois voltou a essencia do cinema de desgaste simples que marcou o inicio da sua carreira, mas fica a ideia que este ja e o segundo plano da sua carreira.

No cast Statham vai ser alguem que vai fazer uma carreira cheia de papeis iguais sem nunca ter provado qualquer outro valor, uma interpretação igual a todas as outras, e algumas presenças conhecidas mas cujos papeis nunca se desenvolvem num filme completamente insignificante para qualquer carreira.


O melhor - Nao faz pensar nada

O pior - A ideia que este tipo de filmes teria sempre de ter algo mais, que este nunca quer ter


Avaliação - C-

Saturday, May 10, 2025

Ash

 Terror Sci Fi é um genero que cada vez tem mais apostas, de filmes de estudio mas outros mais pequenos de realizadores em inicio de carreira que tentam vincar um estilo proprio. Isso foi o que tentou Ash um pequeno filme que estreou em alguns cinemas para depois ter uma amplificação maior na Amazon Prime. Criticamente as coisas correram bem, pese embora o publico em geral tenha manifestado mais desagrado com o resultado final. Comercialmente o filme teve pouco tempo nos ecras com resultados muitos residuais, acabando por ser encaminhado quase no imediato para o streaming.

Sobre o filme podemos dizer que temos um filme no espaço, que esconde muito do que realmente quer ser e que depois se vai revelando. Fica a clara sensação que o filme dá demasiados estimulos consequentes ao espetador, tornando-se confuso, muitas vezes impercetivel, que nao faz a sua narrativa crescer, ou mesmo ganhar o seu espaço, sendo que no final quando entramos no desenvolvimento final o espetador ja ficou demasiado confuso para o que sobra.

E um filme tipico de alguem que vem de outra arte pela forma com que as imagens querem aparecer todas ao mesmo tempo. O conjunto de memorias flashbacks, twist e tudo tanto e tao rapido que o impacto que as sequencias poderiam ter acabam por passar desprecebidas, mais que um filme com uma ma ideia parece-me um filme demasiado concrentrado e desorganizado na maioria dos seus momentos.

Por tudo isto podemos dizer que temos um filme que ate poderia ter alguma ambiçao na historia mas que nunca funciona na capacidade de comunicar com o espetador. Fica a sensação que por vezes alguma maior simplicidade de processos poderia tirar o filme da mediocridade e confusao em que se torna. QUando o tenta fazer esta demasiado perto do fim.

A historia fala da tripulante de uma nave que acorda sem memoria percebendo que todos os seus colegas estão mortos, tentanto perceber o que se passou com a ajuda de outro tripulante que acaba por regressar a nave para perceber o que ocorreu.

No argumento a base narrativa do filme e do jogo ate poderia dar um bom filme. Baseado num videojogo existe sempre dificuldade de preencher os espaços narrativos para alem da base e o filme tem essa dificuldade de agrupar segmentos tornando-se confuso, muito por culpa das escolhas do realizador.

Na realizaçao o rapper Flying LOtus tem aqui o seu projeto mais mediatico, com muita cor, muita luz, muitos efeitos, mas muita ansia de fazer tudo ao mesmo tempo. E um filme desorganizado nas imagens muito por culpa de uma incapacidade de Lotus ser objetivo no que quer transmitir.

No cast Gonzalez tem a liderança do filme algo que nao e propriamente habitual na sua carreira. A personagem e algo unidimensional, funcionando como atriz de ação e pouco mais. Paul nunca mais conseguiu continuar a carreira de Breaking Bad e coleciona papeis mais secundarios como este que vivem na sua intensidade.


O melhor - Fica a sensação que a base do jogo poderia dar um bom filme.

O pior - A confusao de imagens na grande parte do filme.


Avaliação - D+

Thursday, May 08, 2025

The Alto Knights

 Produzido em 2024 este novo filme do dinossauro Barry Levinson, surge com o tema da Mafia com um dos atores que mais se dedicou a este tipo de filmes com alguns dos filmes mais marcantes da historia do cinema. Este filme com Robert de NIro em dose dupla nao foi propriamente bem recebido pela critica razão pela qual saltou da fase de premios para um Março quase incognito em alguns cinemas. Comercialmente nao me parece um filme com grandes elementos sedutores do genero dai que os resultados foram os possiveis em face dos ingredientes em causa.

Sobre o filme podemos dizer que temos um filme que vai beber muito no formato aos tipicos filmes de Mafia americanos do passado, com grupos, truques mas mais que tudo os tiques dos personagens para manter o poder. O filme no entanto esta muito longe da qualidade dos dialogos e das personagens dos filmes maiores e mesmo a aposta de De Niro acaba por conduzir o filme logo para comparaçoes com outros registos em que fica sempre, em todos os niveis a perder.

O filme consegue apenas na sequencia final demonstrar um plano maior, para alem das guerras simples de poder e parada e resposta. FIca a ideia que para duas horas de duração as duas personagens centrais deveriam ter mais momentos e acima de tudo maior capacidade de dar momentos diferenciados ao filme, o que nunca conseguem fazer, ficando a sensação que não querem fazer, ja que tem linhas demasiado rigidas.

Levinson e experiente mas ha muito tempo que esta fora dos lugares mais mediaticos da industria este filme demonstra um estilo ultrapassado com muitos momentos que fariam algum furor há cerca de trinta anos mas que parece totalmente esgotado, num filme demasiado obvio, com ritmo lento, e sem nunca conseguir ter o carisma dos melhores filmes do genero que o filme se baseia.

A historia fala de dois amigos de nascença que se tornam lideres do submundo criminal, ate que um é preso e outro assume essa liderança de uma forma encaputada, até ao momento em que o segundo sai e tenta recuperar o trono.

O argumento do filme tem os elementos mais comuns do filme de gangsters, com uniões traições, confrontos, sem nunca ser particularmente diferente nas personagens ou nas estrategias. Fica a ideia que o filme nao consegue tirar trunfos e isso leva o filme para um registo mediocre no genero.

Para encontrarmos registos diferenciados de Levinson temos de andar mais de duas decadas de um realizador que em finais dos anos 90 foi uma referencia. Denota-se que filma da forma que sempre filmou sem perceber a evoluçao do cinema e isso esta claramente ultrapassado.

De Niro tenta encontrar a sua intensidade em dois papeis, parecidos, exigentes num ator com esta idade sempre interessante mas longe do fulgor de personagens do genero que construir a sua carreira. E um filme de one action man mas que fica aquem


O melhor - De Niro tem sempre a sua presença

O pior - UM filme tipico dos anos 90 sem evolução - 


Avaliação - C-

Monday, May 05, 2025

Black Bag

 Esta de regresso Soderbegh hiperativo com diversos filmes por ano, nos mais diferentes estilos, ora deambulando por um cinema mais experimental independente, ora juntando um elenco de primeira linha para uma abordagem mais comercial e com mais objetivos. Black Bag e claramente uma aposta maior do realizador pelo cast, argumentista e timming de lançamento. As criticas ajudaram o filme retornando o realizador ao louvor critico, sendo que comercialmente os resultados ficaram muito aquém das melhores expetativas, principalmente tendo em conta o cast e o tipo de filme.

Sobre o filme podemos dizer que temos acima de tudo um filme sobre espiões com intrigas e contra intrigas sempre do ponto de vista de uma inspetor de ação. O filme é curto e joga bastante bem com as palavras e com os avanços e recuos, o filme demonstra ir numa direção que o espetador percebe que nunca vai ser a correta mas deixa se levar e acaba por ser essa capacidade de nos enganar de forma deliberada e consciente que faz o filme funcionar.

Claro que fica a ideia que por vezes o filme é demasiado pequeno, na duração, que as personagens, poderiam e deveriam ser mais desenvolvidas na maior parte dos seus aspetos. Mas isso nao invalida de sem grande fogo de artificio este jogo do gato e do rato funcionar. Longe se calhar do que melhor Soderberg ja fez, fica a ideia que tenta ir demasiado rápido as questões, se calhar porque pensa ja na obra seguinte, mas isso não invalida o facto do filme funcionar, nos seus objetivos, ainda que algo curtos.

Por tudo isto podemos dizer que temos um filme competente, bem elencado, produzido e escrito. E um flme que nunca parece ambicionar ser uma obra prima, mas sim competente nos seus noventa minutos de duração, o que na maior parte das vezes acaba por ser o que se exige com tamanha materia prima.

A historia fala de uma serie de espiões ingleses, que percebem existir alguém que esta a trair os objetivos da equipa, levando a uma procura de quem será, que poderá influenciar as relações pessoais próximas entre eles, entre as quais um casamento de longa data.

O argumento do filme é coeso, deliberadamente indicioso, mas acima de tudo no final as coisas batem certo. Devido ao excesso de elementos por minuto pode ficar a ideia que o filme tem alguma dificuldade em acompanhar todos os avanços e recuos, mas com atenção tudo encaixa e isso por vezes e o mais difícil num filme como este.

Na realização Soderbegh e um realizador competente, versátil, pouco artificial, um experimentalista que por vezes gosta de ir aos meios de hollywood como aqui o faz em muitos elementos como o cast.Nao e um realizador de explosoes mas e competente naquilo que procura dos seus elementos, nao fosse uma figura de proa da industria.

O cast e recheado, que entrega ao lado mais enigmatico de Fassbender e Blanchet a batuta do filme e isso acaba por ser uma opção bem conseguida. O filme deixa os seus interpretes liderarem para fazer funcionar os seus secundarios onde Burke e Abela acabam por ser os mais consistentes. Fica a ideia que Jean Page ainda e curto em termos de recursos para este nivel.


O melhor - A capacidade do filme conseguir bater tudo certo no fim.

O pior - A duração algo curta


Avaliação - B-

Saturday, May 03, 2025

Mickey 17

 Depois de ter conseguido o maior reconhecimento possivel com Parasitas eis que o filme que se segue do realizador coreano Bong Joon Hoacabou por ser uma comedia critica de costumes, em ambiente sci fi com um elenco de primeira linha. A primeira coisa que nao cheirou bem criticamente no filme, foi o facto de estrear em março longe da temporada de premios. Com a estreia percebeu-se que a maioria dos criticos gostaram da ironia do conceito mas talvez nao tivesse selo de oscar. Comercialmente o filme foi uma grande aposta de março com resultados razoaveis principalmente no mundo inteiro ainda que ficou a sensação que o filme pudesse ir mais longe.

Sobre o filme podemos dizer que começa bem, com o conceito, com a critica e a ironia de cada momento, onde se percebe bem a satira exagerada politica, onde os bonecos criados pelos personagens acabam por dar ao filme o caminho interessante principalmente na vertente comica. Quando o filme entra nos duplos tambem funciona, mas a questão acaba por ser quando a intriga de ação ganha espaço e o filme percebe que a sua historia está longe de suportar um filme tão grande e ai fica a sensação que muitas das qualidades iniciais do filme se vão perdendo.

Fica a ideia que o filme aposta demasiado no lado satirico e comico e que isso vai entretendo o espetador que quando da por si percebe que o filme nao tem muitos mais elementos do que a critica solta associada ao estilo. E um filme de esteriotipos de bonecos exagerados, do absurdo levado ao limite. O filme tem a capacidade de ser bastante corrosivo nesses momentos mas tem dificuldade em encontrar outros espaços fora desse lado mais corrosivo.

Por tudo isto fica uma sabor agridocce no filme, claro que a ideia e diferenciada, que tem atores de primeira linha que conseguem entregar-se sempre ao filme, mas fica a ideia que o lado da intriga de ação sci fi fica muito aquem, com a ideia que o filme nao consegue trabalhar muito bem este lado do filme, e que no fim fica sempre a sensação que algo falhou.

A historia fala de um jovem que aceita morrer e sem impresso novamente numa nova versão de forma a tentar ajudar um excentrico individuo a tentar povoar um novo planeta, que acaba por estar constituido por uma estranha forma de vida. Tudo complica quando dois seres da mesma pessoa se juntam.

O argumento do filme é original na abordagem e no estilo, a ideia e diferente, bem trabalhada na fase inicial, mas depois tem dificuldade em se concretizar na ação narrativa da ação. Existe momentos em que o filme teria de ir buscar outros recursos para alem do lado comico para ser mais maduro e nunca o tenta fazer.

Na realizaçao Joon ho e um dos melhores realizadores do momento com uma filmiografia de primeira linha como Snowpiecer e Parasitas a figurar em muitas listas dos melhores filmes dos ultimos anos. Aqui nota-se a influencia de açao de alguns dos seus filmes onde tem ritmo, mas nao e propriamente um artista de primeira linha. Fica muito mais eficiente nao thriller oriental.

No cast Pattinson da ao filme a irreverencia e entrega que quer. Tem uma disponibilidade fisica significativa, e um ator intenso, mas fica a ideia que por vezes o filme exagera na sua caricatura. Ja Ruffalo parece que nos ultimos tempos insiste nestes maneirismos que me parece algo curto para um ator com tantos recursos como ele.

O melhor - Os primeiros 45 minutos

O pior - Tem dificuldade em fazer rendar a sua intriga de açao


Avaliação - C+

Thursday, May 01, 2025

Novocaine

 Estreado em Março com um conceito algo diferenciado, este filme de ação chamou a atenção pela originalidade da abordagem. Criticamente as coisas nao foram brilhantes com avaliações medianas, sendo que comercialmente, mesmo com alguma comercialização os resultados ficaram um pouco aquem do que poderia ser esperado principalmente na primeira fase da lançamento do filme.

Sobre o filme podemos dizer que é um filme de desgaste rapido, que entra rapidamente naquela ação da personagem contra o mundo aproveitando o lado peculiar da personagem para levar ao extremo a aplicação da dor. Fica a clara ideia que o filme funciona melhor do ponto de vista comico do que do lado de açao, mas que isso faz o filme apenas razoavel longe de algum brilhantismo.

E um daqueles filmes que consideramos diferentes na premissa mas que depois e algo repetitivo nos processos. Procura os maneirismos de Quaid que ja sao conhecidos principalmente de The Boys, sendo que de resto e um filme ligeiro, que se ve bem, sem que dai surjam particulares ensinamentos do que a historia quer ser.

Ou seja um filme de ação de produtora, que acima de tudo tenta ser diferente na abordagem quando acima de tudo acaba por ser uma premissa pouco desenvolvida. Uma serie de atores jovens a procura do seu espaço, num filme que acaba por ter limites curtos que cumpre sem nunca ser particularmente trabalhado.

O filme fala sobre um isolado individuo com uma patologia que o faz não sentir dor que acaba por se apaixonar por uma jovem que e raptada por um grupo de criminosos que vao colocar a sua vida em risco quando este decide ir a procura dela.

O argumento do filme aposta quase tudo na premissa estranha da personagem, de resto está longe de ser particularmente bem trabalhado, com uma historia previsivel que e mais descontraida do que diferenciada. Fica a sensação que o filme poderia ser mais comico, mas nao vai por esse lado.

Na realizaçao temos uma dupla desconhecida que teve aqui o seu filme mais visivel que acaba por ter um coneito simples, de estudio com pouco ou nenhum risco. Fica a sensaçao que o filme poderia ser trabalhado mais esteticamente mas num conjunto de realizadores desconhecidos foi o resultado possivel.

O filme tem um cast de jovens atores a procura de alguma dimensão. Quaid tem estado bem, demonstrando capacidade principalmente neste tipo de registo de nerd anti social, que o filme acaba por aproveitar bem para a dualidade da ausencia de dor. Ao seu lado um Nicholson que e sempre uma boa homenagem estetica ao pai e Midthunder que tenta ganhar tempo de ecra.


O melhor - O conceito de base e diferente

O pior - O filme nao aproveita propriamente essa diferença para ser muito elaborado


Avaliação - C+

Thursday, April 24, 2025

Opus

 Um dos filmes em competição em Sundance deste ano que gerou mais expetativa principalmente porque assinalava o regresso de Malkovich a sua irreverencia desta vez musical. Mas não obstante da expetativa as primeiras criticas demonstraram um filme que desiludiu, que talvez tenha ido algo longe demais na excentricidade dai que rapidamente abandonou qualquer tipo de expetativas de premios mais elevadas, sendo rapidamente lançado no mercado com resultados bastente frágeis.

SObre o filme confesso que gostei, claro que o filme vai procurar muito do sucesso de The MEnu, mas acaba por num registo ainda mais rebelde, ser original, rebelde, engraçado e em alguns momentos assustador. Claro que as semelhanças com The MEnu sao demais evidentes e isso podera sempre conduzir a uma analise que o considere uma copia de menor qualidade do filme, mas que o filme consegue ir onde quer, isso parece-me claro.

Um dos pontos que funciona e a dictomia que se cria entre a loucura completa da personagem de Malkovich, fantastico neste papel totalmente aberto para a excenticidade e a forma como isso contrapoem a interpretaçao de Ayo Edebiri sempre a procurar do caminho para se guiar, embora o final fosse previsivel o caminho até la acaba por ser engraçado e original.

Por tudo isto numa altura que o terror tem algum guião demasiado definido tem surgido alguns filmes nao obvios, que se calhar apostam menor no terror e mais no horror que tem conseguido levar a agua ao seu moinho. Originalidade não falta e a loucura da personagem e momentos musicais de Malkovich merecem toda a pena, pelo menos neste ponto.

A historia segue uma serie de jornalistas que sao convidados para a festa de apresentação de um dos maiores icons musicais de sempre, resguardado durante anos, numa festa privada que aos poucos se vai tornar totalmente assustadora e com planos bem diferentes do esperado.

O arguemento vai na senda do sucesso sem limites e as excentricidades sem barreiras das estrelas. Não e original na abordagem, ja vimos filmes com o mesmo tipo de base, mas este consegue ser ligeiro, engraçado e intenso ao mesmo tempo, com um bom equilibrio entre as personagens numa mistura que funciona.

Na realizaçao Mark Anthony Green tem aqui o seu filme pensado, escrito e realizado por si. Nota-se influencias, nao e um realizador particularmente trabalhado visualmente mas o conceito está la, atual, estranho, nem sempre gere os eventuais registos de suspense, mas e o primeiro filme e merece algum sublinhado.

No cast Malkovich volta a forma que lhe deu os melhores momentos da carreira, excentrico, louco, arriscado, domina o filme que é pensado para ele. Edebiri tem caracteristicas muito proprias que podem funcionar em personagens como esta, que tentam ser o racional do filme.


O melhor - O lado musical de Malkovich

O pior - Ja vimos isto melhor em The Menu

Avaliação - B

My Dead Friend Zoe

 Estreado em pequenos festivais norte americanos este drama pos guerra chamou alguma atenção da critica com boas avaliações que permitiu que um filme pensado para uma expansão curta adquirisse alguma visibilidade. Comercialmente mesmo com a expansão o resultado foi curto embora criticamente tenha sido um dos filmes melhores avaliados deste inicio de ano.

Os americanos tem um claro problema com a guerra e com a quantidade de pessoas que embracaram nestas missões, e acima de tudo no abandono posterior de alguem que ficou sem chão depois da guerra. Mas tambem tem um problema de armas que faz com que a combinaçao seja a todos os niveis perigosa e o filme tenta retratar isso sempre do ponto de vista de saude mental.

E um filme simples, mas e um filme que apesar de tratar tudo com alguma suavidade é duro no que quer transmitir, bem ligado na simbiose e na relaçao que vai sendo efetuada entre a personagem principal com o luto, com o remorso mas acima de tudo com a culpa. É um filme sobre saude mental que o trabalha bem, sem entrar em dramas intensos, mas sem fugir ao peso do tema.

Por tudo isto, e mesmo estreando em Fevereiro onde a maior parte dos adeptos de cinema de maior qualidade se encontram algo adormecidos, este é um filme que merece ser visto e mais que isso é um filme merece ser pensado. Claro que fora dos EUA pode ser dificil perceber o impacto do que está a ser transmitido, mas o filme acaba por trazer isso de uma forma completa, nunca sendo uma comedia, mas tambem nao caindo no drama exagerado.

O filme fala de uma ex militar que tem uma conversa permanente com uma sua ex companheira de guerra entretanto falecida no momento em que tem dificuldade em falar e tentar abordar os traumas da sua vida, mas os mesmos tornam-se mais impactantes quando tem de se relacionar com o seu avô paciente de Alzheimer.

O argumento do filme é simples na abordagem dos temas não fugindo ao peso dos mesmos. O filme consegue abordar o relativo do lado emocional e da saude mental, consegue trabalhar bem a personagem central. Nao arrisca muito mas e eficaz no balanço de si proprio.

Na realizaçao temos Hausmann-Stokes um jovem realizador que tem aqui o seu trabalho mais visivel e significativo que ja demonstrou ter uma agenda associada acima de tudo ao pos guerra. Aqui nao arrisca muito visualmente deixando o filme rolar de acordo com as emoçoes das personagens e funciona.

No cast temos dois secundarios de luxo que servem de base para as quase desconhecidas protagonistas liderar o filme. A ideia clara que principalmente Harris e o suporte de todo o filme, deixando espaço para Martin-Green encontrar o seu ritmo, ficando no entanto a ideia que a jovem Natalie MOrales encontra um espaço mais claro no filme, mesmo com menos tempo.


O melhor - O lado sensivel de temas muito fortes

O pior - Poderia ter mais risco concetual


Avaliação - B

Tuesday, April 22, 2025

G20

A grande aposta de pascoa da Amazon Prime foi este filme de ação com Viola Davis ao leme, como atriz de ação depois de Woman King surge como presidente dos EUA numa cimeira G20 que se torna numa especie do comando no feminino. Criticamente as coisas nao correram bem e fica a ideia que a riqueza de Davis enquanto atriz dramatica fica algo vazia neste tipo de conteudo. Sendo a Prime uma aplicação com cada vez mais chegada a população facilmente este foi um dos filmes vistos pela maior parte das pessoas nas ferias de pascoa.

SObre o filme podemos dizer que temos um filme de ação pouco trabalhado, que tem uma inspiração em Die Hard pela forma como coloca muita gente num espaço particular e um grupo de terroristas, mas não tem o carisma, a graça ou qualquer tipo de intensidade que se permita comparar com o icon de ação dos anos 80 embora seja clara a referencia.

O mal do filme desde logo e a previsibilidade de tudo, rapidamente conseguimos perceber qual vai ser a teoria da conspiração e os seus intervenientes, embora alguns planos sejam totalmente dissociados desse desenlace, ate conseguimos perceber o que cada elemento familiar vai atuar na fase final, num filme previsivel, que nunca e particulamente espetacular em termos de ação para ser uma referencia.

Por tudo isto um sofrivel filme de ação, previsivel, a meio gas, que aproveita efetivamente uma Davis com disponibilidade fisica para ser uma heroina de açao no feminino, mesmo que seja muito mais que isso. Nos dias de hoje, mesmo no streaming estes filmes de ação devem ser mais trabalhados ou mais espetaculares para nao ser uns meros preenchimento de listas.

A historia fala da presidente dos EUA em plena cimeira do G20 com um objetivo de solideriedade mundial que é tornada refem junto dos outros presidentes por um grupo de terroristas com a ambiçao de tornar uma criptomoeda o maior valor do mercado mundial.

O filme tem atualidade nos fundamentos terroristas, mas e so aqui que o filme tem alguma originalidade ou diferença ja que na maior parte do tempo e um filme de ação serie B, com pouca personagem, previsivel e acima de tudo um tipo de registo que rapidamente percebemos onde vai e como.

Na realizaçao do projeto Riggen tinha sido a escolhida para levar a tela o filme sobre os mineiros chilenos tem aqui o seu segundo filme mais conhecido depois de alguns projetos de televisao. O filme e simples, arrisca pouco na ação e tenta ser uma tarefa mais que um projeto, e na realizaçao e falta de ambiçao que o filme começa por se limitar.

No cast Davis e uma heroina de ação com recursos mas fica a ideia que o filme nao aproveita as suas competencias dramaticas mais que conhecida. No lado dos vilões, Starr aproveita o conceito de The Boys para continuar a potenciar o seu lado mais pérfido, mas com muitos tiques que são oriundos da serie.


O melhor - O filme nunca tenta ser muito elaborado

O pior - Com Davis devia pelo menos a personagem ser mais trabalhada


Avaliação - C-

 

In the Lost Lands

 Paul W S Anderson e conhecido como a pessoa que mais videojogos adaptou ao cinema sendo que a maioria deles foram interpretados pela sua esposa Mila Jovovich com resultados criticos desastrosos. Ja sem o anuncio de outros tempos surge a adaptação de um conto de George R R Martin com os mesmos protagonistas e o mesmo resultado negativo critico. Do ponto de vista comercial o filme foi sendo adiado cerca de um ano mas o resultado ficou longe do que o realizados ja conseguiu com Residen Evil por exemplo.

Sobre o filme podemos dizer que temos o esperado tendo em conta os intervenientes, pouca historia, ação sem grande sentido e muito CGI de qualidade discutivel. Isto faz com que Anderson seja um realizador de nivel baixo que pouca expetativa tras aos filmes embora ja tinha tido alguns projetos maiores. A historia teria de ser muito mais trabalhada em termos de argumento para resultar, mas o objetivo foi esvaziar para nao demonstrar as debilidades dos seus interpretes.

Outro dos problemas e o investimento cada vez menos reduzido dos seus filmes, se nos primeiros tinhamos as produtoras maiores a colocar algum dinheiro nota-se que o filme e quase exclusivamente digital, com qualidade baixa, sendo conhecido por ter atores criados por computador por questões orçamentais sem que isso influencie um filme que nada pede as personagens e as suas historias.

Ou seja um pessimo filme, com que inacreditavelmente fica associado a George R R Martin, mas que os seus intervenientes em termos de cinema podemos exibir que não era expectavel que funcionasse ou que o filme reunisse atributos que o tirasse da mediocridade, mas mesmo assim o filme acaba por ser negativo de mais, mesmo tendo em conta este parentises.

A historia segue uma bruxa que e procurada por um exercito que quer por fim as profecias da mesma mas acaba por encontrar um assassino profissional que esconde um grande segredo que a poderá ajudar nos objetivos 

Em termos de argumento o mundo e o tipo de personagens ate poderia numa historia mais abrangente ir buscar algum do misticismo de historias de aventuras mais fortes, mas o filme nao aproveita nem caracteriza povos e personagens e decide tornar o filme num folhetim de CGI para sequencias de luta que esvaziam o conceito.

Anderson e um realizador de filmes de terceira linha, com alguns meios tem uma carreira recheada de filmes de gosto discutivel mas uma carreira longa com muito investimento. Aqui temos um filme essencialmente de estudio, tecnico mas longe de ser artista, ainda assim algo pior que o normal na sua carreira.

Um dos problemas de Anderson e apostar sempre em Milla, uma atriz com muitas dificuldades que se tornou uma heroina sofrivel de ação com zero competencias dramaticas que por si so esvaziam as possibilidades do filme ser algo mais. Bautista no registo apenas de ação tem o mesmo sentido.

O melhor - Fica a sensação que MArtin com mais tempo de ecra e melhor argumento poderia criar um universo com alguma qualidade.

O pior - O filme vai pela rama e aproveita zero


Avaliação - D-

Monday, April 21, 2025

The Last Supper

 De tempo em tempo, cada vez menor torna-se comum por alturas da pascoa alguma produtora, recriar aquilo que foi os ultimos passos de Jesus Cristo, normalmente com filmes sem grandes figuras de referência com um estilo bíblico para continuarem a mensagem do que realmente significa a base da religião catolica. Este filme centrado na ultima ceia acabou por ter algum destaque comercial, embora ainda reduzido, tendo em conta a falta de figuras de primeira linha que o filme tinha. Criticamente estes filmes tem sempre um plano dificil os especialistas tem dificuldade em criticar muito um filme de fé, mas os seus atributos escassos também não permitem grandes elogios.

Sobre o filme podemos dizer que temos o tipico filme serie B sobre a biblia e a ultima ceia. Todos os conhecidos momentos retratados sempre da mesma forma, com pouca personagem e muita mensagem religiosa, numa tentativa de reconstruir as imagens conhecidas, neste caso a pintura de Da Vinci mas pouco mais, o filme e um conjunto de frases feitas, pouco trabalhadas para um estilo classico dos filmes religiosos mais tradicionais.

Devido ao facto de não ter personagens estes filmes são sempre muito limitados no que conseguem ser, fica sempre a ideia que todos ja vimos este filme e sabemos todos os momentos porque a historia e sempre a mesma com melhor definiçao de imagem fruto dos tempos. Nao existe coragem para tentar ir mais alem, sabendo que provavelmente tudo cairia mas isto e repetitivo e ja nao tras nada de novo ao que todos sabemos.

Ou seja um filme basico para festejar a pascoa, algo habitual nesta fase do ano normalmente com produtoras mais pequenas patrocinados por distribuidores maiores que procuram esse espaço. Aqui muito pouco de novo a mesma historia, de uma forma simples, personagens que sao mais do mesmo, embora o filme prometesse um judas mais trabalhado que nunca consegue ser. O filme tem o objetivo pascal tradicional e nada mais.

A historia fala de Jesus Cristo e a forma como decorreu a ultima ceia com os apostolos e a ligação dele com os mais conhecidos, com o desenlace que todos conhecemos.

O argumento e o conhecido sem grandes detalhes novos. Esta na escritura que todos ja ouvimos vezes sem conta, numa tentativa total de atualizar o produto mas sem dados novos na rigidez na historia nem nada que a complete.

A realizaçao ficou a cargo de Mauro Borelli um conhecido diretor artistico com filmes maiores com uma carreira mais desconhecida como realizador que acaba por aqui demonstrar os motivos de permanecer neste registo. Nao e propriamente um filme forte, tenta ir buscar os cliches dos momentos mas pouco mais.

No cast este tipo de filme e muito limitado nos atores que consegue alcançar ja que tem dificuldade em criar personagens que permitam trabalhos impactantes nos interpretes. A maior parte deles nao vamos ver em mais nenhum lado pelo menos de uma forma que nos faça reconhecer.


o melhor - Lembra-nos que estamos na pascoa.

O pior - Ja todos vimos este filme dezenas de vezes


Avaliação - C-

Saturday, April 19, 2025

Last Breathe

 Fevereiro é sempre um mês em que as orientações dos estudios não são claras. Aqui temos um filme curto sobre uma historia real sobre um episodio que a ciencia não consegue explicar em termos de sobrevivencia. Estreado com um elenco respeito e com boas criticas, comercialmente os resultados não foram brilhantes, sendo cada vez mais dificil um filme simples mas eficaz atingir valores razoaveis de mercado.

Sobre o filme podemos dizer que é um filme que trabalha bem o acontecimento, na forma como e filmado, na dificuldade, na forma como filma dentro do mar. E isso poderia conduzir a um filme interessante se nos elementos mais basicos o filme não fosse demasiado cliche, quer na relação no grupo, quer na relação amorosa, e acima de tudo trabalhar pouco o pos resgate que se calhar tinha espaço para um filme ligeiramente mais longo.

E um filme de emoções, nao existe resposta para a sobrevivencia e o filme não tenta dar, tenta explorar os sentimentos dos intervenientes naquele periodo num filme curto, que aposta nas sequencias sub aquaticas. E um filme tradicional de comunicação facil com o espetador que cumpre os objetivos sem nunca ser brilhante.

Ou seja um filme tradicional, produtivamente bem feito, fica alguns aspetos que poderiam e deveriam ser melhor trabalhados no que diz respeito aos complementos do proprio filme. Nao e propriamente um filme que consiga ter um destaque essencial, mas funciona na forma como comunica a historia.

O filme fala sobre uma serie de mergulhadores que acabam por ter um acidente conduzindo a que um ficasse no fundo do mar sem oxigenio, acabando por ser iniciada uma misssão de resgate perigosa, a qual ocorreu da melhor forma possivel.

O argumento do filme é simples. tem um acontecimento e tecnicamente na missão de resgate ate e detalhado mas no restante falta conteudo, entre no basico em todas as relações nas decisões, nas discussões e pouco trabalhado, querendo rapidamente chegar ao fim, o qual poderia ser mais alongado pelo que se seguiu.

A realizaçao foi de Alex Parkinson um quase desconhecido que é um dos melhores elementos do filme pelo realismo das sequencias debaixo de agua, bem trabalhadas, intensas, e que acima de tudo consegue ir buscar o ritmoq ue o filme necessita. Vamos ver o que se segue mas aqui cumpre os seus objetivos.

No cast temos uma Harrelson no formato tipo, com o lado descontraido, as vezes emotivo que funciona no que o filme quer dele. Liu é equilibrado nas suas presenças e o maior peso fica em Cole, o qual não e propriamente fantastico na sua construçao.

O melhor - O realismo das sequencias aquaticas

O pior - Demasiado curto para alem do acontecimento


Avaliação - C+

The Unbreakable Boy

Depois do sucesso de Wonder seria previsivel que o mesmo estudio tentasse estudar um novo filme emotivo, familiar, com uma vocação religiosa que trabalhasse um problema de uma criança e acima de tudo como a familia lida com isso. Agora sobre o autismo saiu este filme que ao contrario de Wonder este longe de ser bem recebido pela critica muito pela culpa do exagero dramatico do mesmo. Comercialmente o filme falhou por completo sendo que o desastre ainda foi maior pela chancela religiosa.

Sobre o filme podemos dizer que é um filme serie B sobre uma materia serie A. O filme cai no absurdo, no exagero, e pensado para ir ao maximo nas emoçoes positivas, nunca indo as mais negativas, e um filme simpatico, mas irrealista sobre um tema muito particular e quando um filme nao quer ser maduro num tema normalmente falha.

O ponto inicial do filme ate funciona na caracterizaçao da personagem central, bem interpretada, exaustiva, intensa, e o filme acaba por ir aos poucos transmitindo esse sentimento ao espetador. Contudo o filme perde em tudo o resto, no lado idilico da escola, nos poucos ou nenhuns conflitos diretos com a personagem e o positivismo com que tudo e resolvido, torna-se mais numa novela juvenil do que num drama.

Ou seja um filme simples, de emoções simples e nem sempre bem trabalhadas, cheio de esteriotipos, exagerado na forma como tenta criar dramas totais para resoluções simplistas, nos dias de hoje exige-se mais dos filmes sobre temas tao impactantes como estes do que uma novela de domingo a tarde.

O filme fala de uma familia e das dificuldades que tem em responder a um menor com um estilo muito proprio de autismo, que acaba por fraturar as relações e colocar a estrutura familiar em causa.

O argumento do filme e demasiado simplista na sua construção. Fica a clara ideia que o filme procura ser simpatico num tema complicado, ficando-se pela rama pelos conflitos. As personagens sao pouco trabalhadas e o filme e quase sempre uma expressao emocional de um unico sentido.

Na realizaçao temos Jon Gunn e um realizador de filmes familiares pouco trabalhados e emotivos, com cliches e este nao consegue alterar esse procedimento. E um filme de qualidade reduzida que procura ser um filme simples nos seus processos.

No cast quando um filme alegadamente dramatico aposta em Levi é sinal que não quer ser propriamente um filme muito maduro. E um ator com muitas dificuldades no lado dramatico que o filme quer explorar. O jovem Laval funciona bem na construçao usando as suas proprias particularidades.


O melhor - A construçao de Laval.

O pior - O filme querer ser um serie B novelado


Avaliaçao - C-

Thursday, April 17, 2025

The Monkey

 Nos ultimos tempos James Wan quer como realizador quer como produtor tornou-se na figura mais valiosa do cinema de terror dai que cada filme produzido pelo mesmo é um acontecimento para os fãs do genero. Este ano surgiu um filme que tem como protagonista um brinquedo em forma de macaco que toca tambor, ou seja parecido com a boneca de porcelana entre outros. Criticamente as coisas funcionaram para Wan com avaliações positivas, sendo que comercialmente esse input critico acabou por permitiu resultados razoaveis, mas mesmo assim muito longe do que de melhor Wan ja conseguiu neste particular.

Sobre o filme podemos dizer que é o prototipo que tem conduzido o realizador ao sucesso, mortes exageradas, desta vez nem sempre com grande realismo, um objetivo sinistro e basicamente uma historia por trás que está longe de ser brilhante ou particularmente bem trabalhada, isso dá-nos mais um filme de terror igual a todos os outros que nunca vai ser particularmente revelante para alem das mortes exageradas que tenta ter.

O grande problema do filme é que ja vimos isto com outros bonecos demoniacos, e que a jogada familiar nunca é tão interessante para suportar o filme para além do lado basico do boneco demoniaco. Também as interpretaçoes de James, divididas em duas personagens acabam por ser muito diminutas, já que tudo e demasiado esteriotipado em todos os momentos, e quando tal ocorre fica sempre a ideia que muitas coisas falham.

Enfim um objeto de terror/horror longe de alguns sucessos que nos ultimos tempos tem dado um colorido maior ao genero. As ideias são sempre a mesma, o realismo do horror ja vimos melhor, mas e claro que este tipo de projeto funciona junto da populaçao mais jovem numa cultura popular muito particular. Quando um filme acaba por se tornar este icon, acaba tudo por se tornar demasiado rapido.

A historia segue um estranho boneco que sempre que é acionado leva a morte de alguem que esteja perto dele, em mortes violentas, que levam a que tal instrumento seja utilizado num drama familiar entre irmãos gemeos com um passado sombrio entre os dois.

O argumento do filme tem o lado fatalista do objeto, que foi algo que ja vimos em dezenas de outros filmes do mesmo genero, não tendo aqui nada de novo. No que diz respeito ao lado familiar está longe de ser brilhante ou de suspender o espetador ao filme, que é bastante abaixo do que vimos noutros filmes do genero.

A realizaçao foi entregue a Osgood Perkins um realizador que o ano passado surpreendeu com Longlegs, mas que aqui teve dificuldade em encontrar o balanço correto. O filme tem alguns bons momentos esteticos, mas a cola de todo o filme fica muito aquem do que seria de esperar de um registo como este.

No que diz respeito ao cast James parece-me ator a menos para um projeto como este, fica a ideia que esteriotipa muito mais os dois lados, num filme claramente dependente deste ponto. No que diz respeito aos secundarios pouco espaço. Para um filme tão dependente da sua figura central fica a ideia que o resultado é muito curto.


O melhor - As mortes são trabalhadas

O pior - O filme parece uma conjugação de ideias perdidas


Avaliação - C-

 

Tuesday, April 15, 2025

Captain America: Brave New World

 Numa fase em que a Marvel está em completo abrandamento no que diz respeito ao impacto dos seus filmes, a produtora tem tentado organizar as personagens em grupo, perceber o que poderá reunir de forma a ter sucesso e acaba aqui por juntar as historias de Capitão America e Hulk num novo filme, que foi sendo adiado, sendo surpreendente o facto de estrear em Fevereiro. As criticas não foram particularmente interessantes com avaliações negativas, e comercialmente apesar do desastre critico as coisas acabaram por ficar compostas, principalmente tendo em conta que o filme segue essencialmente uma serie de televisao.

A disney que tanto sucesso teve com a Marvel entrou numa fase negra e esta a ter dificuldade em recuperar o folego. Nota-se aqui a tentativa de fazer um filme mais pequeno, menos ambicioso, que organize algumas ideias, mas a escolha se tentar ser a continuidade de um dos primeiros filmes cujos elementos tinham quase todos sido colocados de lado, nao me parece a melhor opçao, porque perdemos mais tempo a tentar juntar as peças do passado do que a organizar as ideias novas que o filme tenta ter.

O que facilita o filme é que o mesmo trás pouco de novo, rapidamente percebemos o vilão e as suas motivações e o filme quase anda em velocidade de cruzeiro para o final que todos queriam ver com o aparecimento do iconico Red Hulk, aqui o filme vai buscar alguns pontos do Hulk original e temos essencialmente aqui o unico apontamento relevante que o filme consegue ir buscar a si proprio.

Ou seja um filme simples, longe de todo o risco e dos sucessos da Disney, em clara manifestação de poucas ideias, tentando juntar peças apos desastres consecutivos. Nao e claramente um filme muito relevante, fica a ideia que o filme poderia mesmos ser pensado para um streaming, mas com os nomes em questão isso seria impossivel. Pequeno para os elementos Marvel em questão.

O filme segue Sam Wilson, despojado da roupa de Falcon para se tornar no novo capitao america, e na forma como tenta perceber as ações do novo presidente dos EUA, alguem que esteve na genese de Hulk, quando um perigoso controlador de mentes tentar colocar tudo em causa com uma vingança do passado.

O argumento do filme é acima de tudo pouco trabalhado. A procura de elementos do passado vai demasiado longe, ficando a ideia que muito do que o filme quer ser foi diluido pelo tempo. As respostas do filme são obvias, pouco trabalhadas e a ideia final é de um filme quase sempre esquecido nas suas pequenas memorias.

Na realizaçao a Disney entregou a batuta a Julius Onah um realizador com alguns filmes interessantes na carreira que foi uma aposta que poderia ser interessante, não fosse abordada como uma simples tarefa. Os meios sao claros mas a abordagem muito simplista de estudio, num filme que poderia ter uma abordagem mais diferenciada.

No cast Mckie funciona na personagem que fez crescer, a sua simbiose com Ramirez tem a sua piada, nos secundarios Ford não e particularmente convicente na personagem que tinha mais despesas do seu lado e Blake Nielson parece sempre uma segunda escolha para um vilão que pelo menos nos comics e iconico.


O melhor - O filme não entra dos multiversos e torna-se simples

O pior - Ir buscar elementos de um filme com vinte anos depois de trinta filmes é demasiado ambicioso


Avaliação - C

Monday, April 14, 2025

Heart Eyes

 Depois de no inicio do milenio os filmes de terror comicos terem tido uma dimensão que preenchiam ambos os gostos dos adolescentes, tal genero acabou por desaparecer para dar lugar ao terror mais tradicional e mais serio. Pois bem em pleno dia dos namorados, e com esse tema como pano de fundo surgiu um dos filmes que mais assume essa ligação entre a piada facil e o terror exagerado neste peculiar filme. Criticamente a mistura até funcionou com avaliações bem acima do que seria de esperar para o genero. Comercialmente os resultados foram normais, principalmente tendo em conta que seria um filme com um prazo de validade curto.

Sobre o filme podemos dizer que temos uma comedia parva, com um terror exagerado e que o filme acaba por conseguir juntar com todo o absurdo que podemos pensar. Claro que não é um filme de grandes sustos ou tensão psicologica, é um filme com muito sangue, com sangue interminavel, mas acima de tudo e uma comedia simples romantica num mix que mais que coerente quer ser engraçado e em alguns momentos consegue.

O maior segredo para o filme funcionar no publico mais comum e não querer ser mais do que é. Sabe perfeitamente que não é um filme para levar a serio, sabe que na maior parte do tempo o espetador ficar sorridente com o absurdo o que contrapoem com o sangue, ossos e miolos que aparecem e desaparecem. E um estranho filme romantico, mas que acaba por ser.

Ou seja um filme para ocupar de forma simples uma hora e meia da atenção, sem grandes trabalhos, com cliches, com o lado enigmatico de quem é o assassino, certo é que no final pouco ou nada faz sentido, mas nao fica  a ideia que o filme quisesse que tal acontecesse. E um genero adormecido mas que quando surge a nivel de entertenimento marca os seus pontos.

A historia segue uma tecnica de markting desiludida pelo amor, que tem um novo colega de trabalho de sucesso que lhe chama a atenção logo no dia dos namorados numa altura em que um assassino mascarado massacra casais apaixonados.

O argumento e absurdo na sua essencia e na sua concretização, mas isso funciona humoristicamente mais que no terror. No fim temos o lado romantico, no caminho mais estranho possivel. Nao e um filme que tenta ser maduro, acabando na maior parte do tempo por ser apenas absurdo mas de uma forma engraçada.

Na realizaçao temos Josh Ruben um desconhecido que funciona melhor no lado do horror do que propriamente no lado comico. Fica a ideia que num filme mais serio a tensão psicologica seria mais evidente mas o filme opta por outro caminho e não posso dizer que não funciona.

No cast um conjunto de atores de segunda linha que cumprem o que o filme quer, com os cliches e com o absurdo. A única figura mais conhecida é Brewster e Sawa, os quais com o seu passado de terror acabam por ser cliches interessantes. Nao sao filmes de constroem carreiras mas neste caso nao as destroi.


O melhor - O humor do filme é absurdo e funcional

O pior - Não e um filme que se leva a serio


Avaliação - C+

Saturday, April 12, 2025

Oh, Canada

 Apresentado no ultimo festival de Cannes, este filme realizado pelo sempre polemico Paul Schrader obteve criticas medianamente interessantes mas insuficientes para lançar o filmes para voos maiores do que os seus ultimos filmes que normalmente conseguem agradar a critica mais especializada mas que depois se tornam demasiado pequenos comercialmente, algo que voltou a ocorrer com este filme.

Sobre o filme podemos dizer que o ponto que nos parece que funciona melhor e ir dentro da especie de documentario na primeira pessoa, e na forma como o mesmo se organiza. O filme entra dentro do espectro comum desses momentos, é um filme que consegue nesses momentos ir buscar detalhe, personagem, e acima de tudo a eloquencia de uma personagem singular que domina o filme de principio a fim.

O problema do filme são os truques que ja estamos habituados de Schrader, quando ele tira o filme da linha narrativa e acaba por se tornar um filme dificil de perceber em momentos, o porque de determinadas opções. Isso nao faz com que o filme seja tão original que se diferencie da maior parte dos outros, mas também nao me parece que a historia de base conseguisse fazer um filme de referencia em alguem que ja escreveu todos os titulos da sua carreira.

Assim surge um filme razoavel, que funciona na personagem e no estilo de comunicar a sua vida, algo irreverente, muito na moda do seu realizador e argumentista, que por vezes leva o filme para dimensões demasiado fora da caixa para tornar o filme unanime, ja se percebeu que Schrader não é um realizador de massas, mas as suas opções artisticas deveriam ser mais claras.

A historia segue um documentario nos ultimos dias de vida de um realizador de documentarios, que conduz a que surjam diversos momentos até então desconhecidos mas que aos poucos vão sendo revelados quer artisticamente quer pessoalmente.

O argumento é uma revelação ao minuto, fica a ideia que o filme funciona melhor na parte de planeamento da abordagem do que na concretização, mesmo que esse ponto tenha bons momentos. E um filme se calhar mais intimista mas que tem momentos em que se perde em eloquencia.

Schrader sera sempre um argumentista muito mais conceituado do que propriamente realizador. Nos ultimos anos tem tido alguns filmes interessantes, bem articulados, mas longe do sucessso e eternidade de Taxi Driver entre outros. Aqui denota-se a sua assinatura a qual nem sempre e a mais obvia para o espetador.

No que diz respeito ao cast, Gere tenta encontrar um ultimo papel de referencia na sua carreira, numa altura em que esta claramente mais indie, mas aqui nem sempre nos parece tirar todo o proveito de um bom papel. Elordi tenta ganhar pontos associando-se a autores de renome, mas ainda falta o grande papel que o afirme como dramatico.

O melhor - A produçao dentro da produçao

O pior - Os truques de schrader muitas vezes sem continuidade


Avaliação - C+

Friday, April 11, 2025

Holland

 Uma das grandes apostas da Prime para esta primavera foi este thriller que teve como base uma pequena comunidade americana com um estilo de vida holandes que leva a um trinagulo amoroso com atores de primeira linha. Apos os primeiros pensamentos do filme percebeu-se que o resultado ia ser uma desilusão pelo menos critico com avaliaçoes essencialmente negativos. Do ponto de vista comercial a Prime e sempre dificil de perceber o que os filmes valem, mas este deve ter tido algum sucesso nas primeiras semanas.

O filme não e propriamente um filme que se perceba tudo o que quer ser, perde muito tempo nos detalhes sobre a comunidade com inspiração holandesa e tudo ao inicio é demasiado estranho nas interaçoes entre as personagens as quais parece sempre esconder alguma coisa que nunca sabemos na maior parte delas o porque de tais reaçoes.

O filme quando se revela torna-se mais forte e acima de tudo no final que deixa aberto muitas interpretaçoes para o que vimos, desde as mais simplistas que facilmente podem achar o filme um pouco uma mão cheia de nada, ou por outro lado podemos tentar ir alem das linhas e complixificar o filme e ganhar aqui alguns pontos. Talvez seja um filme cuja segunda visualizaçao pode potenciar mais que a primeira e isso é sempre um bom trunfo do filme.

Assim temos um filme que consegue ser enigmatico, que acaba por a primeira vista ser algo simplorio, mas que esconde alguns apontamentos que arriscam na abordagem. Talvez a primeira hora seja difusa demais e perca grande parte dos espetadores que se calhar esperavam mais intensidade. E claro que o filme perde demasiado tempo em promenores.

O filme fala de um casal inserido numa comunidade americana com estilo de vida holandesa, em que uma professora dedicada a familia começa a ter curiosidade pelas saidas continuas do seu marido e tenta perceber o que esta por tras dessas saidas, ligando-se a um outro professor com quem inicia um relaçao intima.

O argumento do filme esconde as suas virtudes em demasia e a primeira vista pode ser simples demais. O estilo do filme algo suave talvez nao seja o melhor para a intensidade da revelaçao final, e nisso os balanços poderiam ser melhores.

A realizaçao do projeto foi de Mimi Cave uma realizadora dedicada ao streaming que para mim ja tinha surpreendido em Flesh e aqui volta a ter um estilo parecido num filme aparentemente familiar que esconde um terror implicito. Nao foi propriamente o sucesso esperado mas nota-se assinatura pelo menos nas abordagens.

No cast Kidman está hiperativa mas este nao e o papel mais vistoso. Mcfayden continua a ganhar pontos depois do excelente comeback de Sucession e Bernal acaba por ser o mais apagado num tridente de bons atores que o filme aproveita medianamente.


O melhor - As revelaçoes finais

O pior - A primeira hora do filme é demasiado difusa


Avaliação - C+

Thursday, April 10, 2025

Riff Raff

 Produzido em 2024 mas que foi lançado em 2025 eis que temos uma comedia alegadamente negra com um elenco interessante que acabou por estrear em alguns cinemas ainda que algo escondido, muito por culpa de criticas demasiado medianas e indiferentes. Comercialmente o filme mesmo com um elenco relevante teve resultados redutores no tipico filme que a maior parte das pessoas pode nunca perceber a existência.

O filme tem um plano muito particular, que no inicio pode parecer deliberadamente confuso mas acaba por ser o estilo que o filme que ter para si. Apresenta as personagens a situação e depois flashback a flashback tenta unir as peças. O grande problema do filme e que tenta ter um caracter descontraido e de humor que na maior parte do tempo nao e tanto engraçado como o filme espera.

No resto temos uma construção que acaba ser a esperada, que simplifica as questões que inicialmente vimos no filme, com alguma rebeldia nas personagens, atores conhecidos procurando, na maior parte deles o registo habitual e a sensação de um filme feito com irreverencia mas pouco mais.

Fica dificil perceber quando este tipo de projetos sao lançados para grande ecra, ja que o sucesso poderia ser maior num streaming onde podesse aproveitar tempos menos impactantes, assim fica dificil porque o filme nao tem atributos que o tornem relevante nem o seu estilo e de tal forma sublinhado para ser sublinhado.

O filme fala de uma serie de pessoas ligadas que se juntam no fim do ano, sem avisarem mas que acima de tudo tem como mote o facto de um casal fugir de um perigoso criminoso que quer vingar a morte do filho.

O argumento tem uma estrutura delineada que pode funcionar, o filme vai respondendo as questões iniciais, as quais nunca sao particularmente dificeis. E um filme tipo puzzle que se completa, mas no final fica a ideia que tudo e algo basico na construçao.

A realizaçao ficou a cargo de Dito Montiel um realizador com alguma experiencia em filme mais pequenos com bons elencos mas que lhe falta ainda o filme ancora da carreira que este nunca tenta ser. Filmado com simplicidade procurando as caracteristicas dos atores mais do que construir personagens e um filme simples de um realizador que vai ter de tentar obviamente mais.

No que diz respeito ao cast, rico, com muitas figuras conhecidas em personagens todas elas proximas do mais habitual em cada um deles. Nao e um filme de personagens e no caso dos mais consagrados e um atestado de vida, dos mais novos tempo de ecra para outros voos.


O melhor - As peças unem-se no fim

O pior  - O resultado final e algo sem sabor


Avaliação - C

Monday, April 07, 2025

A Minecraft Movie

 Em plena pascoa eis que surge a primeira esperada batalha comercial do ano entre a Walt Disney com a sua branca de neve e esta aventura baseado no videojogo mais famoso do mundo, com a chancela da WB. Depois do falhanço do primeiro existia algumas dividas em que como iria resultar este projeto, mas comercialmente percebeu-se rapidamente que iria ser o filme que iria chamar os mais pequenos todos ao cinema, e os primeiros resultados sao estrondosos apesar das limitaçoes criticas de um filme que nao quer complicar.

As adaptaçoes de jogos ao cinema nao tem uma historia de sucesso principalmente nas componetes mais adultas. Contudo nos mais pequenos já Super Mario tinha funcionado na bilheteira, Sonic igual e agora temos o sucesso total desta aventura Minecraft que tenta criar o filme possivel, em termos de argumento tendo em conta as personagens do jogo e acima de tudo a sua estetica e o filme funciona onde tem de funcionar visualmente, mesmo que em termos de argumento o filme fica muito a desejar, nunca sendo realmente engraçado.

O filme e claramente um filme infantil ou juvenil, nota-se algumas piadas para adultos, muito isoladas que pouco ou nada trazem ao filme, no resto temos os mundos, os poderes, as personagens sempre muito associado ao visual do jogo, sem que queira mais que isso em nenhum dos pontos, é absurdo mas e fiel ao jogo e seria isso o esperado de uma adaptaçao de um jogo de tanto sucesso.

Fica a sensação que a sua formula basica fara outros filmes, a post credit scene ja exibe uma das figuras mais conhecidas do jogo que ficou ausente deste filme. O tom nao deve mudar muito, num estilo quase de animaçao para os mais pequenos, mas fica a ideia que as grandes produçoes tem algum medo em arriscar nos guiões devido ao insucesso de abordagens mais atualizadas.

O filme fala inicialmente de Steve e como o mesmo acabou por ficar em Minecratf o seu mundo, agora visitado por quatro estranhos humanos que acabam por encontrar o portal para entrar naquela dimensão e tentar encontrar uma forma de regressar para casa.

O argumento do filme é basico do primeiro ao ultimo minuto, nas personagens, que talvez sejam demasiado introduzidas para o que o filme as aproveita, no guião, nada impactante, e mesmo no humor algo ligeiro para os dias de hoje, um filme com uma historia limitada ao minimo.

Na escolha para a realizaçao do projeto depois da saide de Levy em conflito ideologico com os criadores do jogo surgiu Jared Hess, um realizador de filmes comicos de estudio, que depois do estrondo do seu primeiro filme teve dificuldade em que o seu humor vingasse em Hollywood. Tem aqui a oportunidade de estudio que utiliza com fidelidade ao conceito.

No cast o filme vai a procura do absurdo na personagem, Jack Black leva Steve para ele mais que o contrário, mas percebe-se que o filme quer isso. Ao seu lado Momoa disparatado tentando a piada fisica, mas que nao e propriamente dificil para ele, os restantes ficam a porta do filme.


O melhor - As animaçoes ligadas ao jogo

O pior - A historia e mesmo o minimo basico exigido


Avaliação  C

Saturday, April 05, 2025

The Day the Earth Blew Up A Looney Toons Movie

 Numa altura em que quase ninguem conhece das gerações mais pequenas os desenhos animados dos Looney Toons, eis que a Warner tenta lançar um projeto que permita algum reconhecimento, embora a aposta pelo 2D tradicional pudesse ser considerada dificil de satisfazer as gerações mais jovens. Essa ida ao tradicional satisfez de uma forma surpreendente a critica, mas do ponto de vista comercial o filme foi sendo atrasado no seu lançamento e acabou por obter resultados rudimentares no mercado americano.

Sobre o filme podemos começar por explicar as sensações relativas ao tipo de animação, se por um lado a nostalgia está bem presente ainda para mais com personagens que vincaram a nossa infância, por outro lado percebemos bem a evolução e que a capacidade de comunicação atual é muito maior com os novos produtos.

O segundo ponto do filme é a historia, acaba por ser um episodio mais longo dos Looney Toons concretamente da ligação entre Porky Pig e Duffy Duck, o que por sua vez torna o filme pouco diferenciado, mesmo o tipico guião de extraterrestres que nos faz lembrar de Space Jam está lá e a ideia que fica é que mesmo sendo tradicional para ser apelativo teria que ter alguma novidade que o filme efetivamente não tem.

Por tudo isto, podemos dizer que se trata de um apontamento nostalgico e pouco mais, porque sinceramente nem o humor dos Looney Toons neste momento me parece encaixar em qualquer tipo de registo, nem juvenil e muito menos adultos, e esta tentativa de tornar as personagens significativas teria de ser efetuada com uma roupagem diferente que poderia efetivamente fazer perigar a ligação ao projeto inicial.

A historia segue a criação da ligação entre Duffy e Porky na forma como foram criados numa quinta, a qual em adultos tem de manter, mesmo com dificuldades financeiras. Acabam por conhecer uma mistiriosa porca que os leva a um negocio que os leva a estar no epicentro de uma luta pela sobrevivencia da terra.

O argumento e o de um episodio grande, segue a essencia das duas personagens central, não atualiza o humor e o filme acaba por nao ser tãop engraçado como seria nos anos fortes dos Looney Toons, alguns apartes que funcionam mas muito pouco.

Na realizaçao do projeto temos Browngardt um colaborador dos Looney Toons que mantem a tradição, com pouco risco e acima de tudo com o perfume de nostalgia que quer ter. Dificilmente terá outro projeto com esta expansão.

No cast de vozes existe o respeito pelo passado com o unico resultado possive, o que é positivo.


O melhor - A nostalgia

O pior - Está ultrapassado


Avaliação - C

Love Me

 Produzido em 2024 mas apenas lançado, e de uma forma bem silenciosa em 2025 este sci fi romantico acabou por ver a luz do dia em poucos cinemas, pese embora o duo de protagonistas com algum valor mediatico o filme acabou por não conseguir capitalizar este ponto a favor com resultados muito escassos aos quais não ajudou uma receção critica fria, numa abordagem original que fez pensar que poderia ter outro tipo de reconhecimento.

A historia é original um Wall E numa mistura de real action, tecnologia e avatares que bem trabalhado, poderia, assim como o filme da Disney conseguiu obter algum reconhecimento generalizado que nunca conseguiu fazer, e éssa falha acaba por ocorrer porque o filme não é coeso na forma como quer transmitir as suas ideias, ficando a sensação que percebe de uma forma fácil a sua desorganização avançando para uma conclusao rapida da ideia.

O filme tem um inicio interessante original, concetual, que poderia ser bem trabalhado, quando o salto da comunicação entre maquinas ocorre, fica a ideia que tudo é demasiado rapido, mas mais que isso que o filme perde algum dos pontos que parece ser o foco dos mesmos e quando acontece perde o controlo do que quer comunicar, e ai torna-se claramente menos objetivo e menos concreto.

Por tudo isto e reconhecendo a abordagem arriscada, e a sua ligação clara a Wall E, é um filme com defeitos numa tematica que me parece sempre mais facil de agradar, já que o risco na iniciativa normalmente e premeado. Fica a sensação que quis ir a diversos lugar demasiado rapido e perde-se nas ideias, tal acaba por dificultar a forma como o filme comunica.

A historia segue dois robots que num futuro bem distante de cruzam na rotação da terra e começam a comunicar criando uma curiosidade entre ambos que vai construindo uma relação que conduz a criação de personagens concretos para personificar esta aproximação.

O argumento tem basicamente a mesma base de partida de que Wall E, na forma como tenta criar o seu corpo narrativo o filme é original, mas tem dificuldade na clareza do que quer ser e tudo se torna confuso. Funciona no romantismo das pequenas cenas mas fica a ideia que para isso funcionar não necessitava de um contexto tao trabalhado.

No que diz respeito à realização os irmãos Zuchero têm aqui o primeiro trabalho maior, num filme trabalhoso, que tentam ser originais na abordagem, mas que fica algo confuso, fruto de uma inexperiencia que necessitaria de alguem mais habituado aos timming dos registos que o filme quer ter. Iremos ver se esta audacia continua com mais sucesso.

No cast muito da intepretaçao do duo de protagonistas acaba por ser vocal, pensando que Yun da mais ao filme que Stewart, não é propriamente um filme exigente, mesmo quando ambos ficam de carne e osso, mas é um trabalho diferente que encaixa bem na carreira mais critica de ambos


O melhor - Os primeiros dez minutos


O pior - A sensação que a peçar organizadas poderiam resultar num melhor filme.


Avaliação - C

Friday, April 04, 2025

Duplicity

 O fluxo de filmes de Tyler Perry é algo impressionante, sendo que nos últimos tempos acrescentou ao seu ritmo elevado, colaborações constantes com as aplicações de Streaming o que faz escoar o stock das suas produçoes, que mais uma vez ficaram distantes daquilo que a critica gosta, e comercialmente fugindo um pouco ao lado humoristico de Madea e sem atrizes conhecidas, acaba por também nunca ter um espaço para se desenvolver.

Sobre o filme podemos começar por dizer que temos uma intriga policial com todos os defeitos e mais alguns tipicos dos filmes de Perry. Desde logo na caracterização extremamente limitada das personagens, depois nos twist criados por situações ridiculas e atalhos sem qualquer tipo de fundamento que servem para tentar explicar o motivo das personagens com receio que o argumento, simples seja demasiado complicado para o espetador, podendo ser mesmo um atestado ao mesmo.~

O nivel de telenovela de segunda de Perry esta presente sendo que aqui nem consegue ir buscar qualquer tipo de interpretação relevante já que o filme vai buscar um cast desconhecido, esteriotipado tentando entrar na dinamica racial sem qualquer profundidade acabando por o filme ser um esteriotipo claro que habitualmente Perry faz, no mau sentido.

Perry tem a seu favor ter uma franja social baixa afro americana que se sente representada no conceito, mesmo que a sensação que surja na maior parte das vezes é que não existe capacidade para argumentos mais desenvolvidos ou que os filmes consigam ir para alem de uma superfecialidade exagerada sem qualquer tipo de valor assinalado.

O filme fala de uma advogada que vai a todo o custo tentar na justiça detalhar os contornos da morte do seu melhor amigo, baleado por um policia branco numa operação policial, ate perceber que nem tudo está associado as suas convições iniciais.

O argumento do filme é básico na historia, construido através de twist muitas vezes sem qualquer tipo de sentido, com personagens esteriotipadas e dialogos simplistas, muito no estilo de novela de segundo nivel que Perry nos habituou.

Tambem em termos de realização nos parece que as coisas não são propriamente muito trabalhadas, os luxos de afro americanos ricos, os planos de interpretaçao que mais valiam não existir e a conjugação com a banda sonora R&B que acaba por ser a assinatura, não a melhor de Perry.

No cast desta vez não temos propriamente um cast conhecido, sendo umas apostas mais pessoais do realizador, os quais denota-se por interpretações pouco convincentes as quais aqui deixam a duvida se o defeito é da direção de atores ou da fraca qualidade da materia humana.


O melhor  - São sempre filmes de facil visualização.

O pior - A pouca qualidade dos seus elementos


Avaliação - D+

Tuesday, April 01, 2025

The Electric State

 Com um orçamento de 350 milhões está mega produção da Netflix sob a chancela dos irmãos Russo, surgiu o grande filme de primavera da Netflix com um elenco de primeira linha e efeitos especiais de ponta, parecendo tornar o filme como um dos blockbusters do ano. O problema foi quando as primeiras avaliações começaram a sair criticando o estilo do filme e a sua forma de comunicar. Comercialmente teve um desgaste algo rapido, depois das primeiras semanas na liderança da aplicação foi perdendo chama.

Sobre o filme podemos dizer que a ideia é futurista, ruboscada e devido a sua complexidade para funcionar teria de existir um comunicação muito próxima com o espetador que nunca surge, dai que o filme perca muito da ideia no caminho da transmissão da mensagem, o que acaba por ser o maior problema de uma ideia, que se conseguisse ser bem montada poderia ser funcionar e ter um filme forte, original e de impacto emocional.

Outro dos problemas do filme são os robots, demasiado infantilizados torna o filme algo infantil, a que se junta o facto dos dois personagens centrais serem sempre tratados como menores, embora no caso da protagonista a duvida acabe por seguir o filme sem uma resposta clara. outro dos problemas e o aproveitamente dos secundarios, fica sempre a ideia que as personagens humanas sao pouco trabalhadas ou o filme cai no erro de ter um excesso de personagens.

Dai que 350 milhoes de euros depois seja dificil nao considerar na sua essencia este filme um ato falhado, uma ideia forte mas que nunca consegue ser verdadeiramente trabalhada, ficando a ideia que o filme se perde na sua organização de ideias e que isso não permite que o mesmo acabe por ser um objeto de entretenimento razoavel, ou que ao mesmo tempo consiga colocar as suas ideias todas em pratica.

O filme fala uma jovem numa sociedade futurista em que o ser humano domina o lado mecanido de robots que tentaram ser independentes que tenta perceber o que realmente aconteceu com o seu irmão, alegadamente morto num acidente, mas que surge num robot com uma ligação muito proxima de tal indivíduo.

O argumento do filme é trabalhado nas suas ideias, fica a sensação que o filme tem muitos pontos que quer abordar, mas que sente muitas dificuldades em chegar aos pontos centrais das suas ideias. O equilibrio entre as personagens tgambém não surge e o filme perde-se num genero intermedio entre muitos outros.

Os irmãos Russo tiveram na saga Avengers os seus sucessos maiores, mas recentemente estão em colaboração direta com a Netflix, mas falta um grande filme. Aqui o filme tenta ter uma roupagem muito particular nos robots mas nem sempre parece-me a mais funcional ou madura. O peso de um orçamento exorbitante não joga a favor do filme.

No cast Brown e a menina Netflix e os seus filmes apontas essencialmente na sua figura de protagonista. E uma presença conhecida embora ainda nao tenha conseguido provar uma dimensão interpretativa para liderar um cast tão rico. O filme e melhor nas escolhas de vozes do que propriamente no cast em si, em personagens demasiado strandartizadas na carreira dos interpretes


O melhor - O filme tem ideias que poderiam ter uma base interessante


O pior - Nao as consegue comunicar com o espetador mesmo gastando mais de 300 milhoes de dolares


Avaliação - C-

Monday, March 31, 2025

The Parenting

 A Max não e propriamente a produtora mais ativa no que diz respeito ao lançamento de longas metragens dai que quando os filmes da produtora são lançados neste estilo não e bom pronuncio sobre a receção nos testes de screaning. Este filme com um elenco cheio de figuras conhecidas principalmente de series estreou no sempre energético mes de março com criticas sofriveis, sendo que comercialmente ja todos percebemos que o lançamento de filmes originais não e propriamente a mina de ouro da aplicação.

Sobre o filme podemos pensar que estamos no tipico filme de terror com a diferença que o filme nunca tenta assustar, sendo mais as tentativas de humor absurdo do que propriamente o filme sobre espiritos que se leva a serio. O grande problema do filme é que nunca consegue ser minimamente engraçado, e para uma comedia de horror e um pressuposto muito complicado logo para começar.

O filme tenta ser diferente apesar de seguir os paços do cliche, temos uma reunião numa casa assombrada com a diferença do casal ser homossexual e sermos rapidamente inundados por piadas sobre isto e sobre a etnia que quase nunca funcionam. Quando o filme entra no lado dos possuidos as coisas ainda se perdem mais porque a forma como deambula entre o terror que nao quer ser e a comedia que nao consegue ser o filme perde-se por completo.

Em fim um mediocre filme da Max que se calhar vem explicar um pouco a quase inexistente biblioteca de filmes originais da aplicação a qual perfere dar a primeira pagina as suas series de primeira linha. O filme nao funciona e nem um elenco recheado de figuras conhecidas consegue captar qualquer atenção, sendo muito mais o que perdem no registo do que ganham.

A historia segue um casal homossexual que decide fazer um encontro entre os pais de ambos numa casa de turismo rural que rapidamente se perceber esta possuida por algo maligno que vai tornar o encontro algo para esquecer a todo momento.

O argumento do filme e um cliche de base que depois nao se consegue assumir em nenhum dos apontamentos. O filme nao tem propriamente personagens, a intriga e o seu desenlace pouco ou nada articulado, sendo o maior problema a falta de piada do seu humor.

Na realizaçao temos Craig Johnsson um jovem realizador de comedias que depois de alguns projetos de  cinema dedicou-se mais as series e o estilo do filme demonstra mais esse habito, porque nunca consegue conduzir o filme para qualidade que exija um ecra maior. Provavelmente regressara a esse contexto de carreira.

No cast temos um conjunto de atores com algum sucesso em series que se reune num filme onde nenhum se sente verdadeiramente confortavel no papel, sendo o caso de Cox o mais gritante principalmente pelo carisma que o mesmo fez nos ultimos tempos nos seus filmes.


O melhor - A ideia que nunca ter ser um filme de terror.

O pior - Tenta ser uma comedia e nunca encontra qualquer humor


Avaliação - D