Sunday, December 14, 2025

The Smashing Machine

 2025 ficara marcado pela separação dos irmãos Safdie que apostarem em produtos individuais, sustentados em interpretações de algumas das maiores figuras da industria atual. Benny, o mais mediatico dos dois apostou num filme sobre luta livre, com um The Rock completamente diferente, antecipando o filme em grandes festivais. Apesar das criticas favorais, percebeu-se que seria dificil que o filme tivesse nos premios para alem da intepretaçao central, um dos maiores objetivos a que o filme se propôs. Comercialmente, este The Rock mais dramatico esteve longe do sucesso das suas outras obras, existindo apenas uma curiosidade circunstancial.

Sobre o filme The Smashing Machine e um filme de personagem, mas do que propriamente querer contar uma historia. E um filme sobre a luta interna contra drogas e mesmo contra a sua relação, enquanto nos começa a mostar os primordios do que se tornou posteriormente o famoso UFC. Temos um filme demasiado lento, um filme que parece não querer acabar as suas sequencias. Para os amantes de Safdie este e o estilo esperado, para os outros o filme parece sempre uma mão cheia de nada.

Claro que o filme tem momentos de tensão, que permitem os seus intepretes terem os seus momentos, claro que temos uma novidade na intensidade dramatica que Johnsson nunca empregou nos seus projetos anteriores, mas também me parece claro que o filme nunca consegue ser direto nos seus objetivos e isso faz com que se perca na deambulação da personagem.

No final temos um mediano filme dos Safdie com a curiosidade de um The Rock fisicamente muito diferente, principalmente na fase inicial, num filme mais maduro. Mas o resultado e demasiado mediano, o filme não transmite muito ao espetador porque a maior parte do impacto emocional de alguimas cenas se dissipa na quebra que as mesmas tem, pelo objetivo de nao ser um drama desportivo standartizado.

A historia fala-nos de Mark Kerr um lutador em ascensão que tem de tentar se libertar dos seus consumos para se tornar mais direto num espetaculo a ganhar dimensão, enquanto tenta balançar as suas relações de amizade e namoro.

O argumento do filme não conta propriamente uma historia, tenta fazer uma autopsia de sentimentos da personagem e da sua expressão. O filme vai de encontro ao que se propoem, mas fica a ideia que as escolhas não sao aquelas que na maior parte do tempo comunica melhor com o espetador.

Safdie tem uma carreira proxima da critica mas não são filmes faceis, este filme encaixa no estilo, que mais a frente vamos perceber qual dos irmãos criou. Nota-se a tentativa da camara ser secundaria, num estilo pensado, de assinatura mas que não e propriamente o mais apelativo.

No cast e obvio que temos um The ROck diferente, intenso, dramático, mesmo que ser um lutador não e propriamente desafiante para um ator com esse backgroud. Mereceu algum destaque mas sera curto para os premios, talvez consiga a nomeaçao. No resto do cast Blunt e sempre uma secundaria de luxo.


O melhor - Vermos um The Rock dramatico diferente

O pior - O filme nunca quer contar uma historia em concreto


Avaliação - C

Saturday, December 13, 2025

Eternity

 As comedias romanticas puras estão em desuso, dai que tenha sido surpreendente esta aposta da independente  A24 num género cada vez mais comercial e pouco concetual. Com um elenco proximo do publico mais jovem o filme obteve criticas medianas, com pendor positivo, mas conseguiu chamar a atençao do publico em geral. Comercialmente esperaria mais de um conceito proximo do publico, mas a ocasião de lançamento não foi a melhor e o resultado soube a pouco.

Sobre o filme podemos dizer que é um tipico filme romantico, para casais apaixonados e não só e que deve ser sempre analisado desta caixa onde o próprio se coloca sempre. Mas depois nas suas particularidades é um filme que funciona, desde logo pelo conceito super original do além e das escolhas, pela criação do mundo que parece tirado de um filme da pixar e por um humor não declarado mas sempre presente que o faz um filme ligeiro.

E obvio que não é um filme de fácil resolução embora pareça, o filme consegue colocar na sua duração todos os pros e contras mas no final tem um final quem sabe demasiado atalhado. Fica a sensação que queriamos saber mais da escolha final, mas o filme interrompe-se mesmo que seja um filme com quimica entre todas as personagens, ligeiro, mas uma comedia romantica como não se via faz tempo.

Por tudo isto um claro filme de entertenimento que não tem armas e mesmo ambição de ser mais do que isso que comunica bem com o publico numa historia arrojada, creativa, diferente, mas que consegue ir buscar o lado mais forte e concetual das relações e as suas diferenças, um dos bons filmes do ano.

A historia fala de uma mulher que depois de morta tem uma semana para escolher com e como passar a eternidade deambulando entre um primeiro marido, morto na guerra que esperou por ela 67 anos e um seu marido de toda a vida.

O argumento tem uma base do mais original do genero que me recordo, trabalha bem os momentos e o ritmo, com um humor presente, conseguindo tambem colocar desafios as personagens para a escolha de base. E um filme bem pensado, adulto, apesar de uma comedia romantica de base.

Na realização temos David Freyene um realizador quase desconhecido que tinha tido algum sucesso critico no seu filme anterior mas que aqui surge com um elenco de primeira linha. Bem pensado, processos simples, mas acima de tudo uma ideia bem trabalhada sem recursos astronomicos.

No cast Olsen e quem encaixa melhor na dictomia da sua personagem, num genero onde normalmente não se encontra. Teller e o que se sente mais confortavel no registo descontraido e Tunner tenta ser o galã, mas fica a ideia que é claramente o pior ator do trio. Sublinhado para a sempre forte Randolph a demonstrar o carisma que ja lhe valeu um oscar.


O melhor - Uma ideia e a quimica com o espetador.

O pior - E uma comedia romantica standar de base


Avaliação - B

Eleanor The Great

 Tem sido incrivel o ritmo de filmes de June Squibb nos ultimos anos, pese embora a sua idade avançada, não se escondendo de protagonizar diversos filmes, sendo este o segundo em dois anos. Este filme que foi lançado com algumas expetativas de premios, o seu um declarado filme judeu num periodo em que o mundo não está propriamente do lado deles, pode não ter ajudado nas avaliações criticas sofriveis. Em termos comerciais o filme não teve a força para impulsionar qualquer tipo de candidatura.

Sobre o filme podemos começar por dizer que se trata de um filme com pouca duração, mas com um ritmo muito lento. Percebo que em termo de personagem isso tenha que acontecer em face da idade, mas o ritmo dos dialogos e sempre demasiado parado, fazendo com que a quimica da relação central não seja imediata e com isso o filme acaba por perder algum impacto na transmissão imediata de emoções.

O filme tem uma boa mensagem, desde logo de amizade na relação entre as duas amigas, de perda, e uma força intergeracional, que faz com que o filme seja em alguns pontos bonitos, mas que se perca um pouco na facilidade de comunicação, o ritmo baixo é prejudicial em todos os aspetos naquilo que o filme acaba por querer ser

Por tudo isto esta experiencia de Scarlett Johansson num novo papel acaba por ser um filme com boas motivações mas cuja execução tem alguns problemas principalmente na clareza da mensagem e na intensidade. Claro que é dificil dar isso num filme com uma protagonista tão idosa, mas existia espaço para um lado mais comico, e acima de tudo mais emocional, parecendo que o lume brando da duração não foi a melhor escolha.

A historia fala de uma idosa que perde a companheira de quarto no lar, e acaba por conhecer num grupo de auto ajuda uma jovem que recentemente perdeu a mãe, com a qual se liga, contudo assume a vida da sua amiga falecida para estreitar laços.

O argumento do filme pode ter uma base teorica interessante, motivada por mensagens positivas, mas a sua execução tem alguns problemas, que começam na falta clara de ritmo, em dialogos mornos, e numa resolução, talvez demasiado facil para o conflito que cria.

Johansson tem aqui a sua estreia como realizadora, num trabalho simples, com poucos truques. O trabalho é silencioso e nao tem o dom de dar ritmo e intensidade ao filme o que pode ser um defeito. Nao e propriamente uma obra de referencia pese embora a expetativa, veremos se tem continuidade.

Squibb esta numa forma incrivel para a idade, o seu lado descontraido chama a atenção e aproxima-se do espetador embora o filme nao potencie outros atributos a personagem. AO seu lado competentes secundarios sem grande espaço porque o filme é essencialmente da protagonista.


O melhor - O lado simpatico intergeracional do filme.

O pior - O ritmo pausado com dialogos pouco intensos.


Avaliação - C

Friday, December 12, 2025

Shelby Oaks

 Este pequeno filme de terror baseado numa coleta de dinheiro por crowdfounding conseguiu uma distribuição significativa no mercado americano, pese embora as suas criticas estivessem longe de ser entusiasmantes e a falta completa de atores minimamente conhecidos. Depois de algum falhanço critico e acima de tudo uma publicitação maioritariamente feita por redes sociais, faltava o desafio do publico onde os resultados foram competentes pelas razões acima descritas que tornaram um filme pequeno um cartaz de muitas salas.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo tem meia hora e acaba por ser três filmes completamente diferentes em cada um deles com resultados também eles diferentes. A primeira hora é uma homenagem ao misterio de Blair Withc projetc sob a forma de noticias difundidas e documentário o filme acaba por funcionar com um estilo amador que encaixa no estilo de terror psicologico que até então o filme queria ter.

O segundo segmento acaba por ser o que funciona pior, quando o filme nos leva para o lado da descoberta sobre o desaparecimento numa especie de serie b de pessima qualidade, na forma que conduz a descoberta, nos dialogos e interpretaçoes e dá-nos a protagonista que acaba por ser um dos problemas do filme, pela sua falta de dimensão ao longo de todo o filme.

Na parte final temos o tipico filme de terror sobre paranormal, e aqui ja vimos muito melhor, sequencias completamente inexplicaveis sobre as decisões das personagens, que tem como ponto melhor algum trabalho visual que cria uma intensidade que tem bons momentos, mas acaba por seguir a mediocridade do segundo parametro.

No que diz respeito à historia temos uma desaparecimento misterioso dos criadores de um programa de youtube, que conduz a que a irmá da principal tente encontrar respostas, principalmente depois de um estranho individuo se suicidar perante si.

O argumento do filme, se olharmos para ele como um todo é confuso, onde fica muito por esclarecer. O filme tenta ser uma mistura de generos onde apenas a forma como organiza o primeiro momento parece funcionar. As explicaçoes sao as tipicas de terror serie b.

Na realizaçao temos Christ Stuckman um jovem realizador que pensou na forma de financiar um projeto amador para lhe dar um impacto maior. Fica a sensação que sabe criar impacto visual e os truques de camara, mas tambem fica a ideia que o filme tenta ser tudo, não sendo nada.

No cast um conjunto de atores totalmente desconhecidos, que acaba por ser um dos pontos que pior funciona no filme, principalmente numa protagonista Camilla Sullivan que nao está ao nivel de um filme de expansao wide. O resto a interpretaçao de sofriemento com caracterização tipica deste tipo de filme.


O melhor - O primeiro segmento

O pior - O filme ser uma mistura de generos que nunca se junta


Avaliação - C-

Thursday, December 11, 2025

Splitsville

 Comedias de autores desconhecidos que se tornam fenomenos criticos é algo que o cinema nos habituou todos os anos, e que normalmente surgem em filmes que apenas conseguimos perceber a existência na temporada de premios quando obtem algum reconhecimento. Foi o caso deste particular filme, escrito e interpretado por dois quase desconhecidos, aos quais se uniram duas atrizes mediaticas como Johnson e Arjona, que convenceu a critica. Comercialmente os resultados começaram modestos mas foram melhorando.

Sobre o filme podemos dizer que temos um filme insólito sobre relações abertas que se torna muitas vezes peculiar, adulto, mas nem sempre organizado. E um filme sobre relações que as confunde, nunca sendo facil perceber ou descrever qualquer uma das apresentadas, já que o filme por vezes se perde na excentricidade e exagero de alguma sequencias.

Nao obstante desse facto, o filme funciona comicamente em algumas interações, originais, principalmente quando os dois protagonistas e mentores do filme agem em conjunto, colmatando um o espaço do outro. E nesse tipo de cinema confuso, ironico, mas comico que o filme encontra os seus melhores momentos, sendo mais sofrivel quando tenta ser romantico ou mais emotivo.

Por tudo isto temos um peculiar filme comédia, com objetivos curtos, com um estilo diferente que nos proporciona algumas gargalhadas, mas nem sempre consegue ir para alem disso. Existe momentos em que o filme se perde nos seus desvaneios e aqui é mais estranho do que funcional. Mesmo assim uma comedia razoavel este ano.

O filme fala sobre dois amigos, com diferentes relações que acabam por perceber que a relação de um dos casais e aberta, conduzindo a contactos sexuais em swing que colocara em perigo as relações existentes e a diferença entre a teoria e a pratica.

No que diz respeito ao argumento, o mesmo tem um estilo de interação entre personagens algo único, que tem momentos interessantes, comicos, mas nem sempre direcionado para os propositos mais vincados do filme. E original na abordagem, mas falha quando quer transmitir algo mais que o seu lado comico.

Na realizaçao temos Angelo Covino, tambem interprete e argumentista do filme que denota-se procurar o estilo descontraido e caotico que o filme tem, sabe usar os seus momentos mas pouco mais, num filme que arrisca pouco, ou nada esteticamente. E uma nova vaga de comicos que so o futuro se perceberá onde vai chegar.

No cast Covino e Marvin sao argumentistas do filme e procuram as personagens para os seus pontos mais fortes. As personagens sao satiricas mas encaixam no estilo de ambos. No caso das estrelas femininas, Johnsson tem a ambiguidade que a personagem quer, Arjona parece mais perdida no estilo comico.


O melhor - A forma como o filme acaba por ter bons momentos comicos.


O pior - Quando tenta ser romantico, nunca o consegue ser verdadeiramente


Avaliação - C+

Wednesday, December 10, 2025

Sorry, Baby

 Todos os anos surgem alguns projetos independentes que começam a exibir as suas boas criticas em festivais e mais tarde em premios criticos que dão aos filmes algum protagonismo que passou despercebido na sua estreia. Foi o caso deste Sorry baby, que recentemente surpreendeu ao conseguir dar à sua protagonista e basicamente mentora a nomeaçao para melhor atriz dramatica nos globos de ouro.Criticamente o filme foi um sucesso total, com algumas das melhores avaliações do ano, por sua vez, comercialmente o filme começou muito lentamente, mas os bons resultados criticos permitiram alguma expansão.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo tem um caracter indie totalmente presente, isso acaba por ser vincado na forma como o filme segmenta espaços, mas acima de tudo nos paralelismos de discurso. Isso torna o filme interessante em alguns elementos, ou mesmo no facto de existir alguns diálogos bem trabalhados, mas depois torna tudo muito vago, com o lado interessante de uma personagem com muitos lados.

O filme tem segmentos muito mais interessantes do que outros, desde logo o segmento central na forma de reagir da personagem. A ligação das personagens com a amiga e com o vizinho também nos parece ser o que funciona melhor, mas fica a ideia que fica algumas ideias por trabalhar, e o final abrupto não é propriamente o que de melhor sai para a sua conclusão.

Temos um filme que tenta ser descontraido num tema forte, a forma como a personagem não compreende a sua vivência é algo que poder ser algo lato, mas que funciona na realidade. Existe segmentos interessantes, uns mais satiricos, e o final do filme parece ser algo difuso para o impacto que o filme quer ter.

A historia fala de uma aspirante a professora que depois de um ato que lhe aconteceu tenta adequar essa vivencia nas diferentes versões da sua vida, num filme que tenta debruçar sobre a reação ao panico mais do que qualquer coisa.

O argumento do filme pode ser forte no tema, mas na sua concretização não me parece que o filme seja particularmente feliz em todos os aspetos. Desde logo na sua fragmentação e no equilibrio entre as mesmas. Nao e o parametro mais forte.

Eva Victor tem o filme totalmente entregue a si, na realização nota-se o espirito indie, com alguns momentos de risco, que saem bem, contudo acaba por ser algo desorganizado na sua fragmentação. Pode ser algo inexperiente mas tem um filme que chamou muito a atenção.

No que diz respeito ao cast temos um dominio total de Victor que leva o filme ao sabor da sua personagem. Tem uma personagem que é uma montanha russa emocional, e acaba por ser o seu maior feito, num filme onde tem sete instrumentos. os secundarios sao o seu suporte.


O melhor - Alguns segmentos

O pior - A incapacidade do filme em conseguir ser direto na sua informação


Avaliação - C+

Tuesday, December 09, 2025

The Ballad os Wallis Island

 Pode um pequeno filme, conseguir chamar a atenção pela sua originalidade, num registo comico britanico que acabou por chamar a atenção dos criticos e também de Mullingan o nome mais conhecido de um projeto proprio, que conquistou a critica que acabou por fazer vincar o seu valor comercial, mesmo que seja um filme pequeno de uma produtora quase desconhecida.

Sobre o filme, desde logo a ideia original de um bilionário num espaço completamente isolado, onde o filme começa o seu encanto, desde logo na particularidade e humor natural da personagem principal, mas depois no próprio espaço. Com o desenvolvimento do filme, parece a determinada altura que o mesmo vai embarcar para uma historia de amor, mas o filme tem um twist que o torna mais verdadeiro, mais real e mais iconico, nao sendo um filme de procedimentos simples, é um filme que seduz nas suas particularidades o espetador.

Eu confesso que sou um adepto de filmes ligeiros em espaços particulares e este filme faz o proveito disso como nenhum, a forma como a ilha é desorganizada, a forma como esconde tudo, mas ao mesmo tempo a capacidade de receber da personagem acaba por transmitir desde logo elementos creativos, mas acima de tudo um encanto particular num dos filmes mais pequenos mas com conteudo emocional do ano.

Outro dos pontos que funciona bem no filme, embora nunca sendo de primeira linha e o seu nivel musical, aqui pensamos que na grande parte do tempo o filme tem um lado demasiado slow, e so no final, no concerto conseguimos perceber algum impacto da musica e da forma como a personagem central a vive, e nesse registo o filme acaba por ser sincero, original e criativo, uma das melhores supresas do ano.

A historia fala de um bilionário que depois de ganhar duas vezes a lotaria isola-se numa ilha e contrata os musicos preferidos da sua vida para um concerto so para ele, no seu espaço.

O argumento do filme parte de uma boa ideia, mas recheia-o com bons momentos, alguns divertidos, alguns sinceros, outros emotivos, num estilo de humor ingles que encaixa naquilo que o filme quer transmitir, num dos filmes mais originais do ano em termos de argumento.

Na realizaçao temos James Griffiths um desconhecidos realizador ingles que deixou os seus amigos e argumentistas do filme, interpretarem a sua historia da forma que eles melhores sabem e isso foi um dom, principalmente na forma como assume o espaço como um protagonista claro. Um otimo filme de alavanca.

No cast temos dois desconhecidos a interpretar a historia por eles criada como poucos, sabem perfeitamente o que querem de cada personagem e isso nota-se a cada interação. nao sei se são bons atores fora das perosnagens escritas por eles, mas aqui sao as vedetas.


O melhor - A historia


O pior - Pode parecer que vai cair na comedia romantica simples


Avaliação - B+

Gabby's Dollhouse: The Movie

 É sempre uma questão de tempo os produtos de maior sucesso dos mais pequenos terem a sua edição em longa metragem, normalmente numa conjugação de animação e liveaction, sendo que este ano foi Gaby a ter esse previlegio em pleno outono. Num filme claramente direcionado para os mais pequenos, criticamente as coisas não correram particularmente bem, e a critica normalmente é simpática para este tipo de projetos. Comercialmente, onde o filme tinha mais objetivos os resultados foram interessantes mas aquem do valor do produto, se calhar porque muitos dos fãs ainda estão em idade de não ir ao cinema.

O filme começa desde logo com um tom demasiado infantil, indo buscar um dos pontos centrais do filme que é a comunicação direta entre Gabby e o espetador. O filme preza isso na fase inicial, mas vai esquecendo quando a animação substituiu o real action. Passando para a animação temos um episodio longo, sem grandes truques e pouco para um filme franquia.

O lado estetico original no projeto acaba por ser o espaço onde o filme se sente mais confiante e ao mesmo tempo acaba por ser o espaço onde o filme é mais eficaz, nas imagens reais proximas da animação e pelo cruzar de mundos, mas depois quer o argumento quer a abordagem é demasiado infantil deixando todo o projeto demasiado dedicado aos pequenos demais e algumas meninas mais velhas.

E claro que é facil todos os conceitos de sucesso dos mais pequenos terem os seus filmes, mas existem alguns como este que me parece que poderia ficar de lado, principalmente o lado do live action que poderia fazer uma perceção de um filme para mais idades que o projeto acaba por nunca ser.

O filme fala de Gabby e a sua casa de bonecas que entretante é perdida por uma colecionadora e o grupo tem de se reunir para recuperar a ligação entre todos.

O argumento do filme é simples sem grandes rodeios, uma intriga para fazer as personagens conhecidas se mover, com um lado moral do brincar faz bem e pouco mais, num filme que a ambição de juntar mundos nao foi propriamente a melhor escolha.

Na realizaçao o projeto ficou entregue a Ryan Crego um estreante com algumas colaborações no departamento de arte da Dreamworks, que tenta ser sincero e fiel esteticamente mas fica a ideia que falta alguma capacidade de assinar um estilo. Nao e propriamente um filme ancora para nenhum realizador.

No cast existiu uma maior preocupação em semelhança fisica do que em recursos interpretativos na protagonista. Wigg tem o lado estetico que o filme procura e pouco mais. Nao e o tipo de filmes para interpretações de montra.


O melhor - O lado estetico

O pior - Ficar muito pelos mais pequenos


Avaliação - D+

Saturday, December 06, 2025

After the Hunt

 O ritmo de filmes que Guagadino tem lançado nos ultimos anos, tem-no tornado num dos mais hiperativos do circuito, se calhar a procura da fama europeia que muitas vezes é dificil de assimilar em contextos mais globais. A questão é que depois de Queer nao ter sido propriamente muito amado, este thriller sobre envolvimento universitario acabou por ser um desastre ainda maior, com criticas sofriveis e uma estrategia de distribuição estranha, com pouco tempo de cinema onde os resultados foram curtos para a Prime onde tambem nao me parece que as coisas tenham sido brilhantes, já que em streaming procura-se outro tipo e projetos.

Sobre o filme podemos dizer que temos uma intriga bem criada, mas rapidamente percebemos que o filme não vai ser direto, que se vai perder em preciosismos das personagens, muitas vezes mais pensadas no parecer do que no ser, e isso corta claramente o ritmo a um filme que se torna longo para nunca explodir narrativamente algo que se poderia pensar que fosse ocorrer na fase final.

Nao obstante dessas dificuldades esta longe de ser um mau filme. É um filme que entra num paradigma muito proprio, da exposiçao concreta dos professores no mundo universitário, no fenomeno da ilusão pela referência, mas acaba por ser nos maneirismos das personagens que conseguimos ver mais o cinema de Luca, já que no restante o realizador ausenta-se um pouco.

Por tudo isto temos um filme que se tivesse menos expetativa em face dos envolvidos até poderia ser interessante, mas sofre pela expetativa criada, mesmo no trailer que anuncia um filme em tudo diferente do que surge. Mesmo assim o filme acaba por ser proximo do espetador, num lume brando mas com a força de uma historia interessante.

O filme fala de uma professora universitaria a pensar entrar nos quadros de Yale, que de repente se vê no meio de um escandalo envolvendo uma jovem aluna filha dos financiadiores da universidade e o seu protegido, um professor mais novo, mas que a leva a duvidar de quem confiar.

O argumento tem uma base de conflito forte, que o filme deixa aquecer em lume brando para nunca ferver, esse pode ser um dos problemas maiores do impacto que o filme acaba por nunca ter junto dos espetadores. As personagens tem muitas dimensoes e isso funciona, mas o ritmo brando fica um pouco aquem.

Guagadino e um dos rostos do momento, pela quantidade de filmes e muitas vezes pela qualidade de algum deles, dai que seja, já uma referencia. Não e o seu melhor filme, aposto mesmo em dizer que é o mais comum e vulgar, com menos assinstura, mas isso seria bom para um outro qualquer.

O cast do filme tem uma ROberts que aceita a idade, embora nos pareça que recheia a personagem de maneirismos exagerados. Ao seu lado temos um Garfiel demasiado eletrico, acabando por ser a sempre competente Edebiri, e o omnipresente Stulhbarh a funcionarem melhor.


O melhor - A historia de base

O pior - O ritmo demasiado lento


Avaliação - C+

Thursday, December 04, 2025

Anemone

 Existem atores que para além da qualidade levam consigo o miticismo de uma carreira de sucesso, quase com o toque de midas que fez que quase tudo em que tocasse se tornasse sucessos instantaneos. Esse e o caso de Daniel Day Lewis que depois de mais uma vez anunciar o seu afastamento dos ecras surgiu novamente num projeto familiar, produzido por si, e realizado pelo seu filho. Criticamente espaço onde o filme tinha mais ambiçoes o resultado mediano, muito pouco para o que estamos habituados a todos os projetos do ator. Comercialmente as coisas também não foram brilhantes num filme com poucas ambiçoes neste particular.

Sobre o filme estamos perante um claro filme independente britanico, com alguns momentos esteticamente bem pensados, um Day Lewis com toda a sua intensidade mas um ritmo monocordico muito dificil de acompanhar. Fica a sensação que o filme se adormece na sua eloquencia e as explosões continuas da personagem sao espasmos soltos num filme que tem dificuldade em se expressar claramente junto do espetador.

O filme tenta ser um drama familiar, um que pode ser significativo sendo um filme escrito e trabalhado por pai e filho, mas fica a sensação que vamos sempre deambuilar ao sabor do caracter mitologico de Ray do que propriamente um filme consistente sobre uma familia. Existe momentos onde nos parece que o filme fica completamente perdido narrativamente refugiando-se numa comunicação por imagens que é quase sempre mais competente.

Por tudo isto este filme da familia Lewis acaba por ficar muito mais vincado pelo anuncio do regresso de Daniel do que propriamente pelo filme em si. Existe a clara sensação na maior parte do filme que existe dificuldade em articular historias em preencher os elementos das razões das personagens e isso e claramente pouco para um filme com esta expetativa.

O filme fala de um irmão que procura um outro refugiado numa vida solitaria em plena montanha, tentando que o mesmo regresse para tentar orientar o filme entretanto ambandonado que tem como referência parental o tio.

O argumento para alem do conflito familiar acaba quase sempre por ser um filme sobre uma personagens e os motivos de uma decisão, sendo o resto efeitos colaterais. POuco conteudo para alem do conflito no lado mais pobre do filme.

Na realizaçao Ronan tem aqui a sua estreia no leme com um peso incrivel de um dos maiores nomes no cinema, com o seu pai como muleta. Temos boas imagens o filme consegue muitas vezes captar o isolamento das personagens, mas o ritmo e muito lento.

No cast Day Lewis e um dos melhores atores da historia e aqui demonstra essa intensidade muito propria. Nao e a sua personagem mais trabalhada mas permite que os seus atributos surjam com alguma naturalidade. No restante cast temos uma serie de atores competentes mas o festival e de Day Lewis.


O melhor - ALguns momentos visuais cuidados

O pior - O ritmo inexistente do filme


Avaliação - C

Monday, December 01, 2025

Good Fortune

 Depois do sucesso total que Master of None teve nas comedias comicas seria uma especie de prazo curto percebermos a passagem do seu autor e ator Aziz Ansari para o cinema, desta vez em colaboração estreita com Seth Rogan. O resultado desta comedia foi criticamente interessante, mas comercialmente, mesmo com Keanu Reeves como ingrediente o resultado foi escasso, dando a clara sensação que e muito mais facil triunfar no streaming do que no sempre debatido mundo do cinema.

Sobre o filme podemos dizer que ele começa bem, com os ingredientes que fizeram de The Master of None uma serie de referencia, pela critica aos costumes, piada facil. Mesmo com a introduçao do seu antagonista o filme funciona no extremo, consegue ser engraçado mas percebe-se que perde muito do ritmo, quando entra na comedia a tres as coisas simplesmente deixam de ter graça e o filme perde-se na escolha de Reeves e pouco mais.

Fica a sensação que todos esperavamos uma mensagem muito mais forte na satira do que o filme acaba por conseguir ter. O problema é que o filme quer ser varias coisas tendo dificuldade em ser aquilo que inicialmente queria ser. Esta ambiguidade comica faz com que o ultimo segmento do filme seja claramente inferior e o inicio seja apenas uma boa ideia que acaba por ser desprediçada.

Por tudo isto Good FOrtune deixa um pouco sabor a quem gostou da serie do seu escritor e criador, fica a sensaçáo que o estilo é semelhante mas que se perde a mensagem. Nao sei se voltara a ter uma oportunidade desta ja que mesmo a escolha de Reeves como anjo Gabriel tinha tudo para funcionar em termos comicos mas parece tudo muito artificial, e para uma comedia isso acaba por ser mortal.

A historia segue um migrante nos EUA que tenta fazer com que economicamente seja possivel viver num pais de custo elevado, ate que conhece um magnata com a vida facilitada que um anjo decide mudar de vida para criar a empatia em ambos.

O argumento do filme ate poderia ter uma mensagem significativa como foi sempre tendo os filmes e series escritas por Ansari. Em termos de lado comico fica a ideia que o filme perde na primeira parte os melhores atributos e depois torna-se numa vulgar comedia de estúdio.

Na realização Ansari e conhecido pelo lado das series aqui com uma produção de alguma dimensão ao seu lado, fica a ideia que o filme não é propriamente muito trabalhado, seguindo o principio da televisão com pouco ou nenhum artefacto.

No cast temos Ansari no estilo habitual desajeitado, ao seu lado Rogen no seu estilo de humor e um canastro de nome Reeves a procura de espaço em papeis diferentes, tentando potenciar o contexto do seu estilo e pouco mais, num filme muito pouco de espetadores.


O melhor - A forma como o filme acaba por ter uma fase inicial bastante interessante


O pior - Desaproveitando indo de encontro a uma comedia mediana de humor.


Avaliação - C

 

Thursday, November 27, 2025

The Black Phone 2

 Nos ultimos tempos o primeiro episodio desta saga de terror foi um dos filmes mais valorizados e mesmo com melhores resultados comerciais, dai que seria facil prever uma sequela, com uma adaptação tendo em conta os acontecimentos do primeiro filme, mas com o mesmo registo estetico.Criticamente pese embora tenha novamente conseguido resultados interessantes ficou algo longe do sucesso do primeiro filme. Por sua vez comercialmente e tendo em conta o sucesso do primeiro capitulo os resultados foram muito consistentes e deixam questionar se não vai surgir um terceiro.

Sobre o filme um dos pontos que melhor funcionou no primeiro filme foi o lado cénico da personagem central, no seu lado de terror psicologico persistente. O filme necessitou de articular mudanças para fazer o seu elemento central aparecer e pode ser algo confuso todo o reagrupamento do filme. Fica a clara sensação que o filme nem sempre consegue ter o impacto desejado nesse momento.

Em termos de realização o lado fosco da abordagem acaba por ser uma escolha que funcionou bem no primeiro filme e volta a ter sucesso no seguinte. Fica a ideia que a personagem de Fynn morre um pouco, marcado pelo primeiro filme, mas isso acaba por deixar espaço a outros protagonistas, num filme intenso, que nem sempre consegue encontrar as linhas certas para se expressar.

Por tudo isto temos um filme claramente inferior ao primeiro, mesmo tendo alguns atributos que funcionam bem no primeiro filme que são potenciados no segundo. Nota-se a capacidade do realizador conseguir ir buscar os melhores momentos, em cada espaço. Nota-se a capacidade do filme de criar personagens, mas acaba depois por perder algum norte no que diz respeito a historia e a conjugação temporal

A historia segue as personagens do primeiro filme, anos depois e marcados pelo acontecimento do primeiro filme, quando em sonhos a irmã do protagonista começa a contactar com o passado da sua mãe, levando-a para um acampamento de neve onde algo grave aconteceu começando a interagir com os fantasmas do passado.

O argumento do filme acaba por ser o espaço onde a abordagem é menos forte. Fica a sensação que a mistura temporal nem sempre é a mais eficaz para aquilo que o filme quer transmitir. As personagens nao evoluem de filme para filme e acaba por ser o aspeto com mais dificuldade.

Derrickson e um realizador de terror que ja tentou outros espaços com menos sucesso, e volta ao espaço onde se sente mais confortavel e isso é evidente ao longo do tempo do filme. Nota-se a marca de autor numa franquia de sucesso de terror, onde soube usar bem o lado sinistro do seu protagonista.

No cast temos um Hawke desfarçado mas num papel iconico, sendo que ao seu lado temos dois jovens atores lançados no primeiro filme com carreiras diferentes Thames foi um dos atores comerciais do ano e tem a carreira lançada a jovem McGraw ainda tenta encontrar o seu espaço, embora seja ela o grande epicentro do filme.


O melhor - A forma como o filme acaba por usar bem o lado estetico do primeiro filme


O pior - A comparação com o primeiro filme, onde sai a perder


Avaliação - C+

Tuesday, November 25, 2025

Soul on fire

 O cinema religioso tem sido uma clara praga com diversas produtoras a crescerem e a lançar cada vez mais filmes por semana. Este filme trás-nos uma historia real de sobrevivência e acima de tudo de alguém que nunca desistiu. Com o cliche emocional da maior parte das escolhas, o filme teve dois anos na gaveta acabando por ser lançado, novamente  com criticas medianas, algo que é comum ao tipico registo deste género, sendo que comercialmente os resultados foram rudimentares.

Sobre o filme podemos dizer que a historia de base é interessante, desde logo os motivos do incidente, a resiliência familiar e mais que isso a forma como a comunidade de uniu para ajudar a familia. Na parte adulta temos um cliche relacional, com pouco ou nenhum conteudo, num estilo de telenovela de segunda linha onde os elementos individuais acabam por ser a maior adversidade do projeto.

Nota-se que o filme que ter um ar simpático, religioso, familiar exagerado, que faz com que os diálogos ou mesmo a forma sejam totalmente irrealistas, sendo um exercicio de maquiagem demasiado cliche para um filme de base. Infelizmente este tipo de cinema ocupa cada vez mais salas, sem que se perceba um ganho artistico concreto em termos de obras de referência.

Temos um filme sobre o fazer bem, emocionalmente facil de gostar, uma historia positiva, mas pouco mais. Interpretações e situações criadas para o impacto emocional maior, cheio de cliches narrativos e acima de tudo a ideia clara que o cinema de base já não necessita de muito para existir, ficando a clara ideia que tudo poderia ser feito por IA:

A historia segue um jovem que depois de um incendio em casa fica com grande parte do corpo danificado, mas com a ajuda da familia e comunidade acaba por sobreviver adaptando-se a uma nova realidade que conduziu a ganhos posteriores tornando-se numa figura de referência em palestras sobre acreditar.

O argumento do filme é um claro cliche de situações, para fazer a historia conhecida funcionar. Este e o registo das produtoras atuais, com pouca factualidade, mas com um objetivo concreto de fazer a emoçao e a pessoa funcionar.

Na realização temos McNamara um realizador de estudio, com muitos dramas de vida, que nos ultimos tempos tem-se aproximado de um cinema mais religioso, talvez por ter perdido algum espaço em termos de produtoras maiores. Pouco risco, e acima de tudo tentativa de fazer potenciar os contextos emocionais das personagens.

No cast Courtney foi um despredicio depois do sucesso inicial de Super 8 nunca se concretizou, acabando por se tornar num ator deste tipo de registo, com todos os problemas de conceito que isso trás. Nos secundarios atores arredados de grandes projetos a procura de minutos em filme com alguma dimensão comercial.


O melhor - A historia e interessante


O pior - O filme acabar por ser um conjunto de cliches


Avaliação - C-

Light of the World

 Num mundo cada vez mais polarizado o cinema cristão de base tem conseguido cada vez mais adeptos e acima de tudo mais produções no sentido de passar a mensagem da historia de jesus, sendo o segundo filme este ano com esse objetivo. O filme num estilo de animação mais tradicional, passou com mediania na critica, com um propósito unico igual a muitos outros, ou seja, chegar com a palavra de jesus a mais gente. Comercialmente os resultados foram residuais, porque a historia já é conhecida e acima de tudo a animação não e propriamente a mais apelativa.

Sobre o filme podemos dizer que são diversos os filmes que tratam da mesma história, relativa aos últimos dias de  Jesus Cristo, mudando apenas a perspetiva, sendo que tudo o resto são as passagens bíblicas que todos conhecemos, numa tentativa simples e estética de chegar aos mais pequenos, sem qualquer tipo de inovação ou introdução significativa.

Um dos pontos que o filme parece estar desatualizado é claramente no nivel produtivo muito precário, quando comparado com outros filmes do género que foram sendo lançados com resultados já eles demasiado pequenos, o que nunca poderia ser impulsionador para o que o filme aqui tenta ser.

Enfim um filme que marca o seu apontamento religioso, com pouca ou nenhuma inovação, algo que cada vez mais é comum, e sem qualquer risco, na abordagem. O cinema tem que ser mais ambicioso do que marcar um ponto num filme que ja vimos com todas as roupagens possiveis, que é interessante para quem acredita mas nada de novo para todos os outros.

A historia traz-nos o ponto de vista de João naquilo que é o aparecimento e os ultimos dias de Jesus, até aos acontecimentos que todos conhecemos sobre a condenação e morte do messias.

O argumento é o conhecido de todos, nos primeiros dez minutos tenta introduzir com um lado mais humano as personagens, mas acaba rapidamente por desaparecer para deixar os acontecimentos bíblicos funcionarem por si só, o que nos parece claramente curto para um novo filme.

A animação fica a cargo de dois obreiros da disney de base que foram desaparecendo pelo menos sem grande evolução que tem um projeto, esteticamente desatualizado do primeiro ao ultimo minuto. Existe momentos em que o cinema é ligado a sua data.

No que diz respeito ao cast de vozes, podemos dizer que temos escolhas simples, de atores desconhecidos com frases feitas que também não permitem uma evolução particular. Num filme que mais parece uma produção baixa para preencher aulas de catequese.


O melhor - Os primeiros dez minutos indiciam um filme diferente


O pior - Mais do mesmo


Avaliação - D+

Monday, November 24, 2025

In Your Dreams

 É conhecido o fascínio da NEtflix pelo terreno da animação onde começaram a ter alguma força inicial quando surgiram, dai que os seus projetos são sempre filmes que lançam alguma expetativa, contudo nos ultimos anos, principalmente a força critica tem-se perdido um pouco. Este ano surgiu este filme sobre sonhos e irmãos que acabou por ter avaliações positivas sem ser entusiasmantes, contudo comercialmente com as maiores apostas da aplicação para os oscares escondeu-se um pouco no catalogo.

Sobre o filme podemos começar por dizer que acaba por funcionar no lado mais emocional e moral, naquilo que é o sublinhar da relação entre irmãos, numa conjugação da magia dos sonhos com a realidade. Fica a sensação que o filme é sempre mais divertido e curioso na realidade do que quando embarca na imaginação dos sonhos onde as ideias se perdem um pouco e o filme divaga mais.

E um filme famaliar, ligeiro, sem a força moral dos filmes de animação da historia, mas um filme com bons momentos, cum uma premissa de conflito que é curiosa, com alguns apontamentos de estetica nos sonhos também interessante, acaba por ser um filme positivo, sem nunca ser deslumbrante ou sublinhar aquilo que quer transmitir. E um filme para passar o tempo bem, mais do que nos lembrar-mos dele para a eternidade.

Pode ser um filme de natal para a familia, principalmente pelo lado ligeiro e pela temática claramente familiar. E um filme com um humor facil, principalmente entre irmãos, e com uma mensagem positiva de união familiar acima de tudo. Falta algum rasgo de espontaneadade ou uma criatividade emocional mais forte, mas cumpre os seus objetivos.

A historia fala de dois irmãos que prespetivando a eventual separação dos pais, entam encontrar o senhor dos sonhos para o mesmo cumprir os seus desejos, o qual reside nos sonhos durante a noite dos mesmos.

O argumento e fragmentado entre o mundo real e imaginário, onde funciona claramente muito melhor no primeiro nível de analise. No segundo a creatividade centra-se em alguns cenarios e a previsibilidade do twist nao permite que o filme se conduza para um nivel mais elevado.

Na realizaçao temos uma dupla que se estreia em equipa e em longas metragens. O filme é colorido, de estudio, com pouco risco, em que a abordagem não é protagonista. Acaba por isso deixar o filme ser eficaz, mesmo sem grande arte. Para primeiro filme cumpre, veremos o que vem depois.

No cast de vozes como vi a versão portuguesa nada irei comentar sobre a escolha original de vozes.


O melhor - Uma mensagem positiva

O pior - Pode ser algo previsivel nos momentos em que tenta não o ser


Avaliação - B-

Saturday, November 22, 2025

The Senior

 A Angel Studios tornou-se na produtora dos costumes tradicionais norte americanos, o que conduz a filmes que muitas vezes ficam muito tempo no arquivo que vejam a luz do dia, dando tempo de antena a atores de uma segunda linha e normalmente em fases apagadas. Este ano foi este drama desportivo que viu a luz do dia, com criticas medianas e comercialmente também longe do fulgor que a Angel pensa que tem nos seus temas mais fortes.

Sobre o filme temos a historinha tipica, totalmente ficionado do primeiro ao ultimo minuto para louvar um feito incrivel de resiliência e busca do designio. Alias em termos artisticos o filme na sua essência não existe vivendo do feito que o filme quer relatar e ai não podemos como nao valorizar a historia que conta, mesmo que para isso tenhamos um mar de cliches, mas no meio de tudo sem grandes dos chavões da Angel.

Claro que estamos perante um filme que arrisca zero, e uma telenovela de domingo a tarde que pede zero aos seus interpretes, que cria as situações para o lado basico das escolhas e em termos produtivos a ANgel nao gosta de grandes budgets que forma a minorizar perdas. E daqueles filmes standart para ocupar hora e meia com uma historia interessante e pouco mais.

E neste particular pode residir em muito aquilo que a Angel nos dá nos dias de hoje, filmes totalmente previsiveis em todas as vertentes, sem qualquer risco que tem como designio contar uma historia de alguem filiado. Neste caso o filme limita-se ao essencial, sem grande ambições ou atributos para ser mais do que uma passagem.

A historia fala de um indivíduo que não concluiu a universidade e acima de tudo a passagem pelo futebol americano universitário, pelo seu perfil conflituoso, que muitos anos depois volta a universidade para cumprir o que falhou na primeira fase.

O argumento do filme tem uma historia de vida e desportiva muito relevante, que o argumento adorna com uma serie de cliches para ser ainda mais impactante e emocional, mesmo que sem grande qualidade ou atributos narrativos.

Na realizaçao temos Rod Lurie um experiente realizador que foi ficando sem espaço, mesmo não tendo filmes na sua coleção particularmente relevante e que encontrou na Angel um espaço para continuar a trabalhar, em piloto automatico e sem grandes momentos diferenciadores.

No que diz respeito ao cast, parece claro que o desastre do primeiro Fantastic Four marcou negativamente a carreira de Chiklis, que passou a um secundario quase desconhecido. O filme tem outros atores que tiveram alguns momentos mediaticos mas fica a sensação que este tipo de filmes nunca potencia qualquer tipo de estetica.


O melhor - A historia de base e os seus méritos

O pior - Um cinema chiclet puro


Avaliação - C-

Friday, November 21, 2025

Kiss of the Spider Woman

 Quarenta anos após um curioso filme ter conseguido dar a William Hurt o oscar de melhor ator, eis que surge o seu novo remake, com uma versão claramente mais musical, tentando potenciar todo o lado musico e dançável de Jennifer Lopez, sob a condução de Bill Condon, uma referência nos musicais modernos. O filme estreou na fase final do ano com algumas ambições de prémios sendo que criticamente o filme teve boas criticas mas não com grande entusiasmo. Comercialmente o resultado foi totalmente desastroso em todos os sentidos, denotando-se claramente que o original teve todo o impacto esperado.

Sobre o filme podemos começar por dizer que o lado politico e as sequencias da prisão e da ligação entre as personagens até acabam por ser interessantes na forma como o filme cria essa quimica entre os dois personagens. O que fica a ideia e que o lado do filme pensado surge pouco enquadrado no filme, mesmo no lado metaforico que quer ter e isso acaba por ser segmentos musicais, bem coreagrafados, pequenos, as que acaba por nao ser propriamente impactante no seu real significado.

Musicalmente também não estamos perante um filme muito forte, fica a ideia que as músicas os cenários são pensados, mas o pequeno budget do filme parece condicionar totalmente o impacto que o filme quer ter. Existe momentos em que parece que temos dois filmes que nunca se juntam e isso para um titulo com ambições não é propriamente um cartão de visita muito interessante.

Por tudo isto fica a homenagem, fica a roupagem nova, mas fica um filme claramente muito distante do caracter mais mitico do filme de base. E um um remake com alguns elementos cénicos mais desenvolvidos mas percebe-se que o fato do filme ter ficado algo ausente do lado mais divulgado percebeu-se que na maior parte dos pontos o filme seria pequeno.

A historia segue um cableireiro homossexual que é preso e introduzido na cela de um ativista politico de forma a tentar ganhar a confiança do mesmo e tentar perceber quais os objetivos do mesmo, mas a relação torna-se mais proxima quando juntos idealizam um filme para passar o tempo.

O argumento do filme até pode ter uma ideia forte, mas fica a clara ideia que o filme não consegue fazer funcionar a ponte entre os dois apontamentos  e as duas realidades. Todos os toques são demasiado subtis para fazer o filme ter o impacto ideologico esperado.

Na realização COndon e um dos senhores dos musicais, quer em argumentos quer na realização. Ao longo do tempo o seu cinema foi ficando mais distante do lado mais comercial, mas foi buscar alguns dos melhores projetos. Aqui podemos perceber o lado musical, sem grandes meios mas pouco mais.

No cast temos Tonatiuh a dominar o filme, num papel que foi oscarizavel, mas aqui e um claro apontamento queer ainda mais tendo em conta o simbolismo do interprete. Sente-se confortável no registo embora muito menos iconico e surpreendente do que o papel de base. Lopez funciona no lado musical, Luna sente-se algo perdido no estilo.


O melhor - Os pequenos momentos musicais


O pior - A ligação entre partes


Avaliação - C

Wednesday, November 19, 2025

Roofman


Outono é sempre uma época de projetos mais escondidos, que surgem com uma dualidade de não ser uma aposta concreta mas com alguma expetativa. Acabou por ser esse o contexto deste filme que nos trás uma historia curiosa de um assaltante, baseado numa historia real que conseguiu boas criticas, principalmente tendo em conta o seu tom ligeiro. Comercialmente com um bom elenco os resultados foram medianos, embora ficasse a sensação que poderia valer mais.

Sobre o filme podemos dizer que um dos pontos que mais impressiona acaba por ser a capacidade concreta de nos levar para os anos 90 e para a distância tecnlogica quando comparada com os dias de hoje, e isso o filme faz bem, e com um rigor assinalável que poderia ser difícil.

Outro ponto positivo do filme acaba por ser a curiosidade da historia e a forma como tudo se torna mais curioso no detalhe, principalmente quando a personagem começa com a vida dupla e na forma como os seus detalhes caracterizam bem o lado materialista da personagem, sem entrar em grandes reflexões e deixando a sua forma de agir detalhar tais características.

Por tudo isto este é um filme competente, que mesmo sendo ligeiro consegue cumprir mesmo as metas mais maduras que o filme acaba por ter. Claro que tem muitos momentos que aligeiram o filme, numa clara roupagem de comedia, mas que acaba por fazer o projeto funcionar, mesmo sem a densidade para mais altos voos.

A historia fala de um ladrão de telhados, que após ter sido detido, e completamente isolado, decide fugir e começa a residir dentro de uma Toy’r Us ao mesmo tempo que inicia uma outra vida com uma funcionária, até que o seu passado reaparece.

O argumento do filme tem uma base muito curiosa que acaba por ser o epicentro da história. Seria difícil não aproveitar o insólito real. No resto o filme procura aligeirar a abordagem e acaba por perder alguma densidade ou algum moralismo, mas funciona como comunica com o espetador.

Na realização Ciafrance quando surgiu surpreendeu pela densidade dos seus filmes, mas com o tempo foi perdendo algum do fulgor, principalmente depois de alguns dos seus filmes com mais expetativa tivessem ficado algo na sombra. Aqui o trabalho produtivo de nos levar para os anos 90 é incrível embora o resto seja demasiado pensado para um filme familiar.

No cast Tatumm tenta atualmente reconstruir a sua carreira com mais risco, mas ainda tem dificuldade em despir o lado e Good Guy. Nota-se a tentativa de reinventar de fornecer novos dados mas ainda não cumpre por completo. Dunst tem o lado amargurado que a personagem quer ter, e Dinklage dá o lado comico ao filme.

 

O melhor – A transformação dos anos 90

O pior – O filme procura um lado suave que lhe tira alguma densidade

 

Avaliação – B-

Monday, November 17, 2025

Frankenstein

 Anunciado como um dos acontecimentos cinematograficos do ano, a visão de Guillermo del Toro de Frankenstein viu a luz do dia como uma das apostas maiores da Netflix neste temporada de premios. As criticas positivas impulsionaram o projeto e comercialmente a Netflix fez do filme a sua bandeira comercial com resultados até ao momento impressionantes, podendo ser o impulso necessário para ser uma presença concreta na noite dos Oscares.

Sobre o filme começamos por onde Del Toro nunca falha, no plano visual, cada cena, cada sequencia é pensada ao limite do impressionismo estético e o filme nisso é irrepreensivel ficando a ideia que merecia um ecrã muito maior do que propriamente a televisão de streaming consegue dar. Ao longo das mais de duas horas e meia temos tudo, e acima de tudo temos diversos postais para quem gosta de cinema de eleição.

Onde o filme está longe de ser brilhante acaba por ser no ritmo, demasiado lento, demasiado refletido para o genero, fazendo o filme adormecer em demasiadas vezes, principalmente no caracter circular da parte inicial do conto da criatura. Fica a sensação que já vimos em termos de historia Del Toro fazer mais, mesmo com bases rigidas como de uma historia conceituada, parece-nos que o filme tem algum receio de trazer novos elementos ou mesmo uma visão mais propria.

Por tudo isto este acontecimento, mesmo sendo um bom filme, não nos parece uma obra de referência sublinhada pela dificuldade de ritmos, fica a ideia que o filme não seduz o suficiente, é um filme com muitos bons elementos mas em que a parte parece sempre ser mais impactante do que o filme todo em si, não obstante de Del Toro como sempre deslumbrar naquilo que melhor sabe fazer que é criar imagens.

A historia segue a criação de um monstro de raiz por parte de um medico com ambiçao de mudar o mundo, até que a sua criação acaba por sair fora do seu controlo levando-o ao desespero sobre as consequencias do que fez.

A historia de Mary Shelley é um debate ético levado ao máximo, e o filme tenta ser fiel ao estilo do livro apetrechando o lado estetico. isso faz com que o filme adormeça nos ritmos e mesmo na forma como se partilha. E no guião que o filme tem a sua maior dificuldade.

Na realização DelToro é um dos maiores realizadores do momento e tem o toque de abrilhantar todas as cenas que idealiza como poucos, mesmo entrando no estilo de cinema de base dele, com o horror psicologico. E um dos grandes do cinema e aqui prova-o na sua tarefa mais concreta.

No cast Isaac tem a loucura necessária e a dualidade de Viktor. Nunca me pareceu o ator mais carismatico do mundo, mas é funcional e intenso. Os olhos estavam todos em Elordi um dos atores do momento, com uma caracterização levada ao extremo que funciona pela sua altura e pela forma como o filme aproveita mais a sua estatura do que propriamente pela dificuldade de um papel que no entanto entrou no lado positivo da critica


O melhor - O lado visual de Del Toro

O pior - Os balanços de ritmo do filme


Avaliação - B

Saturday, November 15, 2025

A Merry Little Ex-mas

 Nos ultimos anos existe uma nova tradição de Natal Netflix, que é ir buscar uma serie de atores perdidos no tempo, e dar-lhes uma especie de comedia romantica de Natal em busca de dinheiro facil, náo obstante das mas avaliaçóes e do péssimo momento de forma dos seus interpretes. Este ano surgiu este peculiar filme com algum sucesso comercial e um desastre completo critico.

Sobre o filme podemos dizer que quem viu o fenomeno Hallmark sabe perfeitamente o tipo de filme que vamos encontrar, esteriotipos, tradições natalicias, uma vila pequena e acima de tudo uma comedia romantica escrita por inteligencia artificial, e temos um produto para render visuaçlizações numa aplicação de massas.

O que fica mais no filme foi a forma como longe da fama tantos atores envelheceram tão rápido. Ao contrario da maioria dos atores de Hollywood pensamos que os seus interpretes são muito mais velhos do que realmente são. Fica a ideia que os anos longe do ecrã conduziu a uma forma fraca de interpretar e tudo nos parece mau deliberadamente quando sabemos que o objetivo comercial seria distinto.

Tudo bem que é uma nova tradição, mas talvez um fenómeno que todos tínhamos de esquecer rapidamanente. Porque o que nos passa pela cabeça em todos os momentos do filme é como é que eles envelheceram tão rapido e tão mal e isso nunca será um bom cartão de visita para qualquer tipo de filme.

A historia fala de um casal em divorcio que se junta para um ultimo natal, não obstante das novas relações assumidas, até que começam a descobrir que o que tem em comum é muito mais do que o que realmente os separou.

Em termos de argumento, humoristicamente um floop total, fica a sensação que o filme nunca se encontra. Mais que isso fica a ideia que o restante e um basico filme romantico escrito por inteligencia artificial o que é muito pouco para os dias de hoje.

Na realizaçao Carr foi sempre um mau realizador de comedia que alimentou a carreira na sombra dos filmes de Sandler, principalmente os mais fracos. Tenta efetuar algum humor fisico com camara mas sente-se perdido ainda nesses momentos. Talvez por isso seja o tarefeiro para este tipo de filmes.

No cast Silverstone foi uma das estrelas desaparecidas de Hollywood e envelheceu pessimamente. Nunca foi uma atriz com recursos mas agora nem o lado estetico a favorece, algo que poderia ser totalmente copiado nos interpretes mais famosos do filme.


O melhor - O inicio do espirito natalicio

O pior - A falta de capacidade de fazer humor minimo


Avaliação - D-

Finding Joy

 Fica a sensação que nos ultimos tempos Tyler Perry e o seu cinema para massas da população afro americana tem deambulado pelas diversas aplicações de streaming de forma a obter fluxo dos seus filmes cada vez em maior numero. Criticamente o resultado é sempre muito parecido com avaliações essencialmente negativas. Comercialmente este tipo de produto tem uma população alvo que normalmente o circunscreve

Sobre o filme no inicio temos uma introdução de telenovela típica do registo de Perry, diversas personagens, estereótipos fáceis e rapidamente percebemos o que o filme nos vai trazer. A questão muda quando o par romântico entra em ação em que o filme fica monocórdico, sem ritmo, situado em diálogos intermináveis e básicos entre as duas personagens que acabam por ocupar a duração quase completa do filme.

O filme perde alguma da descontração inicial, fica a sensação que o filme quer ser uma comedia, rapidamente percebe que não tem muita graça e tenta ser romântico através das palavras, pese embora fique na maior parte do tempo a sensação que o filme deambula entre géneros sem nunca se encontrar, mesmo para o estilo Perry ja vimos formato mais simples e mais diretos.

Por tudo isto mais um projeto igual a muitos de Perry, conhecido por ser um realizador de filmes medíocres para a uma população concreta que acaba por ser mais um entre muitos, com poucos elementos diferenciadores com um cast muito mais medíocre e acima de tudo a sensação que a procura do dinheiro fácil e a única ambição do realizador.

A historia fala de Joy uma aspirante a modelista que acaba por tentar encontrar o seu amor, quando apos um desgosto amoroso se perde na floresta e é resgatado por um surpreendente individuo preso numa cabana que lhe vai dar uma nova forma de ver a vida.

Em termos de argumento uma serie de ideias vulgares pouco trabalhadas, num filme com ritmos diferentes. Uma primeira fase de telenovela de segundo nivel e uma segunda fase de dialogos longos sem grande desenvolvimento que acaba por se tornar demasiado repetitiva.

Na realizaçao Terry tem uma forma demasiado pensada para televisao dai que tenha encontrado o seu norte no streaming onde tem pouca necessidade artistica, mas acima de tudo parece que deixa as personagens e os seus esteriotipos funcionarem. Por tudo isto tem um espaço proprio e pouco revelante criticamente

O cast do filme acaba por ser um conjunto de atores desconhecidos, afro americanos a procura de espaço. O filme tem personagens esteriotipadas e nunca consegue que as interpretaçoes tenham qualquer sublinhado. Esquecemos ja os nomes dos interpretes


O melhor - Os primeiros quinze minutos de cinema facil de Perry

O pior - QUando tenta complicar com palavras


Avaliação - D+

Friday, November 14, 2025

Playdate

 Aproximando-se a epoca natalicia e de ferias e com as familias a ficar mais por cada é esperado que as aplicações de streaming apostem por um lado nos ja tipicos filmes de natal, mas tambem em alguns conceitos de ação comedia para toda a familia como é o caso deste brocom que foi aposta deste mês da Prime com o sempre presente Kevin James e com Alan Ritchson um dos atores iconicos da aplicação. Comercialmente este tipo de projeto até pode ser bem recebido mas criticamente foi um desastre com algumas das piores avaliaçoes do ano.

Sobre o filme ora bem quem está habituado ao registo tipico do cinema de James, pois bem, mais do mesmo mas com o lado do humor idiota a ser amplificado ao seu limite maximo. Em termos comicos um humor fisico desatualizado, na maior parte do tempo repetitivo que faz com que muitas das gargalhadas nunca sejam propriamente presença no filme pese embora ele seja quase sempre o único objetivo do filme.

Por outro lado a historia que junta vizinhos, clonagem e mestres da tecnologia numa salgalhada de momentos, ligações que não transmitem nada, a não ser o lado FF de algumas cenas para potenciar humor que parece videos caseiros dos anos 80, num autentico festival de cinema comico de ma qualidade.

Claro que este registo acaba por ser a carreira quase toda de James, que continua a ter espaço para novos filmes, com as ideias repetidas e sem nunca conseguir dar ao seu filme qualquer novidade no estilo. Um estilo que está desatualizado faz anos que aqui demonstra que com o tempo se torna cada vez pior.

A historia segue um padrasto que se tenta ligar ao seu enteado, até que tropeçam numa díade semelhante com o qual se ligam, mas percebem que estes, com muitas particularidades estão a ser seguidos por um grupo criminoso com intenções maquiavelicas.

O argumento do filme é um disparate do primeiro ao ultimo minuto, na base, na execução, no humor que tenta escolher, fica sempre a ideia que o filme não consegue nunca ser original e funcional. Nos dias de hoje exige-se muito mais do humor e acima de tudo ideias novas.

Na realizaçao temos Luke Greenfield um habitue no estilo de humor convencional, que acaba por ficar na maior parte do tempo associado a filmes serie B com pouca expressão artistica. Aqui temos o lado ridiculo com que faz os movimentos rapidos de imagem serem protagonistas sem qualquer tipo de sentido.

No cast James é o que sempre foi, humor fisico do nerd pouco integrado que aqui remete pela enesima vez. Ao seu lado Ritchson tenta procurar no humor o balanço ao lado mais fisico do cinema de ação mais comum no seu percurso. Um estilo que já estamos habituados noutras figuras do genero.


O melhor - Pouca duração


O pior - A incapacidade do filme conseguir ser minimamente engraçado


Avaliação - D

Thursday, November 13, 2025

Hedda

Baseado numa peculiar peça de teatro a Amazon Prime lançou neste final de ano um peculiar filme sobre uma especie de nobreza relacionada com uma casa onde interesses amorosos diversos se vão relacionando. o filme com uma realizadora que já teve algum conceito até adquiriu algumas boas avaliações criticas, mas comercialmente fica facil perceber que não é o tipo de projeto de sucesso de streaming normalmente apostado em provocar sensações mais no imediato.

Sobre o filme temos imensas personagens, com diversos objetivos que se cruzam numa festa evento, com diversas aproximações e recuos, numa escalada lenta que torna o filme, principalmente nos seus primeiros momentos algo monotono, e difuso nos espaços que quer dar a cada uma das personagens. isso torna o filme demasiado vago e perde muitas vezes o contacto que quer ter com o espetador.

Nota-se que da Costa quer ter um filme intimista, com muitos apontamentos no seu estilo disruptivo depois de ter tido dificuldade em sublinhar o seu estilo em filmes mais comerciais, mas a fuga ao simples torna o filme complicado de seguir, sem nunca conseguir, principalmente na parte final ir retirar a intensidade esperada a escalada rapida de acontecimentos, que torna o filme quase um ato falhado.

Por tudo isto temos um filme que tem muita dificuldade em pautar ritmos, um filme que na maior parte do tempo se parte e que tem muita dificuldade em ir minorando os danos causados por um inicio demasiado perdido e vago. O cinema deve causar impacto e ficamos demasiado tempo neste filme a procura do que ele quer transmitir, se calhar por isso o Streaming foi a via direta escolhida.


A historia segue um evento organizado por um peculiar casal, com muitas pessoas com outro tipo de ambições tendo em vista ficar com uma propriedade, num jogo do gato e do rato numa intriga entre diversos elementos por ambiçoes proprias.

O argumento do filme é confuso, existem peças de teatro que pelo movimento solto das personagens funcionam mas que como filmes tem dificuldade de ir buscar a sua essencia, e este filme tem essa clara dificuldade porque se perde em preciosismos que pouco dão a historia base do filme.

Nia daCosta foi uma das promessas de Hollywood que falhou quando abraçou o projeto Marvel, teve de dar muitos passos atras, tentar ir buscar a sua essencia artistica, mas aqui perde-se em apontamentos colaterais que tiram alguma força ao filme. Vai ter de reconstruir a carreira doutra forma.

No que diz respeito ao cast Thompson foi daquelas atrizes que fulgor rapido, esteve no epicentro depois do sucesso de Thor mas foi perdendo fulgor tornando-se numa atriz serie b que tem aqui um protagonismo mais de tempo que intensidade da personagem. Nos secundarios fica a sensação que falta um as de trunfo que leve o filme para os melhores momentos que acabam por ficar a cargo, ainda assim de Nina Hoss

O melhor - O lado teatral do filme

O pior - O lado vago que o filme tem na maior parte da sua duração

Avaliação - C-

Tuesday, November 11, 2025

Ballad of a Small Player

 A Netflix apostou tudo este ano com um lançamento quase semanal de filme com ambições a prémios de realizadores que estiveram presentes nos ultimos anos, com os seus novos projetos num forcing total para conseguirem ganhar o premio mais ambicionado na corrida. Uma das apostas foi este filme de Edward Berger, após o sucesso de Conclave sobre o mundo do jogo em Macau. Com muita expetativa o filme ruiu rapidamente com as pessimas criticas para um candidato, e em termos comerciais com o lançamento de Frankestein perdeu a primeira fila da aplicação.

Sobre o filme podemos dizer que Berger é um grande realizador, a sua forma unica de captar imagens, personagens, cor e intensidade fazem a primeira hora de filme resistir enquanto seguimos a loucura desorganizada da personagem central, que deixa sempre o filme desorganizado, não sendo percetivel para onde vai e como, e isso acaba por dificultar o impacto final do filme.

Com a sua reorganização o filme vai ganhando melhores momentos e o final retifica quase todas as perguntas que fazemos ate então, com uma redenção da personagem inesperada que faz o filme surpreender o espetador que até então gozava apenas o lado estetico impressionante que o filme acaba por ter na sua base.

Por tudo isto, este mal amado, tem bons momentos, tem realizador e uma interpretação de base de primeira linha. Pode ter ideias desorganizadas, pode no final já ir tarde para as organizar. O lado rebelde do filme pode ser demasiado para alguém com ambiçoes academicas, mas o filme transmite coisas e principalmente é feito para impressionar esteticamente.

A historia trás-nos até Macau dos nossos dias, num ambiente de jogo e um perdedor emaranhado em dividas em que a sua vida muda quando conhece uma estranha nativa que o faz mudar a prespetiva e acima de tudo alterar a sua sorte.

O argumento do filme tem muito lado asiatico no lado mistico, com muitas superstições que faz esconder um pouco dos seus objetivos. Quando procura ser mais claro na sua mensagem alguns ja podem se ter perdido na hiperatividade do filme, mas o filme reorganiza um filme com as ideias competentes para o que quer.

Na realização Berger tem sido um dos realizadores mais ativos e com melhores avaliações dos ultimos anos. Com mais meios e com o olho do falcão em cima de si, trouxe um filme bonito, luz, excelentemente realizador, sendo dificil de perceber as criticas constantes ao filme. Nota-se um toque na procura do detalhe obsessivo mas esse e um traço de autor de primeira linha.

No cast Farell e um dos atores do momento, com uma interpretação impressionantemente ativa, muito própria. Nota-se que pode ser um bocadinho em demasia, mas é em termos interpretativos one man show. Perde por o filme ter sido mal recebido ja que estamos perante uma das interpretações mais diferenciadas do ano, de um realizador numa forma incrivel.


O melhor - O lado estetico do filme.


O pior - A primeira hora pode ser mais rebelde do que efetiva


Avaliação - B

The Hand That Rocks The Cradle

 33anos depois de Curtis Hanson nos ter brindado com um filme intenso sobre desejo de vingança e um thriller de qualidade forte, eis que surgiu o seu Remake, adaptado aos novos tempos, com um novo elenco e acima de tudo preparado para uma aplicação como a Hulu. Para alem do filme de base o filme não conseguiu propriamente impressionar, ao contrário do seu filme de base, com avaliações criticas medianas. Comercialmente a estratégia foi diversificada quer com lançamentos imediatos na aplicação quer com um atraso em termos europeus, mas nunca seria um filme para grande impulso comercial.

Eu confesso que gostei bastante do primeiro filme, intenso, com as personagens a encaixar naquilo que o filme necessitava, o que neste filme as coisas não encaixam tão bem, desde logo num passado difuso que apenas nos ultimos minutos conseguimos compreender o que aconteceu em concreto, com as personagens a ir de um extremo ao outro muito rapidamente e as personagens demasiado vocacionadas para um esteriotipo dentro das suas existências.

O que torna este filme claramente inferior ao primeiro é a tensão entre personagens, com o primeiro a ser claramente mais negro. Aqui fica a sensação que tudo se vai resolver com uma conversa, mesmo quando o filme se torna mais agressivo e esse lado mais colorido encaixa pior no estilo de cinema que o filme tem por base. Na parte final a escalada e muito rapida e os secundarios parecem sempre algo perdidos no filme.

A tarefa de efetuar um remake de um filme de sucesso parece sempre arriscada porque a fasquia esta muito elevada, independentemente da idade do primeiro filme. Aqui temos uma copia com muito menos qualidade, com a mesma base mas longe do sucesso ou efetividade na comunicação com o espetador do primeiro filme. E um telefilme com a maior parte dos defeitos do formato.

A historia segue uma familia que com o nascimento do segundo filho necessita da ajuda de uma Babysitter a qual começa a ser integrada na familia começando a surgir acontecimentos que colocam em causa a confiança nos reais propósitos da mesma.

O argumento do filme é semelhante ao primeiro filme na base, ou seja, alguem com um proposito desconhecido infiltra-se numa familia para procovar dor. Em termos de preenchimento fica a sensação que o filme esvazia por completo os secundarios que são importantes no filme de base. A gestão dos desenvolvimentos ritmicos do filme não são brilhantes.

Na realizaçao deste projeto temos Michelle Cervera que nos da um filme muito mais colorido, menos intenso, demasiado focado nas personagens e na forma destes reagirem facialmente. Nao temos propriamente uma realização com ambiçoes de autor num estilo telefilme de desgaste rapido.

No cast Monroe tentou ganhar o impacto que DeMornay teve no primeiro filme, mas intensidade e principalmente a dualidade ficam longe. Parece sempre uma personagem com o mesmo semblante mesmo nas oscilações. Winstead foi sempre uma promessa não cumprida e aqui é intensa, mas falta-lhe carisma, num filme a dois com nenhum espaço para os restantes.

O melhor - A intensidade dos ultimos dez minutos.


O pior - Ser um filme muito pior que o seu filme de base


Avaliação - C-

Saturday, November 08, 2025

Good Boy

 Numa altura em que cada vez mais os animais tem assumido um papel relevante no que diz respeito à forma como interpretam eis que surge cada vez mais filmes em que os protagonistas deixam de ser humanos para ser animais, sendo este um claro filme adulto desta natureza. Depois de quatro anos de produçao o filme foi lançado em festivais menores com resultados criticos interessantes. A curiosidade em torno do filme conduziu a que conseguisse uma boa distribuição com resultados bem melhores do que as expetativas iniciais criadas.

Sobre o filme podemos dizer que se trata de um projeto inovador com alguns elementos de terror com o animal e a sua prespetiva sobre a perda como principal elemento. O filme pode parecer na maior parte das vezes demasiado monotono, talvez por isso não consiga mais que a hora e dez de duração porque sabe que os ritmos baixos do filme não permitem outra intensidade.

O ponto que nos parece mais importante no filme é a prespetiva, a vertente ideologica de nunca querer trazer personagens humanas o que torna o filme diferente sem que isso seja sinonimo de qualidade. A ideia que a base do filme não tem grande capacidade de desenvolvimento acaba por levar o filme para um ritmo quase sempre demasiado pausado.

Por tudo isto mais que um bom filme, um filme acontecimento pela sua base. Deve ser sublinhada a capacidade do filme ir buscar nos seus elementos mais naturais a originalidade de uma abordagem dificil, embora fique a ideia que quando analisamos o filme no seu registo final falta alguma coisa e parece que o filme tem dificuldade em aguentar uma duração ja de si curta.

A historia segue um cão e a ligação ao seu dono, um jovem doente terminal que se refugia num ex-casa da familia onde os fantasmas do passado assolam a existência prespetivava pelo canideo nos ultimos dias de vida do seu companheiro.

O argumento tem uma base narrativa original, mas fica a clara ideia que por vezes o filme não consegue ir para alem disso. Era sempre dificil colocar de lado o lado humano e querer ritmo mas o filme roda uma ideia so e isso isola um pouco alguns elementos do filme.

Na realizaçao este e ate ao momento o projeto de uma vida de Ben Leonberg, que dedicou-se quatro anos com o seu cão num filme pessoal, que pela originalidade tornou-se noticia. Nao sabemos o que se segue mas o lado exprimental esta bem vincado.

No cast temos apenas um cão, sempre o mesmo, que e o heroi do filme, consegue transmitir mensagem ao espetador e isso e o que de melhor podemos avaliar de uma interpretação animal.


O melhor - A ideia original

O pior - Mesmo com uma duração curtissima tem muita dificuldade no ritmo


Avaliação - C+

Friday, November 07, 2025

Dead of Winter



 

O gelo do norte americano por si só é sombrio em qualquer filme, principalmente quando os projetos querem transmitir algumas sensações de claustrofobia. Este pequeno filme estreou com alguma projeção, pese embora seja pequeno, muito por culpa de uma resposta critica interessante. Comercialmente as coisas foram bem mais modestas com resultados rudimentares que não permitiram que o filme passasse algo silencioso nas salas de cinema.

Sobre o filme podemos dizer que temos uma abordagem narrativa simples, ou seja uma psicopata, pronta e obstinada em conseguir os seus intuitos e uma vitima e uma pessoa no sitio errado a tentar contrariar essa intenção. Na base o filme é do mais simples que pode haver, existindo mais força naquilo que é a construção da personagem, principalmente pelo seu passado e naquilo que é a intensa interpretação da vila.

Não obstante destes pontos poucos elementos para alem da neve conseguem ser diferenciadores de um filme que sabe as suas limitações, não o quer, nem consegue contornar. Da ao filme um estilo próprio muito visual com a neve mas pouco mais. Nota-se que a personagem central é preparada para suportar o filme, mas sempre com a sensação que falta alguns pontos à sua execução.

Por tudo isto um filme normal, que ocupa o seu espaço sem grande pretensiosismo, um filme que na maior parte do tempo da prevalência ao seu espaço, a caracterização mesmo física das suas personagens, mas acima de tudo um filme pequeno que se calhar viu-se a balançar em criticas positivas quase sempre melhor do que o filme na realidade acaba por ser.

A historia segue uma viúva que para cumprir a promessa ao seu ex-marido acaba por embarcar numa viagem até ao gelado lago, e tropeça num plano maquiavélico de um casal para salvar a vida do seu elemento feminino sacrificando uma jovem raptada, numa luta posterior entre o gato e o rato.

O argumento do filme é simples, direto, poucos atalhos. Nota-se a preocupação em blindar a personagem central já que sabe que é o epicentro maior do filme. O desenvolvimento do filme segue o lado mais previsível e acaba por ser o parente simples do filme.

Na realização temos um realizador oriundo da televisão que acaba por ser alguém que passa a maior parte do tempo a pensar o filme nos seus conteúdos estéticos. utiliza bem o espaço mas é um filme pequeno e muitas vezes esse o ponto que os filmes tem para fazer o contexto funcionar.

No cast Thompson e uma atriz de primeira linha que tem o filme com a intensidade que da ao filme o lado intenso e mesmo interpretativo que o filme quer. E dos melhores elementos do filme e Judy Greer consegue também fornecer esse elemento de balanço. E um dos pontos mais trabalhados do filme.


O melhor - As interpretações


O pior - O argumento demasiado standartizado


Avaliação - C+

Tuesday, November 04, 2025

The Strangers: Chpt 2

 Quando Renny Harlin anunciou uma triologia sobre o filme de terror The Strangers, os analistas de cinema ficaram surpreendidos, por um lado porque o filme de base esteve longe de ser um sucesso e porque o experiente realizador de filmes de ação serie B esá longe de ser um prodígio do mercado e acima de tudo porque o filme em si também não era propriamente muito apelativo. O primeiro filme teve um sucesso moderado comercial, mas como a triologia estava montada teve de ver a luz do dia. Este segundo filme foi um desastre critico, sendo que comercialmente os resultados foram péssimos, o que leva todos a pensar o que se vai fazer com o capitulo final.

Sobre o filme podemos dizer que este filme, fica os primeiros 45 minutos em perseguições intermináveis que acabam sempre da mesma forma, sem qualquer evolução no guião, nem que seja porque o primeiro filme fez todas as introduções, e pouco restou para os outros dois filmes a não ser trabalhar em alguns flashbacks a historia do lado dos assasinos, que acaba por ser a unica novidade no filme, embora sem grande desenvolvimento.

Por tudo isto temos um filme vazio, mesmo em termos de terror, muito longe da intensidade de outros projetos que tem sido lançados, com pouco horror e acima de tudo uma ideia que resulta para 90 minutos de filme simples, mas que é totalmente insuficiente para uma aposta de triologia de algo que mesmo para um filme era limitado.

Fica a sensação que Hollywood por vezes patrocina registos que não se percebe bem, e que são autoestradas para a falha total. A ideia que o filme deveria ter outro impacto e que deveria ser parado para o desastre das sequelas era obvio, mas quando se faz três filmes de uma vez estes tem de ser escoados de qualquer maneira e a imagem que fica é que um outro ainda vai sair.

O filme segue a personagem sobrevivente do primeiro filme, embora sem explicar como tal ocorreu, e a continuação dos seguimentos com o mesmo desenvolvimento de sempre com alguns apontamentos sobre a base dos personagens e as suas motivações.

O argumento do filme acaba por ser limitado à base do primeiro filme, num alongamento sem grande conteudo. Mesmo no que diz respeito às personagens que dão nome ao filme, muito pouco em termos de desenvolvimento das mesmas para além do lado sanguinário.

Harlin é um dos mal amados de Hollywood, uma carreira longe recheada de fracassos comerciais e criticos que pensou que uma triologia de um filme fraco poderia dar-lhe uma lufada de ar fresco. Sem resultado, todos os seus defeitos estão presentes no projeto.

No cast o filme tem como protagonista uma jovem Petsch a tentar passar da tv para o cinema de uma forma fácil do terror juvenil , com uma personagem que grita e foge mas pouco mais. Dá minutos mas nao da muito mais, mesmo sendo um filme a solo.


O melhor - Nao e daqueles filmes que nos faz pensar muito.

O pior - Completamente desnecessário


Avaliação - D